quinta-feira, outubro 12, 2006

"Previlégios de médecos"

[1257]

O Qwerty é implacável. Debrucei-me sobre ele, cordato e benevolente, admitindo que Medeiros Ferreira está sujeito, como qualquer mortal, a uma gralha própria de quem tem dedos grossos, por exemplo, leia-se carregar numa tecla e apanhar duas. E depois resultam palavras como dolrmir, pública e outros exemplos que me apetece usar mas não uso para não abandalhar o post.

Mas não. Entre o “e” e o “i” colocam-se quatro teclas , o “r” o “t”, o”y”, o “u” e só então aparece o “i” que deveria equipar a palavra medicina que o professor Medeiros Ferreira usou no seu
erudito post com uma liminar mensagem para o Luis A. Conraria, pelo que só posso pensar que o professor acha mesmo que medecina é aquela ciência exercida por médecos.

À margem. - Ainda hoje li
um post onde um professor se mostrava eriçado com um erro de um anúncio de uma escola privada, em que se lia previlégio. Daí a achar que o ensino privado devia ser pura e simplesmente banido em favor do ensino público foi um passo. Talvez recomendando agora a esse professor que leia o professor, como ele, Medeiros Ferreira, antes de se deitar a fazer libelos políticos a partir de um exemplo de falta de rigor. Porque tanto quanto julgo saber o professor Medeiros Ferreira estudou no ensino público.

Via, com a devida vénia, o
E-jetamos

6 Comments:

At 10:25 da tarde, Blogger António Chaves Ferrão disse...

É professor de quê, esse Medeiros Ferreira? Desculpa a pergunta, mas só o conheço pelas derrapagens orçamentais na Expo Lisboa 98, e não creio que, por enquanto, haja Universidades públicas ou privadas a leccionar essa matéria, pelo menos com esse nome.

 
At 10:41 da tarde, Blogger Nelson Reprezas disse...

antónio chaves ferrão

Diz aqui que é professor universitário. Não sei é de quê. Ainda bem que comentaste, porque o teu blog não aceita comentários. pelo menos meus, não percebo bem mas ali uma discrepância qualquer porque ponho o nome palavra passe e depois rejeita.
Por isso aproveito aqui a boleia para te recomendar este vídeo do magnífico Richard Horton, que nos ajudam a perceber melhor os "estudos científicos" sobre o Iraque publicados na Lancet. Já que ando em maré de discordar de ti. E antes que sejas "lancet(ado)"
Um abraço
:)))

 
At 8:15 da manhã, Blogger António Chaves Ferrão disse...

espumante: viva
Estamos de facto em desacordo, mas também não pretendo que uma maré de acordo universal se espalhe sobre a Terra. Obrigado pela sugestão do vídeo. O documento da Lancet está bem fundamentado, e não creio que baste colocar umas aspas à volta da expressão "estudos científicos" para destruir a sua validade.
Lamento as dificuldades na colocação de comentários. Supunha que eram aceites, mas vou ver o que se passa.
Ainda a respeito do público/privado: não vi escrito em lado nenhum, a não ser no teu post, "pura e simplesmente, abolir o ensino privado".

Um abraço

 
At 9:03 da manhã, Blogger Nelson Reprezas disse...

António Chaves Ferrão

É verdade, tens razão, exagerei naquela do "pura e simplesmente abolir etc". Mas, no fundo, a expressão foi para reforçar a ideia que tenho de qualquer coisa servir para se reforçar uma tese (no fundo, foi o que fiz, também). E o artigo do professor (não me ocorre agora o nome, o que tu usaste)era uma clara defesa do Estado em relação à recente tendência neo-liberal de reduzir a estado à condição de fiscal e guarda-noscturno em vez de nos andar a consumir mais de metade do produto em vícios, mordomias, compadrios e gestão danosa das nossas principais actividades.
Enfim, questões em que nunca estaremos de acordo, tu e eu.
Um abraço.
Quanto aos comentários, o que se passa é: Pede-me a palavra passe, o nome, eu coloco tudo, faço o comentário e depois quando carrego no "publicar o comentário, volta tudo ao princípio. Não sei o que poderá ser...

 
At 3:24 da tarde, Blogger Eduardo Tetera disse...

Interessante. De fato, o qwerty não é fácil.
Mas não terá sido apenas um deslize do tal Medeiros Ferreira? É suficiente para mandá-lo à cruz?

Talvez eu não tenha entendido bem.

saudações do Brasil

inconsciente e-coletivo

 
At 10:42 da manhã, Blogger Nelson Reprezas disse...

Eduardo Tetera
Eu não crucifiquei Medeiros Ferreira. O delize dele foi duplo e quase seguido :)) Limitei-me a registar um erro que acho imperdoável num professor universitário.
Saudações de Portugal

 

Enviar um comentário

<< Home