Há várias "opiniães"
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…tesães…tesãos…tesães…tesões…tesãos… tesãos e mais tesões, acordei com este matraquear no ouvido e belisquei-me. Não acreditei que estava a ter um sonho erótico às sete da manhã, primeiro porque não dá jeito nenhum, qualquer sonho erótico depois das cinco da manhã coloca demasiada pressão numa altura em que em que as meninges nos começam já a “ditar” o que temos que fazer logo que cheguemos ao escritório. Segundo porque, que diabo, também já não tenho vinte anos, idade em que a simples fonética serve de razão bastante para entrarmos em choque de cega lascívia. As coisas agora estão mais diluídas e não há fonética que funcione se não for acompanhada de alguma “morfologia” e, até, de adequada sintaxe na aplicação verbal dos jogos de amor. Daí o meu espanto. Um cidadão julga que está na fase já da “fonética-morfologia-sintaxe” como um todo e acaba por acordar apenas com a fonética, com a violência de um corneteiro e a expontaneidade de um estudante do secundário.
As coisas são o que são e à medida que abri os olhos fui percebendo que não era bem tesães, nem tesãos, mas sim artesãos e artesães. Basicamente havia uma menina da RTP a perguntar aos passantes se o plural de artesão era artesãos ou artesães. As respostas eram tantas (muitas delas, artesões), tão seguidas e, isoladas do contexto, pareciam exactamente aquilo que referi no princípio do post. Participou gente gira, opiniões eram muitas, apareceu até uma brasileira que disse… “eu acho que se diz artêsões”… mas eu sou brasileira”. Sotaque cantante, este dos brasileiros. Gente que ri e que com um simples acento circunflexo consegue dar mais graça a um vocábulo que com o “e” mudo” não tem graça nenhuma. Coisa mais insonsa. Ora experimentem…
Ah! A maneira correcta é artesãos. Apenas para que conste. E assim a RTP concluiu mais um episódio de serviço público.
…tesães…tesãos…tesães…tesões…tesãos… tesãos e mais tesões, acordei com este matraquear no ouvido e belisquei-me. Não acreditei que estava a ter um sonho erótico às sete da manhã, primeiro porque não dá jeito nenhum, qualquer sonho erótico depois das cinco da manhã coloca demasiada pressão numa altura em que em que as meninges nos começam já a “ditar” o que temos que fazer logo que cheguemos ao escritório. Segundo porque, que diabo, também já não tenho vinte anos, idade em que a simples fonética serve de razão bastante para entrarmos em choque de cega lascívia. As coisas agora estão mais diluídas e não há fonética que funcione se não for acompanhada de alguma “morfologia” e, até, de adequada sintaxe na aplicação verbal dos jogos de amor. Daí o meu espanto. Um cidadão julga que está na fase já da “fonética-morfologia-sintaxe” como um todo e acaba por acordar apenas com a fonética, com a violência de um corneteiro e a expontaneidade de um estudante do secundário.
As coisas são o que são e à medida que abri os olhos fui percebendo que não era bem tesães, nem tesãos, mas sim artesãos e artesães. Basicamente havia uma menina da RTP a perguntar aos passantes se o plural de artesão era artesãos ou artesães. As respostas eram tantas (muitas delas, artesões), tão seguidas e, isoladas do contexto, pareciam exactamente aquilo que referi no princípio do post. Participou gente gira, opiniões eram muitas, apareceu até uma brasileira que disse… “eu acho que se diz artêsões”… mas eu sou brasileira”. Sotaque cantante, este dos brasileiros. Gente que ri e que com um simples acento circunflexo consegue dar mais graça a um vocábulo que com o “e” mudo” não tem graça nenhuma. Coisa mais insonsa. Ora experimentem…
Ah! A maneira correcta é artesãos. Apenas para que conste. E assim a RTP concluiu mais um episódio de serviço público.
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Etiquetas: sonhos eróticos, televisão
7 Comments:
Este comentário foi removido pelo autor.
Dormes com a televisão ligada?...
Ou a coisa do acordar foi tipo arranjo floral para um post bem conseguido?
:)
Andas a enlouquecer aos bocadinhos :D
Pssst! ... ... desligaste a televisão? ...
... just checking ...
;)
Beijinhos de boa noite,
Sinapse
carlota
A coisa do acordar (estive quase para fazer um trocadilho, mas contive-me) :)) não foi arranjo floral nenhum. Foi assim mesmo. Porque, efectivamente, quase sempre adormeço com a televisão ligada.
Beijola
IL
às vezes não é aos bocadinhos, é de repente, mesmo
:))
sinapse
Claro que desliguei! Tenho um forte sentido de ecologista e a poupança de energia é vital para um futuro mais longo e brilhante :))
Beijinhos duly checked
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