Em defesa do «copianço»
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O bruáá que vai por aí sobre o copianço detectado nas provas do CEJ faz-me um bocado de confusão. Porque, de repente, fico com a sensação de que somos um povo impoluto, imaculado, flawless, que não só temos a alma limpa e o corpo lavado como nos arrepiamos de vergonha pelo facto de uns jovens candidatos a juízes terem copiado.
Tenho para mim que deve haver pouca gente que alguma vez não tenha copiado. Sem que isso tenha afectado, mais tarde, o seu desempenho profissional na carreira ou condicionado os seus valores éticos e de integridade. Copiar era, por vezes, uma muleta necessária, até, para que uma avulsa noite de farra, por exemplo, não comprometesse um ano de curso. E depois… isto passa-se na juventude, já por si atreita a excessos. Por mim, confesso que fiz umas cábulas um par de vezes e não foi por isso que deixei de me reger por rígidas normas de conduta pessoal no desempenho das minhas funções ou no relacionamento com as pessoas.
No caso vertente devo até confessar que me preocupa muito, mas muito mais, o circunstancialismo e as pressões que acabam por envolver praticamente todas as classes profissionais e que não deixam de lado os juízes. Há exemplos recente de pressões, compadrios, movimentos suspeitos, favorecimentos, claquismo (perdoe-se-me o palavrão) político, arranjos e, até, claras injustiças cometidas àqueles que ousam afrontar o sistema.
Portugal é fértil neste tipo de situações e, por mim, habituei-me a desconfiar de muita gente ligada à justiça. Gente que, porventura, nem nunca terá copiado em exame algum.
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O bruáá que vai por aí sobre o copianço detectado nas provas do CEJ faz-me um bocado de confusão. Porque, de repente, fico com a sensação de que somos um povo impoluto, imaculado, flawless, que não só temos a alma limpa e o corpo lavado como nos arrepiamos de vergonha pelo facto de uns jovens candidatos a juízes terem copiado.
Tenho para mim que deve haver pouca gente que alguma vez não tenha copiado. Sem que isso tenha afectado, mais tarde, o seu desempenho profissional na carreira ou condicionado os seus valores éticos e de integridade. Copiar era, por vezes, uma muleta necessária, até, para que uma avulsa noite de farra, por exemplo, não comprometesse um ano de curso. E depois… isto passa-se na juventude, já por si atreita a excessos. Por mim, confesso que fiz umas cábulas um par de vezes e não foi por isso que deixei de me reger por rígidas normas de conduta pessoal no desempenho das minhas funções ou no relacionamento com as pessoas.
No caso vertente devo até confessar que me preocupa muito, mas muito mais, o circunstancialismo e as pressões que acabam por envolver praticamente todas as classes profissionais e que não deixam de lado os juízes. Há exemplos recente de pressões, compadrios, movimentos suspeitos, favorecimentos, claquismo (perdoe-se-me o palavrão) político, arranjos e, até, claras injustiças cometidas àqueles que ousam afrontar o sistema.
Portugal é fértil neste tipo de situações e, por mim, habituei-me a desconfiar de muita gente ligada à justiça. Gente que, porventura, nem nunca terá copiado em exame algum.
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Etiquetas: copianço, ética, povo impoluto
2 Comments:
Vamos lá ver a "coisa" pelo lado positivo: eles estão mesmo na recta final do curso e ainda não aprenderam a copiar sem serem apanhados???? Afinal não têm jeito para serem desonestos :))))
papoila
:)
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