Leitura aconselhada
[5010]
Ó inclemência! Ó martírio!
Não é preciso ler (salvo seja) o livro sobre tortura assinado por
José Sócrates. Basta ter lido as notícias sobre a respectiva cerimónia de
lançamento. Imagine-se uma mesa preenchida por Lula da Silva, o dr. Soares e o
próprio engenheiro. Imagine-se uma sala atafulhada com o pior do PS e, de
brinde, os drs. Noronha do Nascimento e Pinto Monteiro. Imagine-se o loquaz
ex-presidente do Brasil, que misteriosamente não está na cadeia, a falar
durante meia hora. Imagine-se que o tom geral da coisa consiste em tecer
louvores ao engenheiro e criar a proverbial "vaga de fundo" para que
este regresse à política - Deus tenha piedade de nós - activa. Imagine-se o
descaramento, a confiança na amnésia alheia, a brutal arrogância do exercício.
Muito mais do que a teoria, a prática esclarece: tortura é isto
Só à bomba
Inés del Río é uma psicopata, perdão, uma terrorista da ETA,
perdão, uma activista da independência basca condenada em 1987 a 3838 anos de
prisão por 24 homicídios. Há dias, a dona Inés foi libertada com base numa
manigância jurídica e por decisão do Tribunal Europeu dos Direitos do Homem. De
qual homem, especificamente? Decerto nenhum dos mortos pela dona Inés e pelos
respectivos parceiros de paródia. Parceiros que, aliás, já reclamam tratamento
idêntico e é provável que o venham a ter. Se a Justiça caseira é uma anedota,
há outras ainda mais engraçadas.
Alberto Gonçalves, no DN de ontem
Etiquetas: blogosfera
0 Comments:
Enviar um comentário
<< Home