Pelo sim pelo não...

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O meu filho casou com uma mulher nascida em Johannesburg. Ela tem passaporte sul-africano, um pai nascido em Bloomfontein (África do Sul), um avô nascido em Arnhem (Holanda), um bisavô nascido na Bélgica do Norte, uma mãe nascida em Marlboro (África do Sul), uma avó nascida em Rennes (França) e uma bisavó nascida em Flims (Suiça).

A sorte que os filhos dos meus filhos terão, nascendo na África do Sul. Imagino que se eles nascerem aqui em Portugal teriam de aprender, no mínimo, português, inglês, africaanse, xosa, zulu, francês, italiano, flamengo e holandês. Ah! E espanhol porque o bisavô do meu filho era andaluz. Tudo isto em aulas com trinta por cento de alunos portugueses (portugueses "puros", presume-se) para evitar a guetização (gosto desta) dos meus futuros netos.

É isto que o Bloco de Esquerda quer para a minha família. Eu não lhes perguntei nem pedi nada, mas “eles” acham que deve ser assim.

Pelo “sim pelo não”, não vá o “sim” ao aborto ganhar mesmo e o Bloco ficar sem munições para a sua lídima luta política, já temos aqui matéria com que nos entreter. Right? Oui! Por supuesto. Capice? Ya, maniere. Toot siens!

Escolas multilingues “o caraças”, diria o avô dos netos transnacionais, em good old f…portuguese!

Cheguei à notícia via Canhoto.