A grandeza de Lisboa
[1755]
Lisboa foi ontem objecto de alargada discussão sobre as suas mazelas, em que participaram vários não-lisboetas. Nada contra, desde que alguns deles (portuenses, ora bem) não caíssem inevitavelmente naquilo que me pareceu a eterna questão de equacionar se tudo aquilo que se faz por Lisboa também se faz em relação ao Porto. Nem que esse “tudo” seja a crítica a muito do mal que assola a capital, por incúria das pessoas, por falta de civismo e cidadania e por força daquela antiga pecha de que temos de votar em gente que resolva todos os nossos problemas. Desde as pessoas que não vão ao cinema e ao teatro até à couve que plantámos no quintal e lhe deu a lagarta.
Mas voltando ao Porto… foi absolutamente sintomático o quadro (durou uns breves segundos) de ver Fátima Campos Ferreira, ela própria, segundo julgo saber, uma portuense, a perguntar a Carlos Abreu Amorim, outro portuense, e portista militante, se a apregoada estabilidade da Câmara do Porto tinha trazido alguns benefícios à cidade. Esta pergunta foi acompanhada por um sorriso enigmático de Fátima, mas onde era patente qualquer coisa como “sim, mas”. Sendo que o “mas” parece ser a raivinha que Rui Rio vai causando a qualquer portuense que se preze. Ainda não sei bem porquê, mas também não vem ao caso. CAA respondeu, ainda mais enigmaticamente que “sim, a cidade está mais estável, pelo menos ainda não há arguidos”. E repetiu o “ainda”, como quem diz, esperem pela pancada.
Eu penso que este pequeno diálogo tem pouco mais a referir. É revelador. Da sobranceria e de superioridade natural dos críticos de um autarca que se impôs pelo rigor da sua actuação e de ter tido a coragem de remeter Pinto da Costa para a condição a que pertence. Um tiranete do mundo do futebol e de hoje pouco ou nada se falar disso.
Em todo o caso, ocorreu-me se alguma vez seria possível ver um programa de televisão ao contrário, ou seja onde dois lisboetas dissertassem sobre a bondade da gestão camarária de Lisboa, em contraponto com o caos reinante no Porto. Havia de ser bonito…
Lisboa foi ontem objecto de alargada discussão sobre as suas mazelas, em que participaram vários não-lisboetas. Nada contra, desde que alguns deles (portuenses, ora bem) não caíssem inevitavelmente naquilo que me pareceu a eterna questão de equacionar se tudo aquilo que se faz por Lisboa também se faz em relação ao Porto. Nem que esse “tudo” seja a crítica a muito do mal que assola a capital, por incúria das pessoas, por falta de civismo e cidadania e por força daquela antiga pecha de que temos de votar em gente que resolva todos os nossos problemas. Desde as pessoas que não vão ao cinema e ao teatro até à couve que plantámos no quintal e lhe deu a lagarta.
Mas voltando ao Porto… foi absolutamente sintomático o quadro (durou uns breves segundos) de ver Fátima Campos Ferreira, ela própria, segundo julgo saber, uma portuense, a perguntar a Carlos Abreu Amorim, outro portuense, e portista militante, se a apregoada estabilidade da Câmara do Porto tinha trazido alguns benefícios à cidade. Esta pergunta foi acompanhada por um sorriso enigmático de Fátima, mas onde era patente qualquer coisa como “sim, mas”. Sendo que o “mas” parece ser a raivinha que Rui Rio vai causando a qualquer portuense que se preze. Ainda não sei bem porquê, mas também não vem ao caso. CAA respondeu, ainda mais enigmaticamente que “sim, a cidade está mais estável, pelo menos ainda não há arguidos”. E repetiu o “ainda”, como quem diz, esperem pela pancada.
Eu penso que este pequeno diálogo tem pouco mais a referir. É revelador. Da sobranceria e de superioridade natural dos críticos de um autarca que se impôs pelo rigor da sua actuação e de ter tido a coragem de remeter Pinto da Costa para a condição a que pertence. Um tiranete do mundo do futebol e de hoje pouco ou nada se falar disso.
Em todo o caso, ocorreu-me se alguma vez seria possível ver um programa de televisão ao contrário, ou seja onde dois lisboetas dissertassem sobre a bondade da gestão camarária de Lisboa, em contraponto com o caos reinante no Porto. Havia de ser bonito…
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Etiquetas: Lisboa, Porto, Prós e Contras
4 Comments:
Olha o teu odiozinho de estimação! ;) [Já sei que não é, mas apeteceu-me dizê-lo outra vez... Descansa que eu já me calo com isto!]
Não vi o Prós e Contras, mas relativamente a
«a raivinha que Rui Rio vai causando a qualquer portuense que se preze. Ainda não sei bem porquê»
permite-me uma referência a uma coisa que já escrevi:
aqui não entra a pobreza... nem a cultura, nem a liberdade de expressão...
cristina
Fui ler o teu post. Escreveste-o a 7/12/06. Fico a pensar se passados cerca de 6 meses já tens conhecimento de causa para falares mal do homem :))
Ora, pois... não sei! O homem só deixa que se diga sobre ele aquilo que ele quer!!!
De facto, os comentadores portuenses só aparecem porque se pensa que a questão da CML é uma questão nacional.
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