Equívocos
[2292]
Este homem não vai deixar saudades. De resto nada terá feito para que alguma vez dele se venha a sentir falta. Este homem é um equívoco, não representasse ele o partido mais equívoco da nossa vida política, que se fundou e instalou no país através de uma espécie de reciclagem de um mundo equívoco de ideias e doutrinas, estabelecidos por um punhado de pessoas, elas próprias declaradamente equívocas, a partir do momento em que, depois de se anicharem na utopia das sociedades totalitárias e igualitárias, acharam que estavam elas próprias equivocadas e se viram forçadas a meter na gaveta uma apreciável qualidade daquilo que achavam ser vertentes doutrinais intocáveis mas que acabaram por ir parar ao mofo das gavetas, sujeitas à naftalina pragmática de um necessário aggiornamento, se queriam manter o poder.
Sócrates é um bom exemplo desta via tortuosa e pouco recomendável. Com a substituição de Correia de Campos consegue ceder à rua, ceder a Alegre e, através de uma série de vacuidades, crucificar o homem que ele há poucas horas atrás apontava como modelo de aplicação das políticas do governo e que agora, ou leio mal ou ele aponta sub-repticiamente como o culpado do descontentamento das pessoas, ao mesmo tempo que garante que as políticas são para continuar e que , gritando, nenhuma urgência mais será fechada até que existam meios alternativos. Ouvido na TV sobre esta matéria o impacto é ainda mais descoroçoante.
Compreende-se e aceita-se que a política acomode caminhos ínvios e de ética duvidosa para se atingir determinados fins. Mas há um módico de bondade que tem necessariamente de ser resguardada. E, felizmente, há políticos que o conseguem fazer. Não necessariamente este homem. Um equívoco. Num partido tão equívoco como ele próprio. Para nosso mal.
E.T. Pela 1.000.000ª vez Isabel do Carmo está ali a falar na TV sobre obesidade. Pergunto-me a razão deste fenómeno. Como e porquê? Sobretudo, porquê, meu Deus, temos esta mulher ciclicamente na TV a falar de obesidade?
Este homem não vai deixar saudades. De resto nada terá feito para que alguma vez dele se venha a sentir falta. Este homem é um equívoco, não representasse ele o partido mais equívoco da nossa vida política, que se fundou e instalou no país através de uma espécie de reciclagem de um mundo equívoco de ideias e doutrinas, estabelecidos por um punhado de pessoas, elas próprias declaradamente equívocas, a partir do momento em que, depois de se anicharem na utopia das sociedades totalitárias e igualitárias, acharam que estavam elas próprias equivocadas e se viram forçadas a meter na gaveta uma apreciável qualidade daquilo que achavam ser vertentes doutrinais intocáveis mas que acabaram por ir parar ao mofo das gavetas, sujeitas à naftalina pragmática de um necessário aggiornamento, se queriam manter o poder.
Sócrates é um bom exemplo desta via tortuosa e pouco recomendável. Com a substituição de Correia de Campos consegue ceder à rua, ceder a Alegre e, através de uma série de vacuidades, crucificar o homem que ele há poucas horas atrás apontava como modelo de aplicação das políticas do governo e que agora, ou leio mal ou ele aponta sub-repticiamente como o culpado do descontentamento das pessoas, ao mesmo tempo que garante que as políticas são para continuar e que , gritando, nenhuma urgência mais será fechada até que existam meios alternativos. Ouvido na TV sobre esta matéria o impacto é ainda mais descoroçoante.
Compreende-se e aceita-se que a política acomode caminhos ínvios e de ética duvidosa para se atingir determinados fins. Mas há um módico de bondade que tem necessariamente de ser resguardada. E, felizmente, há políticos que o conseguem fazer. Não necessariamente este homem. Um equívoco. Num partido tão equívoco como ele próprio. Para nosso mal.
E.T. Pela 1.000.000ª vez Isabel do Carmo está ali a falar na TV sobre obesidade. Pergunto-me a razão deste fenómeno. Como e porquê? Sobretudo, porquê, meu Deus, temos esta mulher ciclicamente na TV a falar de obesidade?
.
8 Comments:
O socialismo é certamente um conceito muito elástico. Um abraço, e vê se afinas melhor a pontaria.
Tu não me digas que não sabias que o Correia de Campos tinha fechado as urgências à revelia do Governo??!?? ... sempre tão informado, Espumante, e deixaste escapar isso!
antónio chaves ferrão
Um dia destes li num post de um blog, de que não me ocorre o nome mas acaba em social e tem uma estrela do Bloco a duas cores e é assinado por um senhor que se chama Baptista e que não linko porque me daria uma trabalheira ir procurá-lo, e que tu frequentemente lincas, ou de per se ou em conjunto com a procissão das velas planfetárias com que engordas o teu blog, o seguinte, mais coisa menos coisa, palavras minhas, que devíamos todos boicotar o Paris/Dakar, porque os turistas franceses assassinados (não dizia assassinados) na Mauritânia foram o resultado da acção meritória dos sindicatos dos países da região, em luta cerrada contra os odiados regimes daqueles países.
Ora, perante pérolas destas (esta história dos turistas franceses vítimas da acção gloriosa dos sindicatos do Sahel vinha à mistura com libelos e acções de luta de professores, aqueles senhores que nos andam a ensinar as criancinhas na escolas)e o facto, sem sofisma, de que fazes desta forma de expressão conteúdos habituais do teu blog, não vejo por que diabo eu deva afinar a pontaria. Perante "pombos" destes, qualquer chumbo serve e a pontaria não é precisa para nada. É ir disparando que nalguns se há-de acertar.
Um pouco mais a sério, não percebi bem a ligação que fizeste ao nacional socialismo de Hitler. Mas, como sugeres, devo ter a mira embotada e os tiros saem-me todos ao lado.
Um abraço para ti
sinapsed
É um naughy boy este Coreia de Campos. Andava a pedi-las não é?
:)))
Beijinhos à revelia
sinapse
Por qualquer razão que me escapa pus-te em "mode" de particípio passado, escrevendo sinapsed no comentário anterior. Tenho a certeza que me desculpas e que a esta hora já voltaste à tua condição de presente conjuntivo (que eu sinapse, que tu sinapses, que ele/ela sinapse), mas cuidado com as conjuntivites...
:))
Perdão concedido.
;))
Espumadamente
Mais curta, com um grande abraço:
Se vire alguém a atirar-se a um poço...
(das memórias da minha avó)
Espumante
Seguindo a tua própria sugestão, linkei também blogs de direita, que te devem ter escapado na visita que fizeste. Digo de direita porque os próprios assim se reclamam, não por qualquer disposição de insultar.
Queres mais? Há um de excelente qualidade: Sobre o tempo que passa.
Um abraço
Enviar um comentário
<< Home