Segurança aérea
[1865]
Era uma altura, ainda, de grandes carências, em Luanda. Os vegetais, por exemplo, vendiam-se aos “montinhos” no Roque Santeiro e não a peso. Por motivos profissionais, eu deveria deslocar-me ao Lubango (antiga Sá da Bandeira) num voo matinal e regressar ao fim do dia. Que não havia problema, foi-me dito. Ainda por cima, sendo sexta-feira, os aviões regressavam sempre a Luanda, sexta é dia de farra e o angolano completa-se com a farra de sexta, como o português se completa com a bica matinal.
As batatas
Lá fui. Avião aceitável, um Boeing 737, embarquei por volta das sete da manhã e cerca de hora e meia depois chegava ao destino. Resolvidos os meus afazeres, volto ao aeroporto para apanhar o voo do fim da tarde para Luanda. Tudo a correr normalmente, passageiros a entrar, portas fechadas, motores a funcionar e o anúncio “o comandante Chocolate (chamava-se Chocolate, o comandante, isto foi há cerca de 12 anos, provavelmente ainda estará a voar) deseja-vos boas vindas a bordo, blá blá blá, vamos descolar com destino a Luanda e blá blá blá. Só que cerca de dez minutos depois, os motores desligam-se. Algum reboliço. Hospedeiras a discutir. Que era sexta, dizia uma. Que tinha uma farra, dizia outra. Que era sempre a mesma coisa, dizia ainda uma outra. Pensando se teria acontecido alguma avaria, perguntei a uma delas o que passava e ela diz-me candidamente que tinha chegado batatas ao mercado da cidade e o comandante Chocolate queria levar uns sacos. Uma outra hospedeira não gostou do ar cândido da colega e insurge-se contra o atraso. Não pela cena em si, mas porque tinha a farra. A farra, meu Deus, ela ia atrasar-se para a farra, por causa das batatas do comandante Chocolate.
O peixe
Cerca de duas horas depois, muita discussão entre as hospedeiras (nada de comandante Chocolate) e muito solavanco sob os meus pés, ruídos de coisas a entrar no porão do avião, o comandante Chocolate anuncia que por motivos técnicos tínhamos sofrido um atraso, mas íamos finalmente descolar. E, na verdade, assim aconteceu, cerca de quinze minutos depois voávamos, já quase noite, para ouvirmos, de novo, o seguinte: - O comandante Chocolate deseja-vos uma boa viagem, vamos voar a uma altitude de cerca de 30.000 pés, velocidade de cruzeiro de 830 km/hora em direcção ao… Namibe (antiga Moçâmedes). Mais correrias das hospedeiras pelo corredor, mais discussão, a palavra farra soou pelo menos dez vezes, a expressão comandante Chocolate é sempre a mesma coisa e até um porra ouvi. Pergunto delicadamente a uma hospedeira o que se passava desta vez e ela responde-me: - É peixe. Vamos parar no Namibe porque receberam peixe de Windhoëk (para quem não estiver familiarizado com esta parte do mapa, é a capital de Namíbia). E como tinha chegado peixe de Windhoëk (cidade do interior) para uma cidade que não só é do litoral como tem uma costa do tipo de mergulhar uma linha com cinquenta anzóis e içá-la um minuto depois com cinquenta pargos daqueles que custam €50 cada um no Pingo Doce, o comandante Chocolate achou que um pequeno desvio entre Lubango e Luanda, um pulinho apenas ao Namibe, uma aterragem e uma descolagem extra e uns quantos litros de combustível não seriam obstáculo de monta. As luzes da cidade estavam já ligadas quando nos fizemos à pista.
O regresso
Duas horas, muita discussão, cem vezes a palavra farra, vinte vezes a palavra Chocolate e dois porras depois, o avião descolou em direcção a Luanda, bem atestado de peixe vermelho das águas de Walvis Bay e batatas do fértil planalto da Huíla que no dia seguinte valeriam uns trocos extra ao comandante Chocolate que, entretanto, nos proporcionou, uma viagem calma e uma aterragem suave em Luanda. Para meu descanso porque, faltou dizer no início, entre outros compromissos, eu tinha um avião da TAP para apanhar na manhã seguinte pelas onze e meia para Maputo de regresso a casa, ou assim rezava no meu plano de voo.
