Os donos do 25 de Abril
[2694]
"Sinto uma profunda repulsa por esta gente. Ouvimo-la, vemo-la, assistimo-la e percebemos que está ausente de paixão. Falha de coragem, gananciosa e sem escrúpulos, diz umas coisas por dizer, removidas quaisquer ideias de progresso, isentas de padrões e de princípios. Resignámo-nos e acabámos por aceitá-la, sem força nem ânimo para a combater até à sua desaparição".
Baptista Bastos, que se soube agora ter beneficiado de uma casa da CML, por ser pobrezinho, escritor, jornalista e antifascista. Sim, esse que passa a vida a perguntar onde é que estávamos no 25 de Abril. No Jornal de Negócios de 12/9/08, referência que agradeço ao RAF do Insurgente.
É claro que choca. Saber que são atribuídas casas (só em Lisboa são mais de 3.000 com renda média de €35) segundo critérios que ninguém sabe bem quais são mas onde parece ser aconselhável ser intelectual, jornalista, artista ou ter um passado antifascista é de vómito mas, no fundo, nada que surpreenda muito neste país. A questão é que esta gente que se arvora de esquerda impoluta, moral e intelectualmente superior que não só se apregoa diariamente, como nos espartilha com o acinte advindo dessa pretensa superioridade, fazendo-nos sentir confortados com a sua vigilância diária em nome da moral e dos bons costumes, acaba por ser descoberta aqui e ali e isso provoca-me uma repulsa bem maior do que a prática habitual e instituída da cunha e do conluio em que vivem.
Esta gente não tem vergonha na cara e não há atributos colaterais que lhes valham. São "trambiqueiros", period. E não hesitam em se prestar à pantomina fácil para eles próprios beneficiarem das prebendas que condenam. À noite olham-se ao espelho e interrogam-se sobre o que seria esta sociedade decadente, não fora eles cuidarem dela.
"Sinto uma profunda repulsa por esta gente. Ouvimo-la, vemo-la, assistimo-la e percebemos que está ausente de paixão. Falha de coragem, gananciosa e sem escrúpulos, diz umas coisas por dizer, removidas quaisquer ideias de progresso, isentas de padrões e de princípios. Resignámo-nos e acabámos por aceitá-la, sem força nem ânimo para a combater até à sua desaparição".
Baptista Bastos, que se soube agora ter beneficiado de uma casa da CML, por ser pobrezinho, escritor, jornalista e antifascista. Sim, esse que passa a vida a perguntar onde é que estávamos no 25 de Abril. No Jornal de Negócios de 12/9/08, referência que agradeço ao RAF do Insurgente.
É claro que choca. Saber que são atribuídas casas (só em Lisboa são mais de 3.000 com renda média de €35) segundo critérios que ninguém sabe bem quais são mas onde parece ser aconselhável ser intelectual, jornalista, artista ou ter um passado antifascista é de vómito mas, no fundo, nada que surpreenda muito neste país. A questão é que esta gente que se arvora de esquerda impoluta, moral e intelectualmente superior que não só se apregoa diariamente, como nos espartilha com o acinte advindo dessa pretensa superioridade, fazendo-nos sentir confortados com a sua vigilância diária em nome da moral e dos bons costumes, acaba por ser descoberta aqui e ali e isso provoca-me uma repulsa bem maior do que a prática habitual e instituída da cunha e do conluio em que vivem.
Esta gente não tem vergonha na cara e não há atributos colaterais que lhes valham. São "trambiqueiros", period. E não hesitam em se prestar à pantomina fácil para eles próprios beneficiarem das prebendas que condenam. À noite olham-se ao espelho e interrogam-se sobre o que seria esta sociedade decadente, não fora eles cuidarem dela.
.
Etiquetas: Ai Portugal
2 Comments:
-Nunca foi tão actual o sketch do Herman, "sempre foste uma prostituta da escrita" entre outros impropérios.
antónio de almeida
Herman tê-lo-á dito num sentido diferente. Mas que é aplicável, é.
:)
Enviar um comentário
<< Home