terça-feira, maio 03, 2005

Ainda não dá, pá...




[346] - Mas afinal, quais são as perspectivas, pá?

- Hum… não sei não. A coisa não está segura. Tão depressa nos parece que sim, como não!

- Pá… mas assim é um risco. O pessoal parecia seguro, a coisa estava clara, se calhar fomos atrás da conversa do bloco, pá, hum… pá, não sei não.

- Pois, por isso é que acho que no período de férias a coisa até podia funcionar pr’o nosso lado. A malta do não é mais militante e…

- Ó pá, as coisas também não podem ser feitas assim. Mas a verdade é que vocês sempre me deram a ideia, pá, a coisa estava segura, as sondagens, pá, não estava tudo certo? Eu até cheguei a fazer campanha em Paris, caraças, pá com aquela miúda pateta a fazer perguntas idiotas e eu a fingir que estava supreendido, pá, não te lembras?

- Pois, mas parece que a coisa afinal não é bem assim. Esse pessoal do não é muito sectário, muito reaccionário e a verdade é que não sabemos bem o que poderemos esperar.

- Pronto, pá, adia-se a coisa, sei lá…ou então resolvam isso lá na Assembleia, ponham disciplina de voto e está a andar, parecem uns enconadinhos, pá, vejam lá o Zapatero, resolviu a cena lá dos…hum… como é que se diz, pá… hummm… dos coisos…pá, ajuda-me, dos homo…dos maricas, porra, em dois tempos. E aqui é sempre a mesma merda, pá, é tudo complicado, pá, depois eu é que fico com a fama de adiar, já foi o mesmo com a dissolução da Asembleia, pá!

- Eu sei, mas dessa vez a coisa acabava por rebentar, mais dia menos dia, mas agora estou um bocado preocupado…

- Preocupado uma merda, pá. Não temos maioria?

- Sim, mas…

- Pá, aqui não há mas, pá. Eu é que não vou avançar com uma coisa que depois se corre mal, eu é que fico com o ónus da coisa, pá. Vejam lá isso, encomendem mais sondagens, formem uma comissão, pá, façam outra lei, pá, façam qualquer coisa, o Jorge Coelho ainda há dias disse na «Quadratura do Círculo» que desta vez a coisa não podia falhar. Um gajo de tomates, tás a ver, pá?

- Sim, mas…

- Mas, o tanas. Desenrasquem-se. Não estou a perceber o enconanço. Não vou é andar para a frente com um referendo sem ter a certeza que ganhamos, pá.

8 Comments:

At 6:20 da tarde, Anonymous Anónimo disse...

Mai nada!

 
At 8:55 da tarde, Blogger Nelson Reprezas disse...

Anonymous

E eu diria mais: - mai nada...

 
At 9:10 da tarde, Anonymous Anónimo disse...

grrrrrrr!, 'tá visto que os lagartos não engravidam!...IO.

 
At 9:14 da tarde, Blogger Nelson Reprezas disse...

IO
:))) Não me interpretes mal. Eu não estou (nem de longe)a glosar o sim ou o não ao aborto. Estou, sim, a referir-me à forma como EU acho que os nossos chefes lidam com problemas tão delicados como a IVG.
Capice?
beijinho

 
At 9:59 da tarde, Blogger Guarda-factos disse...

Já ouvi falar em 'coninhas' e na sua matriz (cof, cof), agora em 'enconanço' só mesmo agora: nesta verosímil conversa entre o presidente coninhas e o 1º conão.

(desculpe-me o calão, mas até parece que o diálogo foi mesmo assim e toda aquela picuice enoja)

Abraço

 
At 10:26 da tarde, Blogger Nelson Reprezas disse...

JoãoG
Eu também acho alguma... verosimilhança ufff, as palavras que você me obriga a dizer :)na conversa. Não é difícil, aliás.
Quanto à matriz...é uma questão puramente etimológica.
Abraço :)

 
At 11:28 da tarde, Anonymous Anónimo disse...

ESPUMANTE, no 'chuinga' respondi-te assim:
Olá, lá no teu blog respondi meio a sério-meio a brincar... o que me pareceu do teu 'post' é que estavas, também, a gozar com o anda para a frente e para trás dos políticos e, disso, gostei. Mas há o aspecto de ser inadmissível este fingir que a vida das 'pobres' não tem importância e isso é execrável!! SIM, lá porque teria meios, se fosse caso disso (até hoje não, felizmente!), de o ir fazer longe e em boas condições, NÃO ME DEMITO DE DEFENDER QUEM NÃO TEM o mesmo que eu. Só assim, aceito o 'militante' que usas.
Quanto à tua questão, só digo: NUNCA MAIS, NINGUÉM a tribunal.
Abraço, boa noite!, IO.

 
At 9:30 da manhã, Blogger Passada disse...

Que pena tenho eu que os homens não partilhem desta condição materna. Porque é preciso sentir na pele o que politizaram.

 

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