A luta continua
Na manhã seguinte, chego ao aeroporto por volta das nove e meia, sigo para o check-in e dizem-me que o TAP está naquele preciso momento a arrancar para Maputo. Que ainda se ouviam os motores, dizia-me o funcionário, num sorriso aberto. É preciso esclarecer que o sorriso aberto em Angola é uma imagem de marca, não é gozo, é uma manifestação natural, budista, tipo, carpe diem que daqui a um minuto o momento é outro. Sem razões para me sorrir, tratei de perguntar (era um Sábado…) se havia outro voo qualquer para Maputo e quando. E havia. Havia o voo da TAAG que saía à uma da tarde.
A búlgara
Não hesitei, paguei uns trocos de diferença (quase mil dólares!…) e eis-me a caminho de um avião quase tão sujo com as ruas da Lapa ao Sábado depois de se passearem os cãezinhos, muito perto disso. A entrada no avião é épica, com uma temperatura bem acima dos 40 º (o ar condicionado só liga depois do avião descolar, foi-me dito…), umas cadeiras de cor indefinida, entre o castanho, o cinzento, o pardo e nódoas indecisas entre o preto e o azul escuro, tipo tinta de escrever) e um som altíssimo de excelente música angolana que, pelo facto de ser excelente, não é propriamente para ouvir cinco ou seis canções diferentes em simultâneo, com o volume no máximo, provinda de várias aparelhagens de som ao colo de um grupo com uma camisolas de lã de gola alta e "Viva Mandela" ao peito. Só de olhar para as camisolas me arrepiei já que, mentalmente, os 40º de temperatura passaram aí para cinquenta. Perguntei onde era o meu lugar. - Não há lugares marcados, diz-me uma hospedeira e eu sentei-me de imediato no primeiríssimo lugar da primeira fila. Um minuto depois senta-se uma senhora, búlgara e professora de música, ao meu lado, perguntando se me podia fazer companhia, estava sozinha, não era racista (disse que não era racista muitas vezes…) mas apetecia-lhe conversar comigo.
Já a correr, para o avião
Avião descolado, altura tomada e o anúncio do comandante (não era o Chocolate das batatas da Huíla nem do peixe do Namibe) a desejar-nos boa viagem para… Lusaka. Pestanejei, belisquei-me, perguntei à búlgara para onde é que ela ia – Maputo, diz-me ela… - e acabei a perguntar a uma hospedeira se, afinal, não íamos para Maputo. Ela riu, disse claaaaaaro, com um ar condescendente, parávamos em Lusaka só para deixar aquele grupo das camisolas e das aparelhagens. Mas, diz-me ela, já tinha acontecido parar em Lusaka (nem sempre paravam, mas ás vezes, paravam) e depois havia poucos passageiros para Maputo e voltavam para Luanda. E os passageiros para Maputo apanhavam depois outro voo para Maputo. Preocupado perguntei se "aquele" voo tinha muita gente para Maputo. Ela sorriu (sorriem sempre…) e disse que já vinha. Veio, realmente, pouco depois e disse que havia sete passageiros para Maputo.
