Imposição?
[2822]
A f. (fernanda câncio, para quem não esteja familiarizado com este f pequenino) teve um ataque de brotoeja e zangou-se imenso com a ministra da saúde por causa desta notícia.
Com deliberada superficialidade, f. mistura alhos com bugalhos e acha que um acordo com a Igreja Católica tem um sentido semântico que, aparentemente, só ela descortina quando diz que se trata de uma imposição. Discorre imenso, entretanto, transcrevendo vários artigos da lei da liberdade religiosa e da concordata. Dei-me ao trabalho de ler os artigos todos que a f. transcreve e esforcei-me genuinamente para descobrir onde estava a imposição da assistência católica nos hospitais e o favorecimento da confissão católica mas desconsegui, como diria o Mia Couto. Devo ter ficado confundido e tudo passou a ser peanuts.
Vou ali sacudir as cascas e esquecer o post.
.
Etiquetas: assistência religiosa, bloggers, igreja
5 Comments:
aliás, a forma de nos tratarem nos hospitais públicos fica logo melhor depois de tirarem todos os crucifixos.
Portugal não tem mais problemas.
Fracamente
Esta senhora dá uma no cravo e outra na governadura. Há dias falava bem da ministra da educação. Esta é para compemsar.
Tirem-me deste filme
M Isabel G
Sabe, Isabel, há coisas tão pífias que nem apetece fazer humor com elas...
´Não. Tem razão.
Com tanta gente a combater a doença, a falta de dinheiro, os problemas familiares ou a mera subsistência, esta é mesmo a ralação principal dos portugueses
Aliás, ouvi dezenas de gemidos ontem num hospital das minhas berças. Aquilo já eram protestos pelo crucifixo na parede e por serem as religiosas a fazer a barba aos velhos e a pentearem as doentes.
Valha-me Deus.
Há gente que pensa que Portugal é a Baixa, o Bairro Alto e as Galerias Tivoli.
Contra a corrente.
1º - Não tenho nada contra a cruz latina;
2º - Sou católico, baptizado aos 24 anos;
3º Não me impressiona muito a cruz latina na parede de organismos públicos, mas se calhar não gostava de lá ver a estrela de David, o crescente vermelho, a cruz gamada, o Ankh ou a cruz anárquica;
4º - Quando estamos em sofrimento, ou em aflição, por vezes reagimos mal a imposições ou a símbolos que não nos são queridos;
5º - Há uma guerra no Médio-Oriente que tem por base uma diferença de símbolos;
6º - Não há maioria que consiga convencer qualquer minoria para aceitarem pacíficamente símbolos diversos dos seus, quer na religião, quer no futebol, quer na política, quer até no que concerne ao nome das cores (o que para uns é vermelho, torna-se imediatamente encarnado na boca de outros);
7º - Não estou a defender a f como muito bem lhe chama o espumante, mas antes a tentar recordar que a minha liberdade só é democrática quando não invadir a liberdade do próximo.
Até já...
Enviar um comentário
<< Home