E agora? Pergunta ele, o insigne sociólogo
Se eu fosse polícia, grego, português ou finlandês, e deparasse
com uma criança loura, de olhos verdes num acampamento de ciganos alegadamente
filha de um casal de ciganos, certamente que daria conta do assunto aos meus superiores.
Pensaria que os ciganos são muito morenos, de cabelo bem preto e olhos
castanhos escuros e reconhecidamente se envolvem em tráfico de crianças. Não é
preconceito, é uma noção assente em factos reais que não há como escamotear.
Por muitos ciganos impolutos que existam, e tenho a certeza que existem, e por
muitas injustiças de que esta comunidade seja alvo.
Se eu fosse graduado superior do polícia que me dera conta
da ocorrência, acharia que devia conduzir o caso a instâncias superiores, Pelas
razões já aduzidas para o polícia.
Aparentemente, no caso concreto da menina loira, filha biológica
de ciganos búlgaros e filha comprada de ciganos gregos, havia mesmo crime. A
pequenita parece ter custado cerca de €250 e os actuais «pais» tinham já planos
para ceder a criança a um noivo que esportularia uma avultada quantia para
casar com ela, Desde que ela chegasse virgem aos doze anos, como é evidente.
Tudo isto seria um caso normal de polícia se em Portugal não
houvesse sociólogos eminentes que ganham a vida demonizando a Europa, os
europeus e a sua «hipócrita» civilização. À míngua de uma forma honesta e profissional
de tratar de sociologia ganham dinheiro não à custa do estudo e escrutínio
isento de dramas como este da menina loira de olhos verdes em regime de engorda
para ser vendida, virgem, aos 12 anos, mas outrossim embrenhando-se na
escalpelização das entorses civilizacionais da velha Europa. E é assim que
surge um sociólogo, Pedro Góis, que se lança na extrapolação do caso,
naturalmente caindo na razão fácil da pretensa supremacia dos hipócritas
brancos que não gostam de ciganos e que acordam todos os dias a pensar que
maldades é que lhes farão nesse dia. E o caso dá linhas e linhas de prosa. Mais
ou menos cretinas, mas o melhor é lê-las, mesmo.
Entretanto há sempre um jornal especializado no aproveitamento
destes fenómenos, escalpelizando-os «à la mode». O Público, qual mais? Para o
assunto ficar completo só falta mesmo uma entrevistazinha na SIC Notícias, quem
sabe da Ana Lourenço a Helena Roseta, ou assim. Quanto à «historinha» do «anjo
loiro» e coisas que tal, é bom que Eduardo Góis assuma que os especialistas na
enformação da informação estão precisamente na Comunicação Social. Frequentemente
baseada na opinião assertiva de sociólogos.
*
*
Etiquetas: comunicação social, politicamente correcto
0 Comments:
Enviar um comentário
<< Home