SMS's em "pouca-terra"
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A propósito de telefones. Uma viagem de comboio Cais do Sodré/Cascais mostra-nos uma elevadíssima parte dos passageiros agarrada ao telefone. Teclando furiosamente sms’s, sabe-se lá para quem. A esmagadora maioria dos teclantes é constituída por mulheres. Novas e velhas, gordas e magras, feias e bonitas. Todas teclam freneticamente o quadro mágico de algarismos e letras que as transportam a um qualquer mundo muito longe do comboio em que viajam. Ao marido dizendo que estão a chegar, à colega a pedir desculpa por qualquer coisa ocorrida durante a tarde, ao amante, para lhe dizer como vão ainda envoltas no encanto das nuvens crepusculares de amores serôdios lhes renovam o corpo e o espírito e que há pouco se interrompeu num qualquer hotel de Lisboa, ou ao senhor José para saber se já lá foi colocar a máquina de lavar que foi para arranjar. Ou, então, para dizer nada a ninguém.
Algumas vezes me pergunto se algumas das mensagens chegarão alguma vez a ser enviadas ou se o simples acto de teclar constitui uma forma de matar os minutos que as separam de casa. Vá-se lá saber. Um dia destes vou de comboio outra vez e vou tentar descobrir...
A propósito de telefones. Uma viagem de comboio Cais do Sodré/Cascais mostra-nos uma elevadíssima parte dos passageiros agarrada ao telefone. Teclando furiosamente sms’s, sabe-se lá para quem. A esmagadora maioria dos teclantes é constituída por mulheres. Novas e velhas, gordas e magras, feias e bonitas. Todas teclam freneticamente o quadro mágico de algarismos e letras que as transportam a um qualquer mundo muito longe do comboio em que viajam. Ao marido dizendo que estão a chegar, à colega a pedir desculpa por qualquer coisa ocorrida durante a tarde, ao amante, para lhe dizer como vão ainda envoltas no encanto das nuvens crepusculares de amores serôdios lhes renovam o corpo e o espírito e que há pouco se interrompeu num qualquer hotel de Lisboa, ou ao senhor José para saber se já lá foi colocar a máquina de lavar que foi para arranjar. Ou, então, para dizer nada a ninguém.
Algumas vezes me pergunto se algumas das mensagens chegarão alguma vez a ser enviadas ou se o simples acto de teclar constitui uma forma de matar os minutos que as separam de casa. Vá-se lá saber. Um dia destes vou de comboio outra vez e vou tentar descobrir...
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Etiquetas: SMS's
7 Comments:
Podem estar a jogar jogos...
Pelo menos, era o que eu faria se andasse de transportes públicos.
:)
Onde estarão os homens com quem elas teclam tão furiosamente?, os amantes, o sr. José e tal...
carlota
a jogar jogos... a jogar jogos... hummm há aqui qq coisa que não me soa bem. Mas admira-me porque que costumas ser boa nos primeiros parágrafos...
Beijola
:)
azulinha
Os amantes não sei, o senhor José tem oficina de reparações ali para Alcabideche
:)
-Há quem chegue a utilizar mais do que um telemovel em simultaneo, o que acho bastante ridiculo.
ah pois é! é o mesmo nas carruagens do metro, aqui na paróquia! tudo agarrado aos blackberrys, aos i-pods, aos mp3s, às playstations ... eu é mais blackberry, apago logo 30 ou 40 e-mails entre casa e escritório!
;)
Essa estatistica é indicadora do quanto uma mulher é mais sobrecarregada que o homem. As unicas mensagens que eles mandam é mesmo para a amante, o resto fica por conta delas!
Oh...apeteceu-me armar-me em Odete Santos!
Beijinho
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