Levei o resto da viagem a pensar se sete passageiros seriam suficientes para o comandante se condoer e seguir para Maputo (também dependia do número de passageiros que houvesse em Maputo para seguir para Luanda, as pessoas gostam mais de ir na TAP diz a hospedeira). Entretanto, aterramos em Lusaka. Escala rápida, porque ainda estávamos a entrar na sala de trânsito onde me dispunha a beber um café e já uma hospedeira local entrava a correr e aos gritos, passengers to Maputo, passengers to Maputo, please return to the plane, please return to the plane, the plane is leaving, the plane is leaving, ao mesmo tempo que esbracejava energia e preocupação. Não percebendo bem o que se passava, limitei-me a aceder à ordem (decisão avisada na maioria das situações em África) e regressar rapidamente ao avião. Subo as escadas com os motores já (ou ainda?) a trabalhar, tudo a correr, tudo confuso e lá entramos eu e mais seis tristes para a companhia das ridentes hospedeiras que, por acaso, não riam, pensando que fosse o que fosse não seria do avião, senão não descolaríamos. Ainda pensei em batatas e peixe, mas nem o comandante se chamava Chocolate nem o avião ia para Luanda, de forma que me interrogava sobre a razão de tanto frenesi, mas esperançado que fosse apenas uma questão de farra ao Sábado que as hospedeiras não quisessem perder.
Descolámos e o resto da viagem decorreu com normalidade. A búlgara adormeceu depois de me dizer que tinha resolvido ir para África ensinar música porque o namorado a trocara (não sei por quê ou por quem, mas também não perguntei…) e porque ela tinha um grande espírito de aventura. Em Luanda ensinou música, arranjou um namorado português mas ele afinal era casado e ela ficou muito zangada e resolveu ir para a Swaziland. Disse-lhe que na Swaziland havia poucos homens casadoiros, poucos homens tout court, e ela disse-me que talvez ficasse em Maputo se arranjasse lugar numa escola. Adormeceu, dizia eu e eu próprio comecei a fazer uma revista às últimas vinte e quatro horas, lembrei-me das batatas, do peixe, do Chocolate, da hospedeira zangada porque ia chegar tarde á farra, do avião sujo e com temperatura ambiente acima dos 40 graus, das camisolas de lã, da música, daquela retirada estratégica de Lusaka cujas razões ainda desconhecia e tentava encontrar em toda esta sequência de acontecimentos a tal magia africana a que todos nós nos referimos quando nos dirigimos aos nossos tristes paroquianos com aquele ar de comiseração porque nunca tiveram a ventura de passar do equador para baixo e lhes falamos dos cheiros, dos sabores, das cores, do pôr do sol, dos coqueiros, dos camarões, das queimadas e de outras africanices que nos marcam para o resto da vida. Pensei que a magia africana assentava num certo optimismo e benevolência e perguntei a uma hospedeira (sempre a mesma, pois parecia ser a única com gosto em me aturar) porque é que tínhamos “fugido”, era o termo, de Lusaka. Ela não sabia bem… não percebeu bem, mas não pareceu muito curiosa. Esta é outra particularidade de África e dos africanos. Por muito bizarras que pareçam algumas situações, as coisas são encaradas sempre com naturalidade, com um certo sentimento de inevitabilidade e, sobretudo, nada espanta ninguém. Em África acontece tudo, portanto porquê questionar?
Já em Maputo vim a saber que tinha havido uma tentativa de rebelião em Lusaka, a coisa tinha a ver ainda com apoiantes de Keneth Kaunda que tinha deixado a presidência pouco antes, tinha havido uns morteiros na cidade, umas confusões e o piloto do nosso avião resolveu descolar rapidamente. Bem a tempo, porque quando chegámos a Maputo o aeroporto de Lusaka tinha encerrado a todos os voos. E não foi porque tivesse farras em Luanda porque a tripulação ia pernoitar no Polana, em Maputo.
Depois do matabicho, lá para as 10 horas
Como remate desta história um bocadinho atribulada, resta-me dizer que perguntei à hospedeira (a tal que me foi aturando durante a viagem) a que horas é que o voo partia no dia seguinte para Luanda. Talvez eu lhe pedisse para me levar um pequeno embrulho para Luanda. Ela disse que sim, não tem problema disse ela, é só passar lá no Polana. Mas a que horas sai o voo? Perguntei eu. Olha, é de manhã… depois do matabicho. Depois do matabicho? Perguntei eu, de novo. Sim, depois do matabicho, mais ou menos por essas dez horas!
