Altamente, meu. Olha a velha vai caír, eh eh!
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Este vídeo, onde cheguei via Blasfémias e que acabou por ser retirado do You Tube e disponibilizado noutro endereço, mostra uma cena degradante de uma agressão a uma professora por uma aluna do Carolina Michaelis do Porto (referência à escola via FJV).
A minha reflexão, para além da vergonha imensa, centra-se em três linhas gerais: Esta professora demonstra impreparação por se prestar a uma lide desta natureza com uma aluna. À recusa de entrega do telemóvel deveria tê-la posto fora da aula e, se nova recusa houvesse, parava simplesmente a aula até vir a segurança, o director, alguém que mandasse e obrigasse a aluna a sair. A segunda parte da reflexão é que algumas atitudes que presenciei em recentes manifestações de rua por parte de alguns professores são propícias a gerar uma dinâmica de revolta, insubordinação e bandalheira. Finalmente, é de que não percebo porque é que esta aluna não foi sumariamente expulsa da escola. Ou suspensa de acordo com um inquérito que necessariamente teria de ser aberto.
Uma vergonha. Altamente!
ADENDA: O vídeo voltou a ser retirado do novo endereço do You Fube. Fica aqui o link para o Sapo onde se espera que não venha a ser eliminado.
Vale ainda a pena ler estes comentários:
A cena é pungente. Mas mais pungente ainda que a cena em si mesma é o tempo em que os alunos se mostram quase divertidos com o sucedido e sobretudo o que se ouve naquela sala de aula.
Há criaturas protegidas pela anomia ambiente que, muito democrática e galhofeiramente, violentam um ser humano isolado. Violentam fisicamente, sublinho. Não se fazem coisas dessas sem um sentimento de protecção e impunidade, é óbvio.
Vídeo do Sapo obtido via O Insurgente
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Etiquetas: Ai Portugal
9 Comments:
na minha altura era outra coisa havia educação mas quem se atreveria a sequer falar alto com um professor.
margarida v
Era outra coisa, com certeza! Uma cena destas no meu tempo era simplesmente impensável.
Infelizmente até o vídeo do Sapo também já foi condicionado, agora é só para assinantes. Mas acho que a esta hora já toda a gente o viu.
Portanto, ipso facto, a culpa é dos professores, não é?
Ass: professora bandalha
Três anos de desautorização constante dos professores, levada a cabo pela mesma ministra que tanto te preocupa, só podia dar nisto mesmo. A tua meditação passa ao lado da realidade: agora observas os últimos redutos de resistência à desconstrução da escola. No teu (nosso) tempo a professora não estava sózinha nesta empreitada. Tinha o apoio de toda uma organização por trás. Essa organização foi diluída em procedimentos anacrónicos para compreender e intergar alunos que não querem sê-lo.
Pensa nisso. Vê se descobres a floresta além das árvores que estão à frente do teu nariz.
Um abraço.
antónio chaves ferrão
Culpar esta ministra por este vídeo é redutor e, perdoe-se-me o verbo a resvalar para o violento, desonesto.
Se leres o post do José na Grande Loja do Queijo Limiano e que, aliás, eu trancrevo e linco no meu post 2397 intitulado "quem se metesse com eles levava" encontrarás muitas explicações para este descalabro.
É espantoso como podes querer justificar este vídeo com a acção da actual ministra, quando é líquida a noção de que esta bandalheira provém da loucura do PS que quiz fazer uma escola moderna, um aluno moderno e um professor moderno. Desiderato a que os professores, aliás, não se opuseram, bateram palmas muitos deles e não me ocorre que alguma vez se indignassem e resolvessem fazer marchas de indignação. O resultado está á vista.
De resto, estando tu a culpar objectivamente esta ministra que resolveu cortar privilégios (privilégios, aliás, concedidos pelo próprio PS e que fizeram com a que a classe dos professores tenha um nível de remuneração e regalias ao nível do melhor da Europa, é um facto conhecido), acho que tu é que te estás a concentrar em árvores e esquecendo a floresta. Não sou eu, que culpo o PS (entre outras circunstâncias, claro), que isolo as árvores da floresta.
Uma vergonha. Uma vergonha triste. Aquela capa do Expresso de 1985 e que pus no tal meu post que te falei mostra lá muitos dos rsponsáveis.
Um abraço
antónio chaves ferrão, outra vez
A propósito da tua afirmação de que esta ministra tem desautorizado os professores, deixo-te aqui o link do estatuto do aluno de 18 de janeiro de 2008. Li-o cuidadosamente e não vislumbro desautorização nenhuma, pelo contrário.
Vasco Pulido Valente, sobre este incidente.
«Esta professora demonstra impreparação por se prestar a uma lide desta natureza com uma aluna. À recusa de entrega do telemóvel deveria tê-la posto fora da aula e, se nova recusa houvesse, parava simplesmente a aula até vir a segurança, o director, alguém que mandasse e obrigasse a aluna a sair.»
Ora bem... Não sendo eu chocantemente surpreendida pela postura reprovável da turma, sim, a primeira coisa que me passou pela cabeça foi, e ao contrário do que muitos dizem: a professora descontrolou-se e perdeu a noção da situação. Certo! Mas daí a dizer que «parava SIMPLESMENTE a aula» vai uma grande distância!!! Nada nestas situações é "simples"! E quanto ao «alguém que mandasse e obrigasse a aluna a sair», essa pessoa seria quem? A funcionária do corredor?! Nem que fosse o presidente do CE... Porque raio haveria a aluna de lhes obeceder?!
Quanto à aluna ser sumariamente explusa... E depois?!... O ensino é obrigatório e ela terá de o concluir...
Mexe comigo a "simplicidade" com que se arranjam "soluções" para estes casos...
Quem colocou aqui a mensagem afirmando impreparação por parte da professora, nunca deve ter sido confrontado com uma cambado de delinquentes, que atuam impunemente, porque sabem que a professora está por sua conta e risco.
Não valeria a pena ter chamado segurança, porque isso não existe nas escolas.
Não valia apena ter posto a aluna na rua, porque ela recusar-se-ía.
Não valia a pena chamar o Conselho Executivo, porque os conselhos executivos são displicentes com situações destas. Apenas interessa defender o tacho.
Não deixa de ser curioso, a mãe da aluna ter dito: "Não foi esta a educação que eulhe dei!".
Pois não. Não foi esta a educação que lhe deu, nem nenhuma no lugar desta.
Os pais são os ÚNICOS RESPONSÁVEIS.
Eu também sou pai, e se eu soubesse que um filho meu, fazia 10% do que eu vi, levava uma lição que lhe ficava de emenda.
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