Manhã, tão bonita manhã...
Uma assistência foliona
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Ando a trabalhar demais para o meu gosto. Mas, pronto. Às vezes tem que ser e cada um é para o que nasce: uns nascem para ir trabalhar de helicóptero e outros têm de trabalhar para ter um helicóptero que, numa versão optimista, pode resultar num carro da gama média. E já não é mau, lá dizia a minha avozinha, vale mais ter mau hálito do que não ter hálito nenhum.
Mas tenho de concordar que acordar num feriado a pensar que tenho uma série de coisas atrasadas para uma viagem que tenho de fazer este Sábado não é das coisas mais recomendáveis. Aumenta o stress, aperta as coronárias e inibe funções nobres que, de outra forma, estariam sempre em regime de disponibilidade permanente.
Posto o dever acima da devoção há que alçar da cama, fazer um café e comer umas torradas com queijo. Aqui começa um dilema já esperado: Vou? Não vou? Afinal não é nada que eu não possa fazer amanhã… mas depois isto e mais aquilo e mais o telefone e estou mesmo apertado… é melhor ir. Ou talvez não. Fico por aqui, vejo um filme, sempre é um dia que não vou a Lisboa, tomo um café perto do mar e vou ver o Will Smith que é um actor que me faz rir, mesmo em papéis sérios, como parece ser o caso no filme que corre por aí.
E é assim que dou por mim a tomar café e a ligar a Tv quase mecanicamente. E… adivinhem. É feriado mas a RTP dá o “Bom Dia Portugal”. E o Bom dia Portugal está a dar reportagens das mais miserandas manifestações passíveis de imaginação, mesmo fértil, como a minha. É um desfile horrendo de gente a falar para a televisão e a falar dos Carnavais das respectivas terras. Torres Vedras, Ovar, Loulé. Velhos vestidos de rameira barata e, provavelmente, rameiras tristes por ter nascido, mascaradas de velhos, crianças vestidos à Júlio César e a responder “siiiiim” às perguntas idiotas de repórteres com sono a interrogarem-se sobre o que é que estão ali a fazer. Não faltou mesmo um folião (!!!!!) a dizer que não têm ajudas nenhumas, que precisam de ajudas, que sem ajudas não vão lá.
Ainda a digerir os Carnavais da paróquia cai-me uma Praça da Alegria em cima. De supetão. Sem avisar e sem direito a recurso. Ao fim de cinco minutos a minha decisão estava tomada. Não mais indecisão. Vou mesmo trabalhar. E, no caminho, vou olhar muito para o mar e pensar que um dia destes ainda dobro, de novo, o Bojador. É só ouvir mais um par de reportagens de carnavais domésticos e um par de Praças da Alegria.
Nota. Não faltou um sociólogo de Coimbra debitar ciência sobre as origens dos Carnavais. Fiquei a saber assim que o Carnaval tem um raiz… agrária. Eu seja ceguinho. O homem devia querer dizer rural, acho, mas saiu-lhe o agrário. Mas ele tem razão. Afinal ele estudou sociologia, tem lá obrigação de saber se há diferenças entre rural, agrária, agrícola, agronómica, que sei eu… com sorte, num dia destes ainda lhe sai uma raiz… agropecuária. Afinal, vi desfilar umas quantas cabeças de gado. O que misturado com a natureza agrária do Carnaval dá a combinação desejada. Fujam. Deixem-me passar… vou trabalhar.
Ando a trabalhar demais para o meu gosto. Mas, pronto. Às vezes tem que ser e cada um é para o que nasce: uns nascem para ir trabalhar de helicóptero e outros têm de trabalhar para ter um helicóptero que, numa versão optimista, pode resultar num carro da gama média. E já não é mau, lá dizia a minha avozinha, vale mais ter mau hálito do que não ter hálito nenhum.
Mas tenho de concordar que acordar num feriado a pensar que tenho uma série de coisas atrasadas para uma viagem que tenho de fazer este Sábado não é das coisas mais recomendáveis. Aumenta o stress, aperta as coronárias e inibe funções nobres que, de outra forma, estariam sempre em regime de disponibilidade permanente.