O Lino? Jamé, faxafavor...
Esta é uma história de muitas que conheço e vivi directamente. E não só de Angola. Em Moçambique há muitas outras. Desde a roda de nariz de um avião novinho que caiu com o avião a descolar até uma pequena cobra encontrada dentro da cabina na pista da Beira (veio no jornal...) e que me fez perder umas horas no aeroporto, há para todos os gostos. Daí que as razões aduzidas para a proibição dos voos angolanos para a Europa pareçam tudo menos estranhas. Que um Boeing 777 ande com um manual de um 747, ou um avião se tenha despistado em Paris há dois anos e o respectivo piloto, entretanto despromovido e proibido de voar para a Europa, tenha voltado a voar, que as inspecções não sejam feitas a tempo e horas e que seja impensável revistar um militar de alta patente à entrada de um avião em Luanda ou de lhe cercear os quilos de peso e de bagagem são minudências dificilmente aceitáveis para quem faz de modo de vida a ligeireza e naturalidade que acabei de relatar nos episódios acima. Estas coisas de segurança são esquisitices, são esquemas de europeus que estão chateados porque a TAAG comprou Boeings em vez de Airbus, dirão os nossos irmãos angolanos, aliás parece mesmo que já o disseram. As coisas são demasiado simples para nos preocuparmos. E ri-me perdidamente com o nosso voluntarioso ministro que de imediato se ofereceu para colaborar com as autoridades angolanas para sanar o problema. É de um ridículo atroz, só possível por parte de quem não faz a mínima ideia do que está a falar.
Dentro de três meses a TAAG vai atinar com a distribuição dos manuais de voo, faz mais meia dúzia de acertos e levantam a proibição. Depois volta tudo ao mesmo. Faz parte da magia africana. Sem embargo das cores, aromas, sabores, pôr do sol, goiabas, cocos, queimadas e corais. E muito menos de um povo que pode estar a morrer de fome mas que tem um sorriso perene e uma filosofia muito própria que faz com que o grande objectivo a perseguir durante a semana seja não chegar atrasado à farra de sexta-feira. Eu próprio sou incapaz de me recordar destes episódios e de muitos outros que vivi sem um sorriso. De saudade, de cumplicidade e de gozo genuíno.
E quanto à segurança na Europa…é deixarmo-nos de salamaleques, sobretudo não me porem o “jamé”, a tratar de assuntos africanos, se ele nem com alentejanos sabe comunicar. Há é que falar língua que se entenda, qualquer coisa como: - Olha lá irmão. Acertem lá essa merda dos aviões, pó, e estamos juntos. Se não, há maca…
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Etiquetas: segurança aérea, TAAG
15 Comments:
Parabéns, Espumante, por contares o inenarrável. Que aventuras fascinantes! Adorei ler este post!
Beijola.
Não conheço África. Esta história não está um bocadinho pintada a Robialac? Sempre acreditei muito em ti, caugh caugh, mas custa a acreditar. Na história, claro, em ti acredito piamente, caugh caugh, maldita tosse :D
Delicioso!
Também passei por estórias muito mal contadas noutras companhias aérias africanas pela linha equatorial. Poucos sorrisos, muitos nervos, muitas armas e aflição nas faces.
Muitos Parabéns e Muitos Anos de Vida (para ambas as datas assinaladas)!
Abraço,
Caro Espumante,
"Há é que falar língua que se entenda, qualquer coisa como: - Olha lá irmão. Acertem lá essa merda dos aviões, pó, e estamos juntos. Se não, há maca… "
A primeira vez que pedi um café, cai na asneira de dizer "por favor, pode trazer-me um café, curto?". Perante a incompreensão do empregado, percebi que tinha sido demasiado extenso no pedido. Ao fim de uma semana, a minha linguagem de jurista estava dominada, e substituida pela comunicação sintética e monocórdica. Agora, pura e simplesmente, viro-me para o empregado, e com um sorriso nos lábios, digo apenas, "café". Também já percebi que, no final, devemos sempre resmungar com o patrão, mesmo que o serviço seja impecável. De contrário, na vez seguinte - e há sempre vez seguinte, porque Luanda não tem grande, digamos, variedade na oferta - o pessoal relaxa!
