Vejam lá em que é que ficam
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Uma trabalhadora de uma junta de freguesia parece estar doente e afirma-se inapta para trabalhar, apesar da Caixa Geral de Aposentações achar o contrário.
O ministro das finanças aparece na televisão (uma coisa que o PS sabe fazer na perfeição) e mostra-se escandalizado com a situação. Pesaroso e compreensivo, manda a senhora para casa, com um discurso apropriado a puxar mais lágrimas que o fado da coxinha.
Os portugueses rejubilam com este gesto. Afinal tínhamos um governo que pensa nas pessoas, expressão que nos é muito cara (eu diria, mesmo, caríssima…), em que até um ministro das finanças se comovia com a desgraça alheia e com as incongruências do aparelho de estado.
Passa o tempo, cerca de dois meses, creio eu, a senhora vai a nova junta médica e esta reitera o seu parecer médico inicial – a senhora pode trabalhar. A Caixa, naturalmente, acaba por negar, de novo, a reforma antecipada, com base no parecer médico. Os jornalistas caem em cima da senhora, esta diz que lhe doem as costas, está muito cansada e que só pode ir trabalhar de ambulância. O ministério das finanças, contactado para comentar, não quis fazer comentários. E eu fico sem saber se temos juntas médicas com médicos irresponsáveis ou se temos um ministro idiota. Ou, ainda, se vivo num país real.
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Uma trabalhadora de uma junta de freguesia parece estar doente e afirma-se inapta para trabalhar, apesar da Caixa Geral de Aposentações achar o contrário.
O ministro das finanças aparece na televisão (uma coisa que o PS sabe fazer na perfeição) e mostra-se escandalizado com a situação. Pesaroso e compreensivo, manda a senhora para casa, com um discurso apropriado a puxar mais lágrimas que o fado da coxinha.
Os portugueses rejubilam com este gesto. Afinal tínhamos um governo que pensa nas pessoas, expressão que nos é muito cara (eu diria, mesmo, caríssima…), em que até um ministro das finanças se comovia com a desgraça alheia e com as incongruências do aparelho de estado.
Passa o tempo, cerca de dois meses, creio eu, a senhora vai a nova junta médica e esta reitera o seu parecer médico inicial – a senhora pode trabalhar. A Caixa, naturalmente, acaba por negar, de novo, a reforma antecipada, com base no parecer médico. Os jornalistas caem em cima da senhora, esta diz que lhe doem as costas, está muito cansada e que só pode ir trabalhar de ambulância. O ministério das finanças, contactado para comentar, não quis fazer comentários. E eu fico sem saber se temos juntas médicas com médicos irresponsáveis ou se temos um ministro idiota. Ou, ainda, se vivo num país real.
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7 Comments:
aaaaarrrrgh!!!!!
-Hoje faltou ao serviço. Não sei se invocará adesão á greve. Mas se continuar a faltar, será obrigatoriamente alvo de processo disciplinar, estando até sujeita a despedimento.
Irreal! :S
Até parece que nunca foste trabalhar com dores nas costas...
sinapse
carlota
Custa a crer não é?
antónio de almeida
O que é grave é a atitude do ministro. Populista e irresponsável. Um ministro não pode pôr em causa pareceres médicos
azulinha
Se eu não me cruzasse contigo (salvo seja...) é que me admirava
:))
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