domingo, outubro 27, 2013

E agora? Pergunta ele, o insigne sociólogo


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Se eu fosse polícia, grego, português ou finlandês, e deparasse com uma criança loura, de olhos verdes num acampamento de ciganos alegadamente filha de um casal de ciganos, certamente que daria conta do assunto aos meus superiores. Pensaria que os ciganos são muito morenos, de cabelo bem preto e olhos castanhos escuros e reconhecidamente se envolvem em tráfico de crianças. Não é preconceito, é uma noção assente em factos reais que não há como escamotear. Por muitos ciganos impolutos que existam, e tenho a certeza que existem, e por muitas injustiças de que esta comunidade seja alvo.

Se eu fosse graduado superior do polícia que me dera conta da ocorrência, acharia que devia conduzir o caso a instâncias superiores, Pelas razões já aduzidas para o polícia.

Aparentemente, no caso concreto da menina loira, filha biológica de ciganos búlgaros e filha comprada de ciganos gregos, havia mesmo crime. A pequenita parece ter custado cerca de €250 e os actuais «pais» tinham já planos para ceder a criança a um noivo que esportularia uma avultada quantia para casar com ela, Desde que ela chegasse virgem aos doze anos, como é evidente.

Tudo isto seria um caso normal de polícia se em Portugal não houvesse sociólogos eminentes que ganham a vida demonizando a Europa, os europeus e a sua «hipócrita» civilização. À míngua de uma forma honesta e profissional de tratar de sociologia ganham dinheiro não à custa do estudo e escrutínio isento de dramas como este da menina loira de olhos verdes em regime de engorda para ser vendida, virgem, aos 12 anos, mas outrossim embrenhando-se na escalpelização das entorses civilizacionais da velha Europa. E é assim que surge um sociólogo, Pedro Góis, que se lança na extrapolação do caso, naturalmente caindo na razão fácil da pretensa supremacia dos hipócritas brancos que não gostam de ciganos e que acordam todos os dias a pensar que maldades é que lhes farão nesse dia. E o caso dá linhas e linhas de prosa. Mais ou menos cretinas, mas o melhor é lê-las, mesmo.

Entretanto há sempre um jornal especializado no aproveitamento destes fenómenos, escalpelizando-os «à la mode». O Público, qual mais? Para o assunto ficar completo só falta mesmo uma entrevistazinha na SIC Notícias, quem sabe da Ana Lourenço a Helena Roseta, ou assim. Quanto à «historinha» do «anjo loiro» e coisas que tal, é bom que Eduardo Góis assuma que os especialistas na enformação da informação estão precisamente na Comunicação Social. Frequentemente baseada na opinião assertiva de sociólogos.

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