Olha, afinal parece que pode ter prescrito
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Relativamente à distinta possibilidade de os crimes de corrupção e tráfico de influências com o licenciamento do Freeport já poderem terem prescrito e de o competente Dr. Marcelo no-lo ter explicado ontem na TV, ficam duas sensações amargas. A primeira é de que as coisas neste país acontecem assim como as rabanadas de vento. O ar está calmo e de repente a pressão atmosférica tem um acesso de "taquicardia" e o vento sopra, mostrando lixo escondido. Dá a impressão que ninguém tinha reparado e que de repente, “voilá”, a coisa está é prescrita e não vale a pena falar mais do assunto. A outra é que ninguém parece estar preocupado com o facto de a ser verdade que os crimes (alegados) terem prescrito a culpa poderá caber em grande parte ao ministério público. Quer por deliberada intenção de não mexer no assunto quer porque um funcionário qualquer foi deixando amontoar serviço na secretária.
Se este desmazelo e ausência de rigor (em que somos, infelizmente, ímpares) são sempre condenáveis, no caso vertente torna-se insustentável, por razões óbvias. Não que queiramos ver Sócrates na fogueira a todo o custo, mas porque precisamos de saber se temos um primeiro-ministro objectivamente envolvido na trapaça. É só isto que se quer e parece-me que não é pedir muito.
Relativamente à distinta possibilidade de os crimes de corrupção e tráfico de influências com o licenciamento do Freeport já poderem terem prescrito e de o competente Dr. Marcelo no-lo ter explicado ontem na TV, ficam duas sensações amargas. A primeira é de que as coisas neste país acontecem assim como as rabanadas de vento. O ar está calmo e de repente a pressão atmosférica tem um acesso de "taquicardia" e o vento sopra, mostrando lixo escondido. Dá a impressão que ninguém tinha reparado e que de repente, “voilá”, a coisa está é prescrita e não vale a pena falar mais do assunto. A outra é que ninguém parece estar preocupado com o facto de a ser verdade que os crimes (alegados) terem prescrito a culpa poderá caber em grande parte ao ministério público. Quer por deliberada intenção de não mexer no assunto quer porque um funcionário qualquer foi deixando amontoar serviço na secretária.
Se este desmazelo e ausência de rigor (em que somos, infelizmente, ímpares) são sempre condenáveis, no caso vertente torna-se insustentável, por razões óbvias. Não que queiramos ver Sócrates na fogueira a todo o custo, mas porque precisamos de saber se temos um primeiro-ministro objectivamente envolvido na trapaça. É só isto que se quer e parece-me que não é pedir muito.
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Etiquetas: Ai Portugal, Freeport Alcochete, justiça
2 Comments:
Acabei de ver o original da entrevista de Frost a Nixon. Se bem me lembro e revi, Nixon não esperou que a investigação/julgamento pelo Senado fosse até ao fim para se demitir...
Outros tempos, outra "espinha dorsal"...
anónimo
E outra gente, também...
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