Especialistas
“Especialistas” decretaram e celebraram um dia de greve aos TPC para as crianças.
Sempre tive um ideal de educação em que o rigor e o trabalho fizessem parte das linhas mestras da educação de crianças. Mas parece que esta não é a doutrina de especialistas na matéria que acham que não. Eles acham que o direito à greve é uma coisa que as crianças devem conhecer e introverter desde pequeninos e que eles deviam, desde já, iniciar-se na nobre missão de estar contra. Não se sabe bem contra quem mas os putos devem saber que se deve estar contra, contestar, independentemente dos motivos. Ou melhor: - Neste caso devem estar objectivamente contra os professores que são uns malandros e lhes dão demasiados trabalhos para casa.
Uma jornalista, na notícia enfeitada das televisões – e após sábias reflexões dos especialistas que acham que as crianças estão sobrecarregadas de trabalho e não têm tempo para “se divertir e para gostar delas próprias”,(sic) - encarregou-se da tarefa de perguntar aos “grevistas” o que pensavam da greve e as respostas eram uns tímidos “não seeeeeeei”. A jornalista insistia, perguntando: - Por causa dos TPC ainda ficas com tempo para brincar? E a resposta, descoroçoante chegava: Fiiiiiiiiico, hoje brinquei com a playstation.
Independentemente de existir ou não uma carga demasiado pesada de TPC - não estou seguro nesta matéria - acho que se está a prestar um mau serviço às crianças, às escolas, aos professores e à Educação em geral tratando o assunto desta forma. Mas é o costume, afinal...
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