Em Novembro devo ir ao Lubango, espero não apanhar o dito Chocolate!
Carlota
Ainda bem que gostaste.
beijola grande
IL
Pois está. Pinto sempre um bocadinho à piostola. Mas este post é tigoroso ao pormenor. E senão se tornasse demasiado extenso, dava para escrever outro tanto com outros pormenores deliciosos. E vou-te mandar um xarope para a tosse.
:)
JoãoG
Um grande abraço para si tamém. E obrigado. Realmente... já fez três anos! parece que foi ontem :))
RAF
A história foi em 95. O comandante Chocolate já deve estar reformado com casa na Corimba :)))
Leve agasalho, que o Lubango nesta altura do ano é frígido.
Um abraço e obrigado pelas referência lá no Blue Loung
ai ai angola, como me revi neste post, curioso mesmo é que quando estamos longe da terra natal até as coisas menos boas, as que já no fizeram perder a cabeça um dia, fazem crescer as saudades =)
Caro espumante,
Vivi, por motivos profissionais, em Angola (Kuito-bié, Wako-Kungo-Kwanza-sul). Sei do que fala- Sim, "IL", não há muita "robialac" aqui. Aquilo é mesmo assim, é mesmo assim... A minha primeira aterragem no "aeroporto" do Kuito, num pequeno bimotor, assisti aos pilotos a rirem aqui do branco... "esse branque tááá même malaique" "cum médo de virar liiiixo"... "chééfe... áá vída é um riiiisco"... "gente támos habituádos dessa pista... naum tém maca".
Abraço... gostei deste seu artigo.
Cá à minha maneira, também publiquei no meu blog um artigo sobre a Taag... mais tecnicista... mas o fundo da questão... resulta na mesma lógica que este seu artigo.
Parabéns
rafaela
A saudade rói, não é?
:)
janes Stuart
Presumo que seja piloto, a avaliar pelo artigo que escreveu no seu blog.
Vou fazer um link para o seu post porque acho que está muito explícito.
Já agora, aquela foto do Huambo, do mercado, a estátua que lá falta é a de Vicente Ferreira.
Deixei la uma nota nos comentários
Abraço
Agradeço sua atenção.
O meu passo seguinte será obviamente saber mais sobre Vicente Ferreira. Não tanto pela estátua retirada de Nova Lisboa, porque é melhor imaginar que a tenham retirado e derretido, do que saber que continuava lá na oportunidade de lhe "mijarem" em cima, como é absolutamente normal por ali.
Esteja à vontade para isso do "link".
Lentamente irei publicar mais sobre Angola, tenho milhares de fotografias, mas gosto de as comentar, e isso leva tempo.
Esteja sempre à vontade de adicionar comentários e ou corrigir alguma falha.
A propósito, lembra-se das estatuas do jardim central de Silva Porto? Duas lindíssimas esculturas em bronze de jovens (europeias) desnudas (jardim com pequenos lagos artifciais frente ao palacio do governo provincial).
Essas estátuas são odiadas pela administração municipal, querem retirá-las... dizem que são as estátuas do jardim da vergonha (inacreditável, face ao lugar e à história de tudo por ali, não?) Lá tentei convencer o administrador (o presidente da camara)para as comprar e ficar com elas (inacreditável? não! foi verdade), mas acabei por desistir pois sabia que nunca conseguiria sair do território Angolano com elas.
Vou inscrever o seu blogue na minha lista de blogues preferidos, para acesso rápido, se não se importa.
Obrigado
Belíssimo belíssimo post!!
... gabo-te a compostura ... não sei se conseguiria manter a calma face a tantos percalços!
Beijinhos, do Porto,
Sinapse
finalmente li...e vou reler. Corajoso!
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