E a mim ninguém me entrevistou coisa nenhuma...
Não tenho nada contra príncipes nem princesas. Confesso até
que me deram bastante jeito para contar histórias às minhas filhas, em
pequeninas, até porque contar histórias protagonizadas por filhos de
presidentes da república, como dizia o Miguel Esteves Cardoso quando ele tinha
mais graça, não entusiasmava por aí além. Para além das histórias, a verdade é que
nunca nenhum príncipe me fez mal o que comparado com alguns presidentes de
república é, desde já, uma prestimosa vantagem. Acresce que muitos deles, sobretudo
elas, são gente bonita e escovada e ar de quem toma o banhinho todos os dias e
usa imenso desodorizantes sem álcool, colónias, pétalas de rosas e assim. Resumindo.
Convivo bem com príncipes, ainda que este convívio seja algo desajustado porque
conviver, conviver… não é bem o caso, não me dou com nenhum. Mas eles andam por
aí e até gosto que eles sejam felizes e tenham muitos principezinhos pequeninos.
Mas hoje… bem, hoje, esmoreci um bocadinho. Ligar a TV e ver
equipas de reportagem atrás do príncipe William para o ouvir dizer que o bebé é
um little rascal e gosta que lhe mudem a fralda e, noutras latitudes, ouvir o príncipe
Harry, rigorosamente ataviado para os rigores de um país como Angola dizer que
está muito irritado (SIC) com os fabricantes de minas pessoais já ultrapassa os
meus limites de tolerância. Logo eu que mudei fraldas a três little rascals e
me rebentou uma mina debaixo da GMC (felizmente sem consequências) e ninguém me
fez reportagem nenhuma…
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Etiquetas: comunicação social, príncipes
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