"Taimingues"
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Há um consenso alargado sobre a habilidade do nosso primeiro ministro em anunciar a demissão de Freitas do Amaral na véspera do Portugal x Inglaterra. Comentadores, jornalistas, directores de jornais, colunistas, todos concordaram que o “timing” foi perfeito (sic) e que depois do jogo de Portugal já ninguém se lembrará da demissão de Freitas.
Eu não duvido da bondade do timing. O que me faz uma grande confusão é a aceitação plena de que para se lidar com as pessoas é necessário ser habilidoso, ter um apurado sentido de oportunidade e uma argúcia invejáveis, por outras palavras, o ideal é ir fazendo as coisas, boas ou más, é irrelevante, sem “o pessoal” dar por isso, ou que dê por isso, mas não muito. Garantidamente teremos a inteligência da paróquia a gabar-nos o engenho. Donde presumo que ser ladino e chico-esperto, paga. Ser frontal e claro é que já é mais complicado e mais perigoso.
Mas não se pense que a culpa é só das peças do nosso xadrez político. O trágico é que eles acabam por ter razão. Imagine-se no caso vertente, remodelar o MNE numa período sem notícias de substância. O quer não daria em páginas e jornais, “escolhas de Marcelo”, artigos do Miguel de Sousa Tavares (entre duas patacoadas sobre o FêQêPê) e arrotos do Manuel Serrão. Assim, e para já, o único facto de relevância foi a primeira página do Expresso de hoje, excitada a dizer “afinal nós tínhamos razão", que é uma expressão que os jornalistas adoram e usam recorrentemente, já não tão em uso quando, por exemplo, fazem um estardalhaço a dizer que “na semana das pontes” não estava ninguém nos “serviços” da Câmara e o desmentido de Maria José Nogueira Pinto vem desterrado para um cantinho microscópico, de tamanho e de substância. Tão microscópico que Maria José viu-se obrigada a fazer um artigo de opinião no DN. Artigo onde o Expresso, realmente, ficou muito mal na fotografia.
Há um consenso alargado sobre a habilidade do nosso primeiro ministro em anunciar a demissão de Freitas do Amaral na véspera do Portugal x Inglaterra. Comentadores, jornalistas, directores de jornais, colunistas, todos concordaram que o “timing” foi perfeito (sic) e que depois do jogo de Portugal já ninguém se lembrará da demissão de Freitas.
Eu não duvido da bondade do timing. O que me faz uma grande confusão é a aceitação plena de que para se lidar com as pessoas é necessário ser habilidoso, ter um apurado sentido de oportunidade e uma argúcia invejáveis, por outras palavras, o ideal é ir fazendo as coisas, boas ou más, é irrelevante, sem “o pessoal” dar por isso, ou que dê por isso, mas não muito. Garantidamente teremos a inteligência da paróquia a gabar-nos o engenho. Donde presumo que ser ladino e chico-esperto, paga. Ser frontal e claro é que já é mais complicado e mais perigoso.
Mas não se pense que a culpa é só das peças do nosso xadrez político. O trágico é que eles acabam por ter razão. Imagine-se no caso vertente, remodelar o MNE numa período sem notícias de substância. O quer não daria em páginas e jornais, “escolhas de Marcelo”, artigos do Miguel de Sousa Tavares (entre duas patacoadas sobre o FêQêPê) e arrotos do Manuel Serrão. Assim, e para já, o único facto de relevância foi a primeira página do Expresso de hoje, excitada a dizer “afinal nós tínhamos razão", que é uma expressão que os jornalistas adoram e usam recorrentemente, já não tão em uso quando, por exemplo, fazem um estardalhaço a dizer que “na semana das pontes” não estava ninguém nos “serviços” da Câmara e o desmentido de Maria José Nogueira Pinto vem desterrado para um cantinho microscópico, de tamanho e de substância. Tão microscópico que Maria José viu-se obrigada a fazer um artigo de opinião no DN. Artigo onde o Expresso, realmente, ficou muito mal na fotografia.
4 Comments:
Ah, sei lá...Tou triste, o Brasil perdeu, quero cá saber deste ministro que meteu os pés pelas mãos, do expresso que idem, da FIFA que escolheu um inglês que nem sei o nome para melhor jogador em campo hoje. Sabes que mais?, hoje o Sporting fez 100 anos e o Ricardão defendeu TRÊS PENALTIS!!! O resto, a falta d frontalidade e a esperteza saloia, estão no nosso código genético! Beijinho
Tu, bem picadinho, funcionas bem. :)
Significado da expressão "de escantilhão": de roldão ou aos tombos. Aplica-se ao caso, bem vistas as coisas.
Interessante, o artigo da MJNP.
Beijola.
125_azul
Sabes que mais? Olha, eu também não
Beijo
:))
Carlota
Sou e a cebolinha. Então se me juntarem um fiozinho de azeite e me esturgirem funciono que é uma maravilha :)))))
Quanto ao escantilhão... então eu escrevo de roldão e aos tombos?
Beijolas
:)
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