Tragédias
Agostinho Neto, Rosa Coutinho e Jonas Savimbi. Quem sabe se nesta altura não se ia pensando já como é que se devia eliminar Savimbi!
[2451]
Ler o artigo todo de António Barreto no Público de 13/4 ou aqui.
Desta tragédia, que não é novidade para mim desde que uma vez, ainda jovem, vi (ninguém me contou…) Rosa Coutinho em pé em cima de uma mesa e em atitude simiesca, a vituperar os colonos portugueses que andavam a dispersar boatos que eram uma arma da reacção, isto após o assassínio de um par de motoristas de taxi em Luanda, ressalta, a figura de Mário Soaras, Almeida Santos e um ou outro iluminado que se esforçaram por fazer passar a mensagem de que a colonização foi a possível. Não foi. O MPLA estava em frangalhos, o terrorismo era, em 1974 e ao contrário do que acontecia na Guiné ou mesmo em Moçambique, uma atracção turística, pelo que haveria tempo e espaço para se proceder á descolonização com decência e respeito tanto pelos portugueses como pelos angolanos. Mas gente do quilate de Rosa Coutinho, exactamente porque disso se apecebeu, mais um grupo dos idiotas úteis que iniciaram aí os primeiros passos para a sua valiosa contribuição nos amanhãs que acabaram por não cantar, não o permitiu. E deitou mão a quaisquer meios para apressar as coisas. Mesmo que tivesse de morrer gente, muita gente. E é por estas e por outras que esta gente que não presta, já que não poude ser presa, deveria merecer todo o desprezo possível por parte daqueles que sabem ou viram. Como eu, que vi.
ADENDA: Pela idoneidade que o jornalista Ferreira Fernandes me merece e por ele ter afirmado peremptoriamente que a carta de Rosa Coutinho a Agostinho Neto é falsa, decidi retirar a sua transcrição neste post. Isso, porém, não altera uma vírgula ao que disse sobre o almirante e sobre a opinião que dele tenho. Mas se a carta é falsa, pois há é que reconhecê-lo e mais nada.
.
Etiquetas: bloggers, descolonização
2 Comments:
-Canalhas desse calibre, conseguiram entregar África nas mãos duma execrável ideologia marxista, e teriam conseguido igual feito em Portugal, não fosse a resistência da maioria silenciosa, e há que reconhecê-lo, de destacados dirigentes do PS, que optaram, e bem, por alinhar ao lado da democracia.
antónio de almeida
para o bem ou para o mal, conheci de perto a situação. Para além da ideologia execrável, como diz, também conheci gente execrável, como era manifestamente o caso de Rosa Coutinho.
Enviar um comentário
<< Home