Já cá faltava
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Ainda não tive tempo para ler reacções ao discurso de Obama na tomada de posse, na imprensa estrangeira. Mas numa análise rápida e paroquial, estremeço com a frequência do uso do prefixo “re”. Obama vai retomar, refundir, reforçar, reencaminhar, repor, vai, enfim, "meter nos eixos" de novo (esta expressão, “meter nos eixos” foi aliás utilizada em cru numa das diligentes traduções dos nossos repórteres que, na maioria dos casos, nem traduziam nem deixavam ouvir…) uma América tresmalhada e perdida pela inoperância, pelo arrepio aos direitos e humanos, pela ganância e, sobretudo, má catadura de um dos homens mais odiados do mundo, vá lá saber-se porquê. George W. Bush, ele mesmo.
João Luís Pinto, porém, que eu não sei quem é mas se alcandorou à fama efémera mas gostosa da blogoesfera, deixou-se de rodriguinhos, de prefixos e outras tergiversações e mariquices relativas e acha que George Bush foi um filho da puta. Ponto final. Vai-se embora e o ar fica mais limpo. Não sei se de putas, se de filhos, mas mais limpo.
É a velha simbiose lusa de sabermos tudo, conhecermos tudo e perorarmos sobre tudo e dispormos de uma elevada forma de o afirmarmos. Mas de tudo o que se passa fora de portas porque das portas cá para dentro de casa parece que não sabemos dar conta de recado e só fazemos merda (já agora para aproveitar a embalagem do léxico de JLP). Mas modernaços, sabichões e filhos de gente séria.
Ainda não tive tempo para ler reacções ao discurso de Obama na tomada de posse, na imprensa estrangeira. Mas numa análise rápida e paroquial, estremeço com a frequência do uso do prefixo “re”. Obama vai retomar, refundir, reforçar, reencaminhar, repor, vai, enfim, "meter nos eixos" de novo (esta expressão, “meter nos eixos” foi aliás utilizada em cru numa das diligentes traduções dos nossos repórteres que, na maioria dos casos, nem traduziam nem deixavam ouvir…) uma América tresmalhada e perdida pela inoperância, pelo arrepio aos direitos e humanos, pela ganância e, sobretudo, má catadura de um dos homens mais odiados do mundo, vá lá saber-se porquê. George W. Bush, ele mesmo.
João Luís Pinto, porém, que eu não sei quem é mas se alcandorou à fama efémera mas gostosa da blogoesfera, deixou-se de rodriguinhos, de prefixos e outras tergiversações e mariquices relativas e acha que George Bush foi um filho da puta. Ponto final. Vai-se embora e o ar fica mais limpo. Não sei se de putas, se de filhos, mas mais limpo.
É a velha simbiose lusa de sabermos tudo, conhecermos tudo e perorarmos sobre tudo e dispormos de uma elevada forma de o afirmarmos. Mas de tudo o que se passa fora de portas porque das portas cá para dentro de casa parece que não sabemos dar conta de recado e só fazemos merda (já agora para aproveitar a embalagem do léxico de JLP). Mas modernaços, sabichões e filhos de gente séria.
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