A esperança
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São intervenções destas que mantêm viva a minha esperança de
ver apeada esta rapaziada que nos pastoreia por via de uma fraude bem urdida,
ainda que legitimada pela via parlamentar.
O conteúdo destas intervenções é de incontornável substância
por factual e, naturalmente, indesmentível. E de grande qualidade. A certeza da improbabilidade de
qualquer entendimento com os socialistas leva-me a sustentar a necessidade de
se actuar com vigor, com verdade sem receios das práticas habituais de se
acusar o PSD e o CDS de abrirem hostilidades. Ainda agora neste debate se percebeu
que a intervenção do ministro das finanças foi de uma pobreza angustiante e que
o seu principal argumento foi a habitual acusação ao anterior governo. Tudo
feito na maior aridez de ideias, deficiente leitura do texto que quem quer que
seja lhe escreveu (Centeno é incapaz de dizer dois períodos seguidos com sentido
e sintaxe apropriada) e a habitual acrimónia reservada ao “anterior governo”.
Para além de uma inaceitável enunciação de números falsos e/ou habilmente
expostos.
Miguel Morgado e Montenegro foram brilhantes. Que nunca se
sintam tolhidos em chamar os bois pelos nomes, sobretudo quando olhamos para o lado
de Centeno (usando o gaguejado conselho dele próprio em relação ao deputado
Amaro do PSD) e vemos as mesmas caras que coexistiram alegremente com Sócrates
na condução deste país à trágica situação em que se encontra. Esses, incluindo
Costa, deviam sentir alguma vergonha. Coisa que, receio, de há muito perderam.
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Etiquetas: debate, geringonça, orçamento
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