sexta-feira, novembro 04, 2016

A esperança



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São intervenções destas que mantêm viva a minha esperança de ver apeada esta rapaziada que nos pastoreia por via de uma fraude bem urdida, ainda que legitimada pela via parlamentar.

O conteúdo destas intervenções é de incontornável substância por factual e, naturalmente, indesmentível. E de grande qualidade. A certeza da improbabilidade de qualquer entendimento com os socialistas leva-me a sustentar a necessidade de se actuar com vigor, com verdade sem receios das práticas habituais de se acusar o PSD e o CDS de abrirem hostilidades. Ainda agora neste debate se percebeu que a intervenção do ministro das finanças foi de uma pobreza angustiante e que o seu principal argumento foi a habitual acusação ao anterior governo. Tudo feito na maior aridez de ideias, deficiente leitura do texto que quem quer que seja lhe escreveu (Centeno é incapaz de dizer dois períodos seguidos com sentido e sintaxe apropriada) e a habitual acrimónia reservada ao “anterior governo”. Para além de uma inaceitável enunciação de números falsos e/ou habilmente expostos.


Miguel Morgado e Montenegro foram brilhantes. Que nunca se sintam tolhidos em chamar os bois pelos nomes, sobretudo quando olhamos para o lado de Centeno (usando o gaguejado conselho dele próprio em relação ao deputado Amaro do PSD) e vemos as mesmas caras que coexistiram alegremente com Sócrates na condução deste país à trágica situação em que se encontra. Esses, incluindo Costa, deviam sentir alguma vergonha. Coisa que, receio, de há muito perderam.


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