Feira Popular?
[1974]
Às vezes tenho a sensação que isto é um país de putos. Gostamos de brinquedos, de gadgets e rimo-nos perdidamente de cada vez que nos dão um. A quantidade de espectadores de futebol que vemos de antebraço levantado a fotografar a última canelada de um jogador de futebol qualquer é disso prova cabal.
Isto vem a propósito de uma notícia sobe uma "moto-quatro" que uma corporação de bombeiros (acho…) adquiriu para dar assistência nas praias. É um veículo amarelo e que, aparentemente, dispõe de espaço para alojar mais umas quantas ferramentas e utensílios de socorro. Ou seja, o suficiente para ter direito a reportagem na televisão. Daí aos inevitáveis repórteres a fazer as inevitáveis perguntas ao inevitável povo foi um passo. E era ver como todos se riam de contentes.
A propósito de contente, depois da fabulosa medida de António Costa em retirar os carros do Terreiro do Paço aos Domingos, que deve ter causado uma confusão dos diabos a quem precisava de circular, e pelo gáudio observado nas tais inevitáveis reportagens televisivas, desconfio que dentro de pouco tempo temos ali uma feira popular. Daquelas com sardinhas e tudo, fêveras e farturas. Com jeito, até um carrossel ou uma burricada. As bichas para andar de “charrette” já lá estão e os piqueniques devem estar a rebentar.
Que a Câmara não se esqueça de mandar apanhar as espinhas das sardinhas e as cascas de melancia é o que eu sinceramente desejo. Senão, depois, lá vêm os “sacanas” dos carros, dos automobilistas, outra vez, e começam a pisar aquilo tudo, sem respeito nenhum pelos peões que se esqueceram de apanhar as cascas e as espinhas e as “mines” vazias.
Às vezes tenho a sensação que isto é um país de putos. Gostamos de brinquedos, de gadgets e rimo-nos perdidamente de cada vez que nos dão um. A quantidade de espectadores de futebol que vemos de antebraço levantado a fotografar a última canelada de um jogador de futebol qualquer é disso prova cabal.
Isto vem a propósito de uma notícia sobe uma "moto-quatro" que uma corporação de bombeiros (acho…) adquiriu para dar assistência nas praias. É um veículo amarelo e que, aparentemente, dispõe de espaço para alojar mais umas quantas ferramentas e utensílios de socorro. Ou seja, o suficiente para ter direito a reportagem na televisão. Daí aos inevitáveis repórteres a fazer as inevitáveis perguntas ao inevitável povo foi um passo. E era ver como todos se riam de contentes.
A propósito de contente, depois da fabulosa medida de António Costa em retirar os carros do Terreiro do Paço aos Domingos, que deve ter causado uma confusão dos diabos a quem precisava de circular, e pelo gáudio observado nas tais inevitáveis reportagens televisivas, desconfio que dentro de pouco tempo temos ali uma feira popular. Daquelas com sardinhas e tudo, fêveras e farturas. Com jeito, até um carrossel ou uma burricada. As bichas para andar de “charrette” já lá estão e os piqueniques devem estar a rebentar.
Que a Câmara não se esqueça de mandar apanhar as espinhas das sardinhas e as cascas de melancia é o que eu sinceramente desejo. Senão, depois, lá vêm os “sacanas” dos carros, dos automobilistas, outra vez, e começam a pisar aquilo tudo, sem respeito nenhum pelos peões que se esqueceram de apanhar as cascas e as espinhas e as “mines” vazias.
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Etiquetas: terreiro do paço sem carros
2 Comments:
E prontosssssss! Agora fiquei cheia de vontade de comer farturas! Não se faz...
Como fiquei muto tempo fora, o blogger tá zangado e não me deixa publicar, nem consigo assinar comentários. IRRA!!!
Azulinha
azulinha
É que sai já uma travessa de farturas ara a mesa do canto! :)
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