Virgens Ofendidas
[410] - Alberto João Jardim é malcriado. Chamar filhos da piiiiiiiiii (neologismo da RTP) aos jornalistas é uma forma soez de libertar o que lhe vai na alma.
É oportuno, porém, recordar que um filho da puta não tem que ser, necessariamente, um filho de uma senhora mal comportada. Aliás a filhadaputice é uma feliz e apropriada designação de muitas das formas de os portugueses actuarem, sempre que se levantam boas razões para isso e elas (as razões) coincidam com a sua peculiar forma de patrocinarem os seus interesses. Uma filhadaputice é uma forma sacana de fazer mal sem que para isso a mãe do filho da puta seja para aqui chamada.
Daí que tentar estabelecer paralelos entre a reforma de Alberto João, consubstanciada em 36 anos de normais descontos para a segurança social e a «reforma» de um quadro que trabalhou seis anos para uma instituição pública é uma filhadaputice sem nome. E há casos em que as pessoas (especialmente as dadas a filhadaputices) só entendem este tipo de linguagem.
11 Comments:
espumadamente
You can surely do better.
Cheers
Se ainda existisse o Wimpy Corner House de Picadilly (v. blog Pitucha cinzenta), podíamos ir os três beber um balde de café inglês. Gostava mesmo de conhecer o King of Madeira Island.
Beijos
Já nem sei se era Wimpy se Lyon's... who cares?
.-)
O que não impede que também ele seja um bom filhodaputa. :)
Muito gostava de saber porque é que o poder central, e sobretudo os vários presidentes da República, nunca lhe fizeram reparo!... - abraço, IO.
antónio ferrão
Better em quê? Não deves estar, certamente, a referir ao estilo literário. :)
Limitei-me a registar uma atitude grosseira (de Jardim) perante uma outra atitude, recorrente, de uma classe profissional em que muitos dos seus elemento vivem da filhaputice para conseguirem o que querem. Muitas vezes nem querem mais do que manter o empregozito...
(não todos, felizmente)
Um abraço :)
Laura Lara
Com receio de errar, acho que o Wimpy de Picadilly já lá não está. Mas não estou certo...
Duende
Claro que não impede.
Eu receio ter sido mal interpretado. Eu não estou a defender Jardim. Acho o homem execrável, paternalista, pastor de um rebanho mal informado, truculento e patatipatatá. Mas isso não me impede que ache que a situação dele não tem nada a ver com a do Ministro das Finanças...
devo é ter escrito mal
Abraços
:)
IO
Uma vez mais reitero que não estou a defender Jardim. Pelo contrário... tenho bem presente os artigos que ele escrevia (não sei se ainda escreve...) para um pasquim chamado Século de Johannesburg, em que, muitos anos depois da independência das colónias, ainda se apelava às armas para derrubar Samora Machel.Eu limitei-me a registar a tal atitude de filhadaputice de alguns jornalistas da nossa praça. Só isso...
Quanto às razões por que os nossos presidentes não o põem na ordem, partilho a tua angústia. O homem faz e diz o que quer e sobra-lhe tempo. Todavia, Jorge Sampaio (pessoa que, por acaso, nem me merece mais do que respeito institucional) ainda ontem dizia com alguma propriedade que Jardim foi eleito. Bem ou mal, foi eleito. É um facto incontornável e com ele teremos de viver...
Abraço para ti
Espumante
Dizes ou citas alguém que disse que o Jardim fora eleito! O problema dos blogues é ter que tratar brevemente questões sérias!
Também o Hitler foi eleito. Tal como o Haider na Áustria. E um dos temas juridicamente mais interessantes é saber o que fazer dos partidos liberticidas: como interpretar a Convenção Europeia dos Direitos do Homem, nomeadamente o ser artigo 11°, liberdade de associação e de reunião e o seu artigo 17°, proibição do abuso do direito? Como se aceita em democracia o inimigos desa mesma democracia, como se respeitam os direitos humanos de quem pugna pelo seu desrespeito?
Como aceitar O Front national em França ou o Vlaams Blok na Bélgica flamenga que são claramente racistas e anti-imigrantes?
Longe de mim comparar o Alberto João Jardim com estes casos extremos mas o argumento "foi eleito" pode levar-nos longe...
Beijos
Pitucha
Uiiii, a tua reflexão é brilhante, dá pano para mangas e requer um pouquinho de TPC para te responder :)))
Tenho uma vaga "desconfiança" que és jurista e eu... "é mais cochonilhas". De "qualquer das formas" (esta aprendi na tv) prometo comentar. Aqui ou no teu blog.
Beijinho
:)
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