segunda-feira, fevereiro 16, 2009

Verguenza na cara


[2944]

Maior vergonha que a sentida por António Costa é a que eu sinto quanto me apercebo das semelhanças do discurso de Chávez com as de Sócrates. Tenho dito repetidamente que Sócrates de tudo faz motivo para um discurso de tom comicieiro. Se for preciso dizer que o tempo amanhã é de céu pouco nublado a limpo devido ao ciclone dos Açores estar centrado a noroeste do golfo da Biscaia, Sócrates fá-lo com empolgamento, com ar de salvação da pátria ou, frequentemente, com arte de ralhete, tipo se o anticiclone de deslocou para norte e permitiu um avanço de uma massa de ar húmido, arrastando chuva e granizo, a culpa é de uma campanha de forças ocultas qualquer, de um ataque pessoal e político e ele bem que nos avisou antes.

Ouvir Chávez berrar que o facto de ele poder ser eleito indefinidamente é uma vitória da constância não anda longa do estilo e substância do discurso de José Sócrates, terceiro-mundista e pesporrente, hoje por hoje a criar um cada vez mais forte sentimento de intolerância. É que não há pachorra. E quando dou por mim a ouvir Chávez e a encontrar as semelhanças que citei, a coisa começa, realmente, a envergonhar.

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