Não fumar é bom
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Para quem, como eu, achava que o Dr. Sá Fernandes era o "empata-fórmulas" de serviço à Câmara Municipal de Lisboa, tenho de admitir que a sua prestação foi muito boa ontem, no Prós e Contras. Com o trabalho de casa bem feito e com uma objectividade assinalável deu um autêntico banho ao Chefe da brigada dos vigilantes pela saúde portuguesa, o Dr. George, da DGS.
Tenho assistido com algum distanciamento esta polémica da lei do tabaco. Fui fumador durante muitos anos, compulsivo e engolidor e parei de fumar há pouco mais de dois anos. E deixar de fumar é bom. Já alguém mais disse isto na Blogo e eu não me recordo quem foi, pelo que não linco. Mas, repito. Não fumar é bom. Só um fumador pode avaliar isso mesmo porque redescobre uma panóplia de prazeres que lhe estavam vedados, desde o exercício físico até ao simples acto de comer com os ingredientes todos, ou seja, o olfacto e o paladar. A isso junta-se uma notável melhoria em respirar, Afinal, coisas tão simples como resistência física, comer e respirar, imagine-se. Penso, pois, que se se parasse com a formula idiota de se fazer dos fumadores párias, delinquentes e irresponsáveis se enveredasse, ao invés, por se mostrar as virtudes em não se fumar, aproveitando inclusivamente os depoimentos de fumadores, talvez se deixasse de fumar mais depressa. Assim, da forma como a questão está a ser conduzida, de cada vez que oiço estes fiscais gerindo o que devo e não devo fazer da minha vida, em nome das suas “saudáveis” convicções, fico com uma vontade quase incontrolável de puxar por um cigarro.
Para quem, como eu, achava que o Dr. Sá Fernandes era o "empata-fórmulas" de serviço à Câmara Municipal de Lisboa, tenho de admitir que a sua prestação foi muito boa ontem, no Prós e Contras. Com o trabalho de casa bem feito e com uma objectividade assinalável deu um autêntico banho ao Chefe da brigada dos vigilantes pela saúde portuguesa, o Dr. George, da DGS.
Tenho assistido com algum distanciamento esta polémica da lei do tabaco. Fui fumador durante muitos anos, compulsivo e engolidor e parei de fumar há pouco mais de dois anos. E deixar de fumar é bom. Já alguém mais disse isto na Blogo e eu não me recordo quem foi, pelo que não linco. Mas, repito. Não fumar é bom. Só um fumador pode avaliar isso mesmo porque redescobre uma panóplia de prazeres que lhe estavam vedados, desde o exercício físico até ao simples acto de comer com os ingredientes todos, ou seja, o olfacto e o paladar. A isso junta-se uma notável melhoria em respirar, Afinal, coisas tão simples como resistência física, comer e respirar, imagine-se. Penso, pois, que se se parasse com a formula idiota de se fazer dos fumadores párias, delinquentes e irresponsáveis se enveredasse, ao invés, por se mostrar as virtudes em não se fumar, aproveitando inclusivamente os depoimentos de fumadores, talvez se deixasse de fumar mais depressa. Assim, da forma como a questão está a ser conduzida, de cada vez que oiço estes fiscais gerindo o que devo e não devo fazer da minha vida, em nome das suas “saudáveis” convicções, fico com uma vontade quase incontrolável de puxar por um cigarro.
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Etiquetas: Lei do tabaco
6 Comments:
Caro Espumante, desde os meus dias de liceu (há uns tempos já!) que se fala de como é bom não fumar. Em campanhas antitabágicas o estado já gastou talvez mais do que deveria. No entanto, e apesar das campanhas, ninguém se preocupou comigo, por exemplo, nos locais de trabalho, onde desde manhã cedo era obrigada a engolir o fumo dos outros. Isto para mim é o importante hoje. Não nego que não gosto do modo, mas gosto do resultado.
Também eu, Espumante, também eu. Invariavelmente.
Mas acho lindamente que a regra seja a proibição do fumo nos locais públicos.
-Deixei de fumar em Abril 2004, ainda bem, mas por vezes apetece-me voltar a fumar, nomeadamente quando ouço talibãs do comportamento, polícias de costumes, algo que julgava não existirem por cá. Mas essa gente representa um perigo para a liberdade individual, caso consigam vencer esta batalha, vão querer mais...
JCD
Prezada vizinha, não podia concordar mais consigo. Mas há todo um enquadramento da época que não pode ser escamoteado. Eu sou do tempo, pot exemplo, em que os autocarros da Carris ainda tinham um cinzeirinho no encosto do banco da frente, normalmente a transbordar de beatas. Pouco a pouco as coisas foram mudando e ainda bem.
A questão de fundo será... como não sei bem como dizê-lo em tão reduzido espaço, limito-me a dizê-lo da forma que sair... a questão é que somos tragicamente um povo de bufos,mauzinhos e pimpões, ainda por cima. E sempre que um conjunto de circunstâncias ajuda à festa extrapolamos estes atributos a níveis que nos permitiram ter uma polícia tenebrosa (ainda que pífia)e excelentes fiscais de licenças de isqueiros. E hoje ainda vivemos um clima de hipérbole, sempre que se trata de denunciar alguém, prática aliás ultimamente muito encorajda pelo actual governo. E é isso que me aflige. Por muito fumo de terceiros que a Joana tenha inalado. Ainda hoje, repare bem, começaram já a falar de lareiras e grelhadores...
No resto, concordo em absoluto consigo
carlota
O meu comentáio à JCD ajusta-se perfeitamente a ti, também. Mas já agora, uma pergunta: Um restaurante de capital privado é um local público?
Pensa um pouco. Por alma de quem me obrigam a proibir uma prática que por muito que faça mal à saúde, é uma prática legal?
Beijola
antónio de almeida
E eu a 2 de Novembro de 2005. NUNCA mais acendi um cigarro. É curioso como os fumadores fixam melhor estas datas que o aniversário do casamento...
:)))
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