Embaraço
[898]
Por muito que queiramos dourar a pílula, por muito que Marcelo Rebelo de Sousa tenha puxado dos galões de diplomacia que pensa que tem (e não tem porque a diplomacia de Marcelo é sempre acompanhada de uma risadinha assassina), o que fica desta rocambolesca história do repatriamento de emigrantes ilegais portugueses do Canadá é:
1. A tendência inata dos portugueses para a chico-espertice e a grunhice de caírem nas próprias esparrelas que engendram e em que acabam por se embrenhar;
2. A forma alvoroçada como Freitas do Amaral quer mostrar serviço, mesmo que para isso vá demonstrando uma arrepiante incapacidade para as funções que ocupa e, sobretudo, uma total ignorância dos problemas no terreno das nossas colónias de emigrantes;
3. Aquilo que eu chamaria de síndrome Sampaísta de não resistir a debitar umas palavrinhas sempre que o tema e a ocasião se prestam a uma tirada jactante e a cheirar a desígnio nacional.
Irrita-me esta sensação de algum embaraço que às vezes me invade. É isso. Acho que é a expressão correcta. Frequentemente é embaraçosa a forma como os nossos governantes resolvem (ou pensam que) os nossos problemas no contexto internacional.
Por muito que queiramos dourar a pílula, por muito que Marcelo Rebelo de Sousa tenha puxado dos galões de diplomacia que pensa que tem (e não tem porque a diplomacia de Marcelo é sempre acompanhada de uma risadinha assassina), o que fica desta rocambolesca história do repatriamento de emigrantes ilegais portugueses do Canadá é:
1. A tendência inata dos portugueses para a chico-espertice e a grunhice de caírem nas próprias esparrelas que engendram e em que acabam por se embrenhar;
2. A forma alvoroçada como Freitas do Amaral quer mostrar serviço, mesmo que para isso vá demonstrando uma arrepiante incapacidade para as funções que ocupa e, sobretudo, uma total ignorância dos problemas no terreno das nossas colónias de emigrantes;
3. Aquilo que eu chamaria de síndrome Sampaísta de não resistir a debitar umas palavrinhas sempre que o tema e a ocasião se prestam a uma tirada jactante e a cheirar a desígnio nacional.
Irrita-me esta sensação de algum embaraço que às vezes me invade. É isso. Acho que é a expressão correcta. Frequentemente é embaraçosa a forma como os nossos governantes resolvem (ou pensam que) os nossos problemas no contexto internacional.
4 Comments:
O Espumante arranjou outro inimigo de estimação...
Ainda ontem comentava: isto não aconteceria a dinamarqueses, os dinamarqueses não são chico-espertos e não tentariam, como sempre tentam os portugueses, safar-se na vida com umas trocas e baldrocas, com umas trafulhices a ver se passa despercebido, tentando enganar o estado como nós fazemos. É que o portugues acha sempre que consegue enganar toda a gente e safar-se com isso. Só que se esquece que isso só funciona em Portugal.
Anonymous
Eu sou assim. Quando ando desocupado, arranjo um inimigo de estimação :)
luna
É mais ou menos isso.
Beijinho
Enviar um comentário
<< Home