Pudessem eles...
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O muro de Berlim era o que a maioria das pessoas sabe. Ainda que muitas dessas pessoas, por mais novas, tenham uma imagem algo distorcida da realidade e outras se tenham rápida e convenientemente travestido de esquerda moderna perante a impossibilidade de reformar o comunismo (esta do comunismo reformável ouvi ao Daniel Oliveira no Eixo do Mal, quando afirmou que o dia da queda do muro foi o dia mais feliz da vida dele).
Com o muro terá caído um regime, mas não terão caído muitas pessoas que o tornaram possível. Pessoas perfeitas, iluminadas e a quem lhes foi consignado o privilégio de indução de comportamentos para uma sociedade perfeita. É dessas pessoas que eu ainda hoje tenho medo. Porque foram elas que alimentaram o mais cruel e sanguinário dos regimes, não só pela perda trágica de milhões de vidas como pelo estabelecimento de uma sociedade castrada a que nada era permitido senão comer, ver, ler e ouvir exactamente e apenas o que lhes era autorizado. Era, possivelmente, o lado mais trágico do regime que aguardava, guloso, o avanço de gerações já nascidas sob a pata socialista e que nada mais conheciam que não fosse a geometria fixa da sua existência. Dessas pessoas iluminadas, dizia eu, tenho medo ainda hoje. Porque estão despeitadas pela derrota, porque perderam privilégios e porque possuem um ADN incompatível com a liberdade. Porque ainda não perceberam que as pessoas preferem o primado da liberdade e a individualização da vontade, mesmo que para isso tenham de pagar preços tão elevados como a corrupção e as injustiças sociais. Porque podem pelo menos, lutar contra elas. Ao contrário das sociedades comunistas que não podiam lutar por nada, a não ser pelo que lhes mandassem.
Vinte anos depois da queda do muro, sinto uma grande alegria porque as pessoas conseguiram deitá-lo abaixo. Fica-me a saber a pouco, já que há um punhado de gente que merecia um real enxerto de porrada. Mas o tempo passa e os ódios diluem-se. Mesmo por aqueles que ainda hoje acham, que a queda do muro foi uma catástrofe. Desses, pudessem eles, ainda poderíamos vir a ouvir falar. Pudessem eles…
O muro de Berlim era o que a maioria das pessoas sabe. Ainda que muitas dessas pessoas, por mais novas, tenham uma imagem algo distorcida da realidade e outras se tenham rápida e convenientemente travestido de esquerda moderna perante a impossibilidade de reformar o comunismo (esta do comunismo reformável ouvi ao Daniel Oliveira no Eixo do Mal, quando afirmou que o dia da queda do muro foi o dia mais feliz da vida dele).
Com o muro terá caído um regime, mas não terão caído muitas pessoas que o tornaram possível. Pessoas perfeitas, iluminadas e a quem lhes foi consignado o privilégio de indução de comportamentos para uma sociedade perfeita. É dessas pessoas que eu ainda hoje tenho medo. Porque foram elas que alimentaram o mais cruel e sanguinário dos regimes, não só pela perda trágica de milhões de vidas como pelo estabelecimento de uma sociedade castrada a que nada era permitido senão comer, ver, ler e ouvir exactamente e apenas o que lhes era autorizado. Era, possivelmente, o lado mais trágico do regime que aguardava, guloso, o avanço de gerações já nascidas sob a pata socialista e que nada mais conheciam que não fosse a geometria fixa da sua existência. Dessas pessoas iluminadas, dizia eu, tenho medo ainda hoje. Porque estão despeitadas pela derrota, porque perderam privilégios e porque possuem um ADN incompatível com a liberdade. Porque ainda não perceberam que as pessoas preferem o primado da liberdade e a individualização da vontade, mesmo que para isso tenham de pagar preços tão elevados como a corrupção e as injustiças sociais. Porque podem pelo menos, lutar contra elas. Ao contrário das sociedades comunistas que não podiam lutar por nada, a não ser pelo que lhes mandassem.
Vinte anos depois da queda do muro, sinto uma grande alegria porque as pessoas conseguiram deitá-lo abaixo. Fica-me a saber a pouco, já que há um punhado de gente que merecia um real enxerto de porrada. Mas o tempo passa e os ódios diluem-se. Mesmo por aqueles que ainda hoje acham, que a queda do muro foi uma catástrofe. Desses, pudessem eles, ainda poderíamos vir a ouvir falar. Pudessem eles…
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Etiquetas: muro de Berlim
3 Comments:
..."real enxerto de porrada"...
Sr Engenheiro, isto não lhe fica bem...quanta agressividade!!!!:)))
É a recordação de ódios antigos :)))
Apanhaste-me ainda por aqui. Outra razão foi a acumulação de três dias sem fazer um postezinho que se visse. E já estava com saudades. Não é que estava mesmo? :))))
Caramba..se eu entendi bem a segunda razão para a agressivididade foi a saudade!?!?
Jura que nunca vais sentir saudade de mim...por favor jura!!!!:))))
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