Absurdo
[930]
José: - Olha a Maria, tudo bem contigo?
Maria: Olá, nem por isso.
J: - Então porquê?
M: - Alguns problemas de família. Imagina que o meu pai separou-se da minha mãe. O meu avô está doente e a minha avó caiu da escada e fez uma fractura de fémur.
J: - Coisa chata, sim. E quais avós?
M: - O meu avô materno. A avó é que é a avó paterna. Também, estão ambos muitos idosos, como sabes…
J: - Sim, é a vida. Mas por que diabo os teus pais se separaram?
M: - Olha, nem sei bem pormenores, acho que o meu pai se terá revelado homossexual e acabou por ir viver com um tipo qualquer. Pensam até adoptar uma criança. O meu pai gostaria mais de um menino, mas o companheiro dele não sei…a minha mãe é que diz que não está para mais ligações afectivas e acaba por ficar a viver sozinha.
J: - É a vida…
Este é um diálogo “sinal dos tempos” mas, ainda sim, perceptível. Mas não chega. Zapatero quer aperfeiçoá-lo e adaptá-lo à modernidade e com os novos desígnios da sociedade. Acabar com o atavismo idiota da designação pai e mãe, impecilhos de uma situação que se pretende nova e de passo certo com a evolução e substitui-los por progenitor A e progenitor B. Daí que este diálogo, se aproveitadas e aprovadas as ideias do nosso vizinho primeiro ministro, poderá transformar-se, a breve trecho, no seguinte:
José: - Olha a Maria, tudo bem contigo?
Maria: - Olá, tudo, mas tenho tido umas complicações lá por casa.
J: - Então porquê?
M: - Algumas alterações na nossa célula social. Imagina que o meu progenitor A resolveu desligar-se do meu progenitor B. O meu progenitor A linha está doente e o meu progenitor B linha caiu da escada e fracturou o fémur.
J: - Coisa chata. E que progenitores linha?
M: - O progenitor A do meu progenitor B. O progenitor B linha é que é progenitor B do meu progenitor A. Também estão ambos muito idosos, como sabes…
J: - Sim, é a vida. Mas por que diabo se separaram os teus progenitores?
M: - Olha, nem sei bem pormenores, mas acho que o meu progenitor A encontrou uma nova orientação sexual e acabou por ir viver com um tipo qualquer. Pensam mesmo em adoptar um progerado. Não sei se A se B, o meu progenitor A gosta mais de progerados A’s, mas o companheiro não sei… o meu progenitor B é que diz que prefere viver só e não lhe apetece mais associações nem constituições de células sociais.
J: - É a vida...
José: - Olha a Maria, tudo bem contigo?
Maria: Olá, nem por isso.
J: - Então porquê?
M: - Alguns problemas de família. Imagina que o meu pai separou-se da minha mãe. O meu avô está doente e a minha avó caiu da escada e fez uma fractura de fémur.
J: - Coisa chata, sim. E quais avós?
M: - O meu avô materno. A avó é que é a avó paterna. Também, estão ambos muitos idosos, como sabes…
J: - Sim, é a vida. Mas por que diabo os teus pais se separaram?
M: - Olha, nem sei bem pormenores, acho que o meu pai se terá revelado homossexual e acabou por ir viver com um tipo qualquer. Pensam até adoptar uma criança. O meu pai gostaria mais de um menino, mas o companheiro dele não sei…a minha mãe é que diz que não está para mais ligações afectivas e acaba por ficar a viver sozinha.
J: - É a vida…
Este é um diálogo “sinal dos tempos” mas, ainda sim, perceptível. Mas não chega. Zapatero quer aperfeiçoá-lo e adaptá-lo à modernidade e com os novos desígnios da sociedade. Acabar com o atavismo idiota da designação pai e mãe, impecilhos de uma situação que se pretende nova e de passo certo com a evolução e substitui-los por progenitor A e progenitor B. Daí que este diálogo, se aproveitadas e aprovadas as ideias do nosso vizinho primeiro ministro, poderá transformar-se, a breve trecho, no seguinte:
José: - Olha a Maria, tudo bem contigo?
Maria: - Olá, tudo, mas tenho tido umas complicações lá por casa.
J: - Então porquê?
M: - Algumas alterações na nossa célula social. Imagina que o meu progenitor A resolveu desligar-se do meu progenitor B. O meu progenitor A linha está doente e o meu progenitor B linha caiu da escada e fracturou o fémur.
J: - Coisa chata. E que progenitores linha?
M: - O progenitor A do meu progenitor B. O progenitor B linha é que é progenitor B do meu progenitor A. Também estão ambos muito idosos, como sabes…
J: - Sim, é a vida. Mas por que diabo se separaram os teus progenitores?
M: - Olha, nem sei bem pormenores, mas acho que o meu progenitor A encontrou uma nova orientação sexual e acabou por ir viver com um tipo qualquer. Pensam mesmo em adoptar um progerado. Não sei se A se B, o meu progenitor A gosta mais de progerados A’s, mas o companheiro não sei… o meu progenitor B é que diz que prefere viver só e não lhe apetece mais associações nem constituições de células sociais.
J: - É a vida...
10 Comments:
voltaste! E impagável! qu os nossos progenitores A e B não nos ouçam!
Bem me diverti a ler o teu texto.
Se, às vezes, já é difícil explicar às crianças os parentescos, como faremos agora, com progenitores ao quadrado, ao cubo, etc?
Vai-te preparando para a Stella, que o tempo passa depressa.
Beijinhos
:(
realmente esta nossa sociedade tem que se repensar...
adorei o exemplo...
Bem divertido está o nosso amigo Espumante! Acabas com uma citação do nosso amigo Guterres: É a vida!!! Traição do subconsciente? lol
Beijinho amigo para ti e para aqeles de quem és progenitor e progenitor linha!!!!!
LOOOOOOOOOOL Balha-me Deuses!!!
Eu que dou a "família" como conteúdo curricular costumava, em tempos que já lá vão usar a família de cada aluno como exemplo... há uns 5 anos desisti... por causa de coisas assim... às tantas a confusão era tal que ninguém se entendia!!!
Sinais dos tempos...
:(
Bjs
125_azul
Voltar? Eu tenho anado por aí! Como o outro...
:)
Laura Lara
Pensei que estivesses ausente. Há muito que não deixavas uma palavrinha no Senda.
Ainda bem que voltaste.
beijinho.
lxexpo
Obrigado pelo comentário
Madalena
tens uma argúcia tremenda... :))) O meu subconsciente é facilmente dominado por aqueelas criaturas :)
Beijinho
papoila saltitante
Não desistas. Tudo é cíclico. E os conteúdos curriulares também - digo eu, que não sou professor.
Beijinho
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