Chutar para canto
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Evidentemente estou por fora dos meandros das discussões intergovernamentais sobre assuntos tão importantes como a sobrevivência da Quimonda e consequente destino das centenas de famílias que dela dependem. Isso não me impede de experimentar esta sensação estranha de que o governo do Partido Socialista está a atingir o ponto zero de dignidade e credibilidade, a avaliar pela forma como os assuntos são abordados e veiculados pela comunicação social. Ainda há pouco, por exemplo, ouvi o queixume do nosso ministro da economia, queixume amargo e acusatório, queixinhas, enfim, sobre a forma como ele, fez tudo para salvar a Quimonda. Eles, os maus, os alemães é que não respeitaram o que estava estabelecido. Manuel Pinho não diz o que é que estava estabelecido, nem isso parece interessar-lhe muito, mas presume-se que deveria ser qualquer coisa decorrente da extrema habilidade do ministro em salvar empresas. Acontece que os alemães foram sacanas, não respeitaram seja lá o que for que estava combinado (o ministro não diz…) e o resultado está á vista. Manuel Pinho tem agora sérias reservas sobre o futuro da Quimonda.
É evidente que os alemães não são santinhos mas muito menos este governo em geral e Manuel Pinho em particular têm qualquer coisa minimamente parecida com idoneidade e eficiência para tratarem seja do que for. Pelo menos, a avaliar pela reportagem, onde é flagrante a ideia de o ministro mais do que outra coisa qualquer estar preocupado em alijar responsabilidades, não é de conceder o menor benefício de dúvida.
Talvez esteja na altura desta gente perceber que é preciso falar, saber falar, verdade às pessoas e não fazer do seu próprio drama uma forma de propaganda política, sobretudo se, para isso, for necessário verter o odioso sobre outrem. Ou o caldo, um dia destes, entorna-se mesmo.
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Evidentemente estou por fora dos meandros das discussões intergovernamentais sobre assuntos tão importantes como a sobrevivência da Quimonda e consequente destino das centenas de famílias que dela dependem. Isso não me impede de experimentar esta sensação estranha de que o governo do Partido Socialista está a atingir o ponto zero de dignidade e credibilidade, a avaliar pela forma como os assuntos são abordados e veiculados pela comunicação social. Ainda há pouco, por exemplo, ouvi o queixume do nosso ministro da economia, queixume amargo e acusatório, queixinhas, enfim, sobre a forma como ele, fez tudo para salvar a Quimonda. Eles, os maus, os alemães é que não respeitaram o que estava estabelecido. Manuel Pinho não diz o que é que estava estabelecido, nem isso parece interessar-lhe muito, mas presume-se que deveria ser qualquer coisa decorrente da extrema habilidade do ministro em salvar empresas. Acontece que os alemães foram sacanas, não respeitaram seja lá o que for que estava combinado (o ministro não diz…) e o resultado está á vista. Manuel Pinho tem agora sérias reservas sobre o futuro da Quimonda.
É evidente que os alemães não são santinhos mas muito menos este governo em geral e Manuel Pinho em particular têm qualquer coisa minimamente parecida com idoneidade e eficiência para tratarem seja do que for. Pelo menos, a avaliar pela reportagem, onde é flagrante a ideia de o ministro mais do que outra coisa qualquer estar preocupado em alijar responsabilidades, não é de conceder o menor benefício de dúvida.
Talvez esteja na altura desta gente perceber que é preciso falar, saber falar, verdade às pessoas e não fazer do seu próprio drama uma forma de propaganda política, sobretudo se, para isso, for necessário verter o odioso sobre outrem. Ou o caldo, um dia destes, entorna-se mesmo.
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1 Comments:
Não gosto do Manuel Pinho, até pode ser que seja competente, mas falta-lhe (no mínimo) capacidade para se fazer entender, por isso esres disparates.
Também não me parece que os alemães sejam melhores do que os portugueses, pois negócios e cupidez existem em todo o lado, e nós nem somos dos melhores nesse aspecto.
A Quimonda e outras que tais, não vão fechar por falta de mercado, nem nada que se pareça, vão apenas fechar para alguém poder ganhar mais um pouco, investindo onde for mais barato e os rendimentos aumentarem exponencialmente.
Ou a sociedade arranja solução que não permita estas brincadeiras ou os mexilhões continuarão a apanhar com as ondas.
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