segunda-feira, fevereiro 20, 2012

O material tem sempre razão

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Cada vez que passo pelo «Arrastão» e pelo «5 dias», sofro um justificado acesso de dispepsia, só tolerada pela pluralidade de ideias que considero essencial para uma sociedade moderna, livre, independente e próspera. Mesmo dando de barato que o que se lê nestes dois blogues (há mais, mas confesso alguma preguiça para os mencionar) releva de um conhecido estado de alma que só quem conheceu de perto os regimes emulados pelos seus escribas entende e é, dentro dos mais liminares parâmetros de apreciação, absolutamente condenável. Porque é evidente a sede de sangue que esta gente não se preocupa sequer em disfarçar.

Fica por entender a simpatia que este tipo de gente colhe na comunicação social, a fartura e ritmo com que são citados na rádio, televisão e nos jornais (não se dá um «pum» em Portugal que não se vá perguntar a Louçã se ouviu ou ao Daniel Oliveira se lhe cheirou mal e, já agora, a Mário Soares se achou que o «pum» foi bem dado). Resta a consolação de que a extrema-esquerda está em evidente desagregação, para não falar duma existência com uma representação cada vez mais residual nas urnas.

O povo é sereno, como dizia o Pinheiro de Azevedo.
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