quinta-feira, fevereiro 01, 2007

Post dedicado


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Tenho saudades de quando dás sinal de vida. De duas uma: ou o Sporting ganha expressivamente um dia destes e aí temos a jaula aos saltos e
tu, contente, fazes um post compatível, ou eu faço um post sobre a tua terra falando das coisas bonitas em que ela é abundante. Nas acácias que estão a perder as flores rubras que já cumpriram o seu papel de beleza, no azul do mar da Polana (liberdade poética porque o mar ali, nem por isso, é um bocadinho para o turvo com a confluência do Tembe, do Umbelúzi e do Incomáti, mas mar azul vai sempre bem com os camarões da Costa do Sol, do verde do caracol da Polana, do branco (!... estou muito condescendente, hoje) dos muros do Clube Naval e da zoada das folhas batidas pelo vento, dos coqueiros da marginal. Posso ainda falar dos vendedores da Alto Maé e dos putos “stápidir” da baixa, a esplanada do Continental e do Scala e das palmeiras de leque do Sommershield. Falo do que quiseres, mas ficarei à espera depois de, pelo menos, uma manifestação de que existes e que continuas a tratar do Chora como tratavas. Ele merece e, no torvelinho, pode ser até que saia um comentário ou outro, amigo e bem inspirado.

Esta reflexão é extensiva a esta
senhora, mas ela é mais Beira, tu é mais Coca Cola. Além de que esta senhora continua servindo um nobre propósito, qual seja a de nos servir pratinhos deliciosos de petisco beirense. Desde cenas de infância até contar até dez em (em quê, Laura? Sena?), mas sempre com aquele tique de Sofala que só os beirenses sabem como apreciar.

Voltando a ti, venha de lá o “choro” para todos nós “bebermos”.

4 Comments:

At 1:02 da manhã, Anonymous Anónimo disse...

Olha Espumante, não sei!
Toda a vida pensei que era machangano. Um dia li, não sei onde, que machangano não existe. O outro dialecto que, pensava, existiria, na Beira, era o landim. Parece que não!
Assim sendo, só sei que não sei! Sorry!

Sir Espumante
Muito agradeço as tão simpáticas, embora imerecidas, referências aos meus pobres escritos.
Beijinhos beirenses, claro

 
At 9:37 da manhã, Blogger Nelson Reprezas disse...

laura lara
Eu também não, por isso perguntei. Tenho uma ideia que landim não é dialecto mas uma designação genérica dos dialectos moçambicanos, quando referido por portugueses. Não tenho a certeza, mas julgo ser isso. E, pensando melhor, acho que o Sena é mais para Norte, para a região do Zambeze, Luabo, Marromeu.
Que opine quem souber. Já agora, só para referir que noto uma certa semelhança com o macua que de 1 a 5 diz:
Mossa, bili, tcharro, txétxé, tana... há semelhanças, já reparaste?
beijinho

 
At 12:10 da manhã, Blogger Madalena disse...

Parece magia e, neste caso, só pode ser verde. Vinha até aqui dar-te os parabéns e deparo-me com um mimo, daqueles que a gente pensa que já nem existe... Estou emocionada, muito emocionada. Pensava que ninguém sentia a minha falta... afinal, enganei-me. Deste uma prenda! Ofereceste-me um frasco cheio de perfume de afecto amigo. Deixo à mesma os parabéns, sabendo o quanto te agrada que o faça e saio bem mais feliz do que cheguei, mais feliz do que o Bento!!!!!! Obrigada pelas acácias e pelo mar da Polana! Obrigada pela explicação do azul turvo. O azul límpido era no Bilene. Obrigada pelas esplanadas em que a minha saudade ainda espera pela coca-cola com torradas. Obrigada, mesmo!
Muitos mil beijinhos!

 
At 12:29 da tarde, Blogger Nelson Reprezas disse...

madalenaFinalmente :))) estava a ver que já cá não punhas os pés.
Beijinhos e imagino o que deve ir aí pela jaula :)

 

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