domingo, abril 19, 2009

Ainda o futebol. Académica 0-3 FCP


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O Porto foi a Coimbra beneficiar, de novo, de uma das mais habilidosas arbitragens a que tenho assistido. O futebol é cada vez mais um caldo de batota, manha, jogo de cintura, compadrio, amiguismo, suspeita, muito possivelmente chantagem, pressão e um bocadinho de tudo o que de mau nós temos nos genes. Não é preciso saber de futebol para perceber que o desfecho do jogo que opôs o F.C. Porto à Académica poderia ser outro se a batota do árbitro (ninguém, em boa fé, poderá afirmar que o árbitro não viu a mão voluntária e destacada do defesa portista, e muito menos poderá afirmar que foi um erro. Um erro é originado pela deficiente visão ou interpretação de um lance, e na jogada em questão isso não é aplicável, basta ver a jogada na televisão) não fizesse “jurisprudência” no desafio. E este lance foi o mais visível, depois houve um sem número de pequenas faltas tendenciosas e cirúrgicas, intervaladas com outras inteligentemente a favorecer a Académica a balancear a coisa.

Mas a verdade é que pensando bem mão não há uma razão suficientemente forte para que tenhamos um futebol escorreito de métodos e de princípios. Por que carga de água o futebol haveria de ser diferente da justiça, da educação, da administração pública, do parlamento, da comunicação social, de todos os sectores que, em última análise, enformam a vida nacional?

"Habituemo-nos" a nós próprios. Ao que somos. Afinal não é nada de novo, nem para espantar.

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