Atchim
[2280]
O capitalismo, de vez em quando, espirra. O que é um bom sintoma. Não gosto de gente nem coisas tão assépticas que se tornam imunes a um simples espirro. Mas o que me diverte é que com cada espirro aparece invariavelmente um batalhão excitado de economistas internacionais (e alguns nacionais, claro) como cogumelos, cumprindo as suas atribuições naturais, quais sejam a de se alimentar dos seus próprios hospedeiros.
As crises recentes que se tem sentido aqui e ali nas economias mundiais têm sido um campo fértil aos tortulhos da desgraça que se locupletam com o fim, enfim, anunciado e há muito, do capitalismo. Arranjam (ou dão-lhes) tribunas sérias, jornais de referência e vai de explicar à plebe os malefícios do sistema e a forma como os capitalistas selvagens deveriam ser todos presos, amarrados pelos pés e mergulhados num tanque de piranhas. E escrevem, escrevem, escrevem, e os jornais e muitos blogues, pressurosos, transcrevem-nos glosam-nos e, confortadamente dizem ámen.
Entretanto o espirro passa, o capitalismo funga e as coisas voltam ao rego outra vez. Até novo espirro eu sei. Mas conforta saber que o sistema mantém anticorpos que o livram da morte anunciada. Há dois dias, por exemplo, as bolsas internacionais anunciavam o cataclismo final. Os media espumaram de economistas marca "eu não te disse?". Poucos horas depois as coisas parecem compor-se e o danado do sistema parece estar em franca recuperação. E, desta vez, ao que parece, sem doses exageradas de medicamento algum.
O gozo que isto me dá. Ainda se a cada espirro do capitalismo correspondesse uma ideia válida e que me fizesse acreditar em "planos B" que pudessem minorar a pobreza e as injustiças, eu ainda me calaria. Mas, de um modo geral, todos as ideias decorrem de um conservadorismo atroz, misturando economia com ideologias já roídas pelos bichos. Ámen.
O capitalismo, de vez em quando, espirra. O que é um bom sintoma. Não gosto de gente nem coisas tão assépticas que se tornam imunes a um simples espirro. Mas o que me diverte é que com cada espirro aparece invariavelmente um batalhão excitado de economistas internacionais (e alguns nacionais, claro) como cogumelos, cumprindo as suas atribuições naturais, quais sejam a de se alimentar dos seus próprios hospedeiros.
As crises recentes que se tem sentido aqui e ali nas economias mundiais têm sido um campo fértil aos tortulhos da desgraça que se locupletam com o fim, enfim, anunciado e há muito, do capitalismo. Arranjam (ou dão-lhes) tribunas sérias, jornais de referência e vai de explicar à plebe os malefícios do sistema e a forma como os capitalistas selvagens deveriam ser todos presos, amarrados pelos pés e mergulhados num tanque de piranhas. E escrevem, escrevem, escrevem, e os jornais e muitos blogues, pressurosos, transcrevem-nos glosam-nos e, confortadamente dizem ámen.
Entretanto o espirro passa, o capitalismo funga e as coisas voltam ao rego outra vez. Até novo espirro eu sei. Mas conforta saber que o sistema mantém anticorpos que o livram da morte anunciada. Há dois dias, por exemplo, as bolsas internacionais anunciavam o cataclismo final. Os media espumaram de economistas marca "eu não te disse?". Poucos horas depois as coisas parecem compor-se e o danado do sistema parece estar em franca recuperação. E, desta vez, ao que parece, sem doses exageradas de medicamento algum.
O gozo que isto me dá. Ainda se a cada espirro do capitalismo correspondesse uma ideia válida e que me fizesse acreditar em "planos B" que pudessem minorar a pobreza e as injustiças, eu ainda me calaria. Mas, de um modo geral, todos as ideias decorrem de um conservadorismo atroz, misturando economia com ideologias já roídas pelos bichos. Ámen.
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Etiquetas: Blogo pressurosa, política
2 Comments:
Santinho
;D
IL
IL
És um anjo
:)))
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