Posto o dever acima da devoção há que alçar da cama, fazer um café e comer umas torradas com queijo. Aqui começa um dilema já esperado: Vou? Não vou? Afinal não é nada que eu não possa fazer amanhã… mas depois isto e mais aquilo e mais o telefone e estou mesmo apertado… é melhor ir. Ou talvez não. Fico por aqui, vejo um filme, sempre é um dia que não vou a Lisboa, tomo um café perto do mar e vou ver o Will Smith que é um actor que me faz rir, mesmo em papéis sérios, como parece ser o caso no filme que corre por aí.
E é assim que dou por mim a tomar café e a ligar a Tv quase mecanicamente. E… adivinhem. É feriado mas a RTP dá o “Bom Dia Portugal”. E o Bom dia Portugal está a dar reportagens das mais miserandas manifestações passíveis de imaginação, mesmo fértil, como a minha. É um desfile horrendo de gente a falar para a televisão e a falar dos Carnavais das respectivas terras. Torres Vedras, Ovar, Loulé. Velhos vestidos de rameira barata e, provavelmente, rameiras tristes por ter nascido, mascaradas de velhos, crianças vestidos à Júlio César e a responder “siiiiim” às perguntas idiotas de repórteres com sono a interrogarem-se sobre o que é que estão ali a fazer. Não faltou mesmo um folião (!!!!!) a dizer que não têm ajudas nenhumas, que precisam de ajudas, que sem ajudas não vão lá.
Ainda a digerir os Carnavais da paróquia cai-me uma Praça da Alegria em cima. De supetão. Sem avisar e sem direito a recurso. Ao fim de cinco minutos a minha decisão estava tomada. Não mais indecisão. Vou mesmo trabalhar. E, no caminho, vou olhar muito para o mar e pensar que um dia destes ainda dobro, de novo, o Bojador. É só ouvir mais um par de reportagens de carnavais domésticos e um par de Praças da Alegria.
Nota. Não faltou um sociólogo de Coimbra debitar ciência sobre as origens dos Carnavais. Fiquei a saber assim que o Carnaval tem um raiz… agrária. Eu seja ceguinho. O homem devia querer dizer rural, acho, mas saiu-lhe o agrário. Mas ele tem razão. Afinal ele estudou sociologia, tem lá obrigação de saber se há diferenças entre rural, agrária, agrícola, agronómica, que sei eu… com sorte, num dia destes ainda lhe sai uma raiz… agropecuária. Afinal, vi desfilar umas quantas cabeças de gado. O que misturado com a natureza agrária do Carnaval dá a combinação desejada. Fujam. Deixem-me passar… vou trabalhar.
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4 Comments:
Eu faria a mesma coisa. Há poucas coisas tão deprimentes como o Carnaval em Portugal. Mesmo que as dançarinas digam que está a ser um espectáculo!
E essa da origem agrária, LOL!, lembra-me que talvez fosse uma boa ideia reformar o Carnaval... Assim, tipo, 'tás a ver, agrária, reforma... reforma, agrária...
(Isto é uma piada tão má, tão má, que até faz lembrar os Malucos do Riso... Paciência. Agora também já não a apago.)
:)
Beijola.
ADOREI LER A SUA ROTINA DO DIA-A-DIA, com um àparte ao programa da RTP1, como é habitual...
O Carnaval passou a dizer-me um pouco mais, apenas uns 10% mais desde que a minha neta nasceu e, vou vê-la a desfilar...fora isso, é bom porque é mais 1 dia que se pode ficar em casa e dormir mais um pouquinho.
De encontrões vive também o Carnaval de Cabanas de Viriato,
onde a «dança dos cus» mantém viva
uma tradição nascida em 1865.
E, uma foto da minha Catarina, vestida de palhacito.
Convido-te para espreitares a minha «palhacita»!
A avó comprou os vários tecidos a metro e foi confeccionado a olho, para no dia, ser uma surpresa para a neta, que adorou...
BOM CARNAVAL.
Carlota
Peço desculpa, ando a deixar atrasar respostas aos comentários mas tenho vivido ocupadíssimo para o meu gosto :))
E até as más piadas merecem resposta :)))
Tou a brincar, tenho sempre uma pitada de piada para as piadas que julgas não terem piada :) Diz lá que esta piada não consegue ainda ser pior que a tua...
Beijola
Kalinka
Bom, a minha rotina é um pouco mais extensa :))
E foi com muito gosto que fui visitas o Kalinka e ver a "palhacita" e a dança dos cus em cabanas do Viriato :)
Um beijinho
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