O Palácio das Celebridades
Acordei sobressaltado com um pesadelo hooooooorríííííível. Eu explico:
A Cinha Jardim reconciliara-se com Santana Lopes e este (imagine-se) era o Presidente da minha República. Estavam no Palácio de Belém e preparavam-se para receber uns convidados que tinham conhecido uns tempos antes numa Quinta de Coruche. Tomaram um chá. No fim, entraram burros galinhas, porcos, vacas e carneiros. O sonho começou a ficar difuso e confuso. De repente um, que falava com sotaque brasileiro e tinha tatuagens nos braços irrompe na sala e a Ana Lucas pergunta-lhe o que é que ele andava a fazer com um poste de vedação de gado entre as pernas. O brazuca responde, de vozeirão, que aquilo não era poste “coisa nênhuma, pô” era o coisão que Deus Nosso Senhor lhe tinha dado e que andava à procura do “tau de Casteu Branco” e dizia isto com os olhos esbugalhados. Uma beldade que por ali andava seminua diz que o “Casteu Branco” estava na copa. O brasileirão corre e encontra-o, mas ele estava a ordenhar um bode...não resistindo ao erotismo da coisa, segura no coisão e agarra-se ao “Casteu”. A Cinha olha e diz para Santana: - Vê, Vê. Responde o Avelino Torres: - Sou eu, sou eu, o que é que querem? Não vêem que estou a aprender mirandês com o burro? Santana Lopes vem à varanda do palácio por ter ouvido um barulho e vê uma multidão gritando: - VêVê amigo, Amarante está contigo. Santana corre para a Cinha e diz que vai mandar o Ministério das Cidades para Amarante. Um bando de galinhas irrompe pela sala a cacarejar. Da copa chegam gritos do Casteu: - Brasileirão assim nãããão.” Deuuuuuuses isto é de fugir. A outra vai-me ouvir...” Ana Lucas anda por ali meio perdida. Vêvê chaga ao pé ela, de boca babada e diz: - Já em pequenino eu bebia das tetas das cabras, vacas é que não. Entra a Preto e diz: - Abra lá uma excepção, Vêvê, enquanto se lhe sentava em cima. Júlia Pinheiro está em casa a maquilhar-se para ficar ainda mais feia e recebe um telefonema de Moniz e diz que tem que ir fazer um directo a Belém. Corre para lá. À chegada encontra Paulo Portas à frente de duas Chaimites e da Presidente da Comissão de Bons Costumes aos gritos: - “ O deboche não passará. Aqui somos nós quem manda, vão debochar lá prá Holanda”. Paulo Portas diz-lhe que estava a confundir as coisas, que aquilo eram Chaimites e não fragatas, mas a outra continuou a mandar os debochados para a Holanda. Chega ainda Nobre Guedes que pergunta a Portas que bagunça era aquela e se ele queria que ele mandasse demolir o palácio. Santana diz que não há necessidade e que o melhor que ele tinha a fazer era ir buscar o Thomaz e o Portas e se juntasse à bagunça e já agora que fosse à casa da Arrábida buscar umas peruas.... no meio da confusão e já sem saber bem se estava a sonhar ou a acordar, a coisa já meio esbatida, ainda me lembro da figura seráfica de Sampaio a fazer uma comunicação em directo ao País, dizendo que ainda era o Comandante das Forças Armadas e que estava atento ao Governo... mas o directo teve de ser interrompido porque os animais irromperam pelo estúdio a fugir do Vêvê, que fugia do Casteu Branco, que fugia do brazuca, que fugia da Cinha, aos berros: - Para a rua já. Fora do meu Palácio, que me estão a partir a loiça toda...
Acordei de vez, tomei um duche, pois estava inundado em suor e dei uma volta pela casa. De bichos e de tais gentes só vi duas gatas. Civilizadas e inteligentes. Ele há cada sonho...
3 Comments:
que previlégio é, sonhar assim meu deus.
Não percebi bem qual o privilégio. A tua sorte é estares a 12.000 km e o cheiro a bosta não chega aí...
referia-me claro está à capacidade descritiva de sonhar dessa maneira e não ao sonho. Cheiro a bosta?? Aqui?? Nã, deve ser só em sonho...apenas uma questão de trópicos. De repente lembrei-me da forma bárbara que os saxónicos lá resolviam os seus problemas territoriais e de como a igreja católica encarcerava seres vivos em sacrifício apelando à libertação não sei bem de quê. Pensam os americanos que são originais. Nós lá vamos sendo burocráticos ao fim de todos estes anos, tantos anos. Eram já 23h e muitos minutos quando ouvi na rádio a morte dos gunieenses...e hoje todos nós sentados na 42ª reunião da URTNA, Hotel Avenida a cheirar a Pierre Cardin e discutir o indiscutível. Passamos a presidência à Nigéria. Uma conferência da união das rádios e têvês cá de áfrica.Falamos em português, francês, inglês e árabe! Muito por sonhar ainda.
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