Resolver ao estalo
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Tal como há quatro anos, os Iberos (expressão usada há quatro anos pelos espanhóis quando Portugal foi finalista) foram á final do campeonato europeu de futebol. Desta vez ganharam-no. E ganharam bem, diria eu que não sou grande espingarda a comentar futebol, ma também não sou assim uma nulidade como Marcelo diz que Jaime Silva é.
Falando ainda de Marcelo, é curioso que quando noticiaram a agressão de que dois juízes foram vítimas por parte de réus condenados tive, de imediato, a mesma sensação do professor. Achei gravíssimo que a um réu lhe passasse sequer pela cabeça agredir um juiz em pleno julgamento. Mais do que a agressão em si, sempre remediável por prisão, fica a mentalidade que reina no cidadão, a sensação de impunidade e desrespeito pela lei e pelas regras instituídas. Mas a verdade é que o cenário não ajuda. O desmazelo, o ar negligente dos funcionários, a limpeza, a confusão e a sensação de total ausência de um mínimo de solenidade desejável num estabelecimento onde se aplica a justiça ajuda a isso mesmo. No fundo nada muito diferente para quem se lembre do que foi o arrear da bandeira de Portugal nas antigas colónias para dar lugar a um novo país e sabe da solenidade que revestia a mesma cerimónia na transmissão de poderes em países de colonização inglesa. Por muito mal que os períodos pós independência corressem os ingleses sabiam transmitir aos novos países o clima de solenidade que o acto requeria. Que eles, depois, o aproveitassem ou não já era outra história.
Por isso acho que fazer julgamentos em salões de bombeiros não ajuda muito. Ou em snack-bars, paredes-meias com clientes a jogar á sueca, como li na imprensa. Convenhamos que não só não ajuda como propicia um ambiente em que resolver as coisas ao estalo estará mais de acordo com o cenário…
Tal como há quatro anos, os Iberos (expressão usada há quatro anos pelos espanhóis quando Portugal foi finalista) foram á final do campeonato europeu de futebol. Desta vez ganharam-no. E ganharam bem, diria eu que não sou grande espingarda a comentar futebol, ma também não sou assim uma nulidade como Marcelo diz que Jaime Silva é.
Falando ainda de Marcelo, é curioso que quando noticiaram a agressão de que dois juízes foram vítimas por parte de réus condenados tive, de imediato, a mesma sensação do professor. Achei gravíssimo que a um réu lhe passasse sequer pela cabeça agredir um juiz em pleno julgamento. Mais do que a agressão em si, sempre remediável por prisão, fica a mentalidade que reina no cidadão, a sensação de impunidade e desrespeito pela lei e pelas regras instituídas. Mas a verdade é que o cenário não ajuda. O desmazelo, o ar negligente dos funcionários, a limpeza, a confusão e a sensação de total ausência de um mínimo de solenidade desejável num estabelecimento onde se aplica a justiça ajuda a isso mesmo. No fundo nada muito diferente para quem se lembre do que foi o arrear da bandeira de Portugal nas antigas colónias para dar lugar a um novo país e sabe da solenidade que revestia a mesma cerimónia na transmissão de poderes em países de colonização inglesa. Por muito mal que os períodos pós independência corressem os ingleses sabiam transmitir aos novos países o clima de solenidade que o acto requeria. Que eles, depois, o aproveitassem ou não já era outra história.
Por isso acho que fazer julgamentos em salões de bombeiros não ajuda muito. Ou em snack-bars, paredes-meias com clientes a jogar á sueca, como li na imprensa. Convenhamos que não só não ajuda como propicia um ambiente em que resolver as coisas ao estalo estará mais de acordo com o cenário…
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Etiquetas: justiça
2 Comments:
Eram realmente deprimentes as condições em que decorriam os julgamentos em Sta Mª da Feira.
Eu estava lá e assisti à agressão tão falada nos jornais. Achei assustador/preocupante o desrespeito e a leviandade com que os ditos actuaram. E atenção que além dos arguidos, também os familiares insultaram e ameaçaram os juizes e policiais!!!
Realmente a sala facilitou o acesso aos juizes, que se encontravam ao mesmo nível dos restantes, mas a atitude dos arguidos parecia premeditada...? E nem a forte presença policial os demoveu!
É como tu dizes: "fica a mentalidade que reina no cidadão, a sensação de impunidade e desrespeito pela lei e pelas regras instituídas."
zanine
Obrigado pela impressão "em directo" do acontecimento
:)
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