Falta de planificação
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Uma pessoa está dois ou três meses a ver as mulheres atafulhadas em roupa quente e apertada, casacos, botas e cachecóis, escondidas atrás de um vidro embaciado do automóvel ou caminhando encolhidas pelas ruas escorregadias pela humidade que nos não larga há três quinze dias e de repente, sem pré-aviso, começa a ver catadupas de decotes chinelos e saias curtas.
Há coisas que para quem caminha para a idade devem ser bem pesadas antes de a elas nos sujeitarmos. Temos que ser mais planificados e se sabemos que vamos a um país tropical, o mínimo planeamento que se exige é que estejamos dois dias seguidos a ver, sei lá, fotos, por exemplo, de mulheres decotadas, de chinelos e saiinha curta antes de nos depararmos com as duras realidades de um pobre trabalhador em viagem de trabalho aos trópicos. É assisado e preserva o grande simpático. Caso contrário, arriscamo-nos a precisar de duas horas (ou mais, ou mais…) a percebermos que viajámos por motivos profissionais e que temos um programa apertado a cumprir.
De qualquer forma, aqui fica o registo do choque a que este pobre escriba se sujeitou (sem querer, como é claro). Aconselho a que ninguém, mas ninguém, esteja mais de quinze dias sem ver um decote, pezinhos a andar em chinelos e saiinhas justas. Sob pena de nos esquecermos realmente do que é que vínhamos aqui fazer..
Sei que em Lisboa chove e faz frio. Aqui não. Hence (deixem passar este “anglosaxofonismo” que não há vocábulo português que verdadeiramente traduza o “hence”) a natureza deste post.
Uma pessoa está dois ou três meses a ver as mulheres atafulhadas em roupa quente e apertada, casacos, botas e cachecóis, escondidas atrás de um vidro embaciado do automóvel ou caminhando encolhidas pelas ruas escorregadias pela humidade que nos não larga há três quinze dias e de repente, sem pré-aviso, começa a ver catadupas de decotes chinelos e saias curtas.
Há coisas que para quem caminha para a idade devem ser bem pesadas antes de a elas nos sujeitarmos. Temos que ser mais planificados e se sabemos que vamos a um país tropical, o mínimo planeamento que se exige é que estejamos dois dias seguidos a ver, sei lá, fotos, por exemplo, de mulheres decotadas, de chinelos e saiinha curta antes de nos depararmos com as duras realidades de um pobre trabalhador em viagem de trabalho aos trópicos. É assisado e preserva o grande simpático. Caso contrário, arriscamo-nos a precisar de duas horas (ou mais, ou mais…) a percebermos que viajámos por motivos profissionais e que temos um programa apertado a cumprir.
De qualquer forma, aqui fica o registo do choque a que este pobre escriba se sujeitou (sem querer, como é claro). Aconselho a que ninguém, mas ninguém, esteja mais de quinze dias sem ver um decote, pezinhos a andar em chinelos e saiinhas justas. Sob pena de nos esquecermos realmente do que é que vínhamos aqui fazer..
Sei que em Lisboa chove e faz frio. Aqui não. Hence (deixem passar este “anglosaxofonismo” que não há vocábulo português que verdadeiramente traduza o “hence”) a natureza deste post.
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Etiquetas: viagens
8 Comments:
E eu a pensar que finalmente tinhas partido em merecidas férias...
aqui ainda nao da para usar chinela, faz frio.
Eu deixo passar, mas, já agora, alguma coisa contra o «daí»?
CARLOTA
Quanto às merecidas férias, um dia calhará.Por ora não tem dado muito jeito
Beijoca
margarida V
Eu sei, tenho acompanhado as notícias, que nem só de taça dos campeões europeus vive um homem. Também o boletim meteorológico faz parte das minhas prioridades
:))
cristina
Nada contra o "daí", mas não é exactamente uma tradução que me agrade. "Hence" :)))) a minha observação. Mas agradeço o teu cuidado
:;)
Bem-vindo de regresso à chuva e às politiquices da praxe, coisas para as quais o grande simpático nunca está devidamente preparado. Hence a necessidade de nos pirarmos de vez em quando...
;)
ana v.
Só cheguei ontem... e quero aqui declarar solenemente que não me esqueci do desafio do "porta do vento"
:)
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