O Sr. Arlindo
[1383]
O senhor Arlindo (nome verdadeiro e sem voz distorcida) tem um café na Ribeira do Porto. Uma repórter de televisão entrevistou-o esta manhã sobre a subida das águas do Douro. E o senhor Arlindo que refilava, refilava e nunca mais dizia quais os prejuízos que tinha sofrido, apesar da insistência da repórter? E ela insistia “mas teve prejuízos, não teve?” e o homem continuava a dizer que chegou ao café e aquilo estava tudo inundado “derivado às subidas da água”, com aquela expressão única que os portugueses afivelam, como ninguém, de que a culpa é do governo, é do Estado, é “deles”, é da polícia, é, afinal, de toda a gente, menos dele que resolveu abrir um café num local que praticamente todos os anos se inunda, “derivado às subidas da água”.
Finalmente, o senhor Arlindo lá atinou com a pergunta da repórter e acabou por dizer que tinha muitos prejuízos, sim senhor, um fogão e a máquina das tostas. Não sei se o seguro paga mas isso agora também não interessa muito. A reportagem do dia está feita.
4 Comments:
Tens a certeza que não era Sr. Arleindo?! Era mesmo Sr. Arlindo?...
Sinapse
Claro que era o Sr Arleindo :)) De camisa bromelha averta até ao estômago, unha cumprida e vigode tresmalhado
:)))
É derivado a estes posts que eu gosto dos blogs e que não resisti a esta aparição súbita.
;)
Formiiiiiiiga
:)))
Um grande beijinho :)
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