Não querem lá ver a gorda nazi, hein?
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Por acaso também me irritou ouvir Merkel perorar sobre a nossa escala de valores e prioridades, como se estivesse a conversar com uma vizinha e a dizer-lhe como é que ela devia arrumar a sala. Quando Merkel falou sobre a Madeira, a Nação foi ao rubro e, iracunda, excomungou a megera, que não tem nada que se meter connosco. A questão é que antes dela reparei nalguns milhões de portugueses querendo crucificar Jardim, exactamente com os mesmos argumentos. Com o preciosismo, até, de mencionarem os túneis e auto-estradas. É chato, eu sei… mas alguma coisa não bate certo. Ou é a vida, como dizia o outro.
Houve uma reacção semelhante em relação ao «piegas» de Passos Coelho. Já dou de barato que o primeiro-ministro nunca disse que os portugueses eram piegas, mas sim que não deveriam ser piegas. É completamente diferente, a não ser que a reacção tenha provindo dos 75% que representam a iliteracia nacional. Ou então trata-se de uma caso de distracção ou de má-fé. Ou ambas. Porque afirmar que Passos Coelho chamou piegas aos portugueses tornou-se um dado adquirido. Cheguei a ouvir ontem, na SIC Notícias, qualquer coisa como «… a oposição reagiu fortemente por Passos Coelho ter chamado piegas aos portugueses…». Esta afirmação, mentirosa, vinda de uma televisão de referência, não é apenas descuidada e carecida do rigor que se deseja. Penso que é má-fé pura.
Enfim, Madeira e piegas – os temas do momento. Bem podíamos deixar de ser piegas, aos berros de cada vez que nos tocam no umbigo. Ou, ainda, aproveitarmos a incursão de Merkel nos nossos assuntos internos (apesar de ela estar minimamente nesse direito, pelo dinheiro que lhe devemos) para percebermos que bom, bom, era não darmos motivos para ter de ouvir destas coisas. Em vez de nos armarmos em magriços, defendendo a honra do reino contra as «Merkeis» do nosso descontentamento, mantendo-nos calados que nem ratos enquanto nos vão pagando as contas.
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Por acaso também me irritou ouvir Merkel perorar sobre a nossa escala de valores e prioridades, como se estivesse a conversar com uma vizinha e a dizer-lhe como é que ela devia arrumar a sala. Quando Merkel falou sobre a Madeira, a Nação foi ao rubro e, iracunda, excomungou a megera, que não tem nada que se meter connosco. A questão é que antes dela reparei nalguns milhões de portugueses querendo crucificar Jardim, exactamente com os mesmos argumentos. Com o preciosismo, até, de mencionarem os túneis e auto-estradas. É chato, eu sei… mas alguma coisa não bate certo. Ou é a vida, como dizia o outro.
Houve uma reacção semelhante em relação ao «piegas» de Passos Coelho. Já dou de barato que o primeiro-ministro nunca disse que os portugueses eram piegas, mas sim que não deveriam ser piegas. É completamente diferente, a não ser que a reacção tenha provindo dos 75% que representam a iliteracia nacional. Ou então trata-se de uma caso de distracção ou de má-fé. Ou ambas. Porque afirmar que Passos Coelho chamou piegas aos portugueses tornou-se um dado adquirido. Cheguei a ouvir ontem, na SIC Notícias, qualquer coisa como «… a oposição reagiu fortemente por Passos Coelho ter chamado piegas aos portugueses…». Esta afirmação, mentirosa, vinda de uma televisão de referência, não é apenas descuidada e carecida do rigor que se deseja. Penso que é má-fé pura.
Enfim, Madeira e piegas – os temas do momento. Bem podíamos deixar de ser piegas, aos berros de cada vez que nos tocam no umbigo. Ou, ainda, aproveitarmos a incursão de Merkel nos nossos assuntos internos (apesar de ela estar minimamente nesse direito, pelo dinheiro que lhe devemos) para percebermos que bom, bom, era não darmos motivos para ter de ouvir destas coisas. Em vez de nos armarmos em magriços, defendendo a honra do reino contra as «Merkeis» do nosso descontentamento, mantendo-nos calados que nem ratos enquanto nos vão pagando as contas.
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Etiquetas: nação valente...
2 Comments:
Irritante, também não lhe achei "graça" nenhuma.
De Portugal e dos portugueses só nós é que podemos falar mal :)))
Os Tugas, quais Madalenas arrependidas, bem que estão caladinhos que nem ratos e até deram carta branca ao 1º Ministro para ir a Bruxelas agradecer reconhecidamente à senhora Merkel cada migalha que nos vai atirando.
Mas os banqueiros estão zangados!Acabaram de apresentar resultados que não abonam muito aos seus supostos predicados. Precisam de desopilar o figado, e as "Júdites de Sousa" deste país aí estão para lhes darem voz. Os jornalistas agora são doutores... estão pouco dados a viverem de migalhas!
Ab
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