A praia de Lavos é "porreira"
Lavos - Igreja Matriz. Foto daqui
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Parece que na Figueira da Foz há uma Freguesia que se chama Lavos. Então o presidente da junta achou que devia fazer um muro junto à praia para prevenir a erosão. Os Figueirenses não gostaram (Lavenses???) e vai daí organizaram uma manifestação com banda e folclore e dísticos onde se podia ler A praia de Lavos é “porreira”. Uma senhora, entrevistada pela TV disse: Chamo-me Júlia Reizinha, tenho oitenta e oito anos e isto assim não pode ser. Estão a gozar com o povo (e esforçava-se, leia-se berrava, para impor a voz à música da banda que desfilava na marginal). A menina correspondente na Figueira gastou mais uns quatro minutos a dizer que o muro foi mandado levantar pelo presidente da junta e a senhora Reizinho disse que agora iam perder a bandeira azul por causa do muro. Passados uns bons cinco minutos de reportagem, lá deixaram as notícias importantes e passaram para as "minudências" como a iminente invasão do Líbano por tropas terrestres israelitas.
Mas eis que a notícia é cortada para um directo do aeroporto de Lisboa onde um senhor cujo nome me escapou aguardava emotivamente a chegada da sua “esposa” que era o primeiro português a ser evacuado de Beirute no avião que chegava de Madrid às oito e meia. E a repórter visivelmente emocionada, gritava que o momento estava carregado de emoção já que o senhor (passou-me o nome, que chatice…) aguardava ansiosamente o momento, muito emocionado e muito tenso a quem a repórter ia agora pedir uma opinião sobre o assunto. É então que aparece um pacato cidadão que nos diz que estava ali á espera da “esposa” derivado à insegurança. Calmo e sorridente o tenso e emotivo senhor (mas que chatice que não me lembro mesmo do nome…) manteve-se a olhar pateticamente para a câmara e a repórter lá salvou a “branca” dizendo que ainda faltavam vinte minutos para o avião aterrar. É aí que do estúdio dizem que voltarão em directo à Portela na altura da aterragem do avião.
É por estas e por outras que chove lama na paróquia…
Parece que na Figueira da Foz há uma Freguesia que se chama Lavos. Então o presidente da junta achou que devia fazer um muro junto à praia para prevenir a erosão. Os Figueirenses não gostaram (Lavenses???) e vai daí organizaram uma manifestação com banda e folclore e dísticos onde se podia ler A praia de Lavos é “porreira”. Uma senhora, entrevistada pela TV disse: Chamo-me Júlia Reizinha, tenho oitenta e oito anos e isto assim não pode ser. Estão a gozar com o povo (e esforçava-se, leia-se berrava, para impor a voz à música da banda que desfilava na marginal). A menina correspondente na Figueira gastou mais uns quatro minutos a dizer que o muro foi mandado levantar pelo presidente da junta e a senhora Reizinho disse que agora iam perder a bandeira azul por causa do muro. Passados uns bons cinco minutos de reportagem, lá deixaram as notícias importantes e passaram para as "minudências" como a iminente invasão do Líbano por tropas terrestres israelitas.
Mas eis que a notícia é cortada para um directo do aeroporto de Lisboa onde um senhor cujo nome me escapou aguardava emotivamente a chegada da sua “esposa” que era o primeiro português a ser evacuado de Beirute no avião que chegava de Madrid às oito e meia. E a repórter visivelmente emocionada, gritava que o momento estava carregado de emoção já que o senhor (passou-me o nome, que chatice…) aguardava ansiosamente o momento, muito emocionado e muito tenso a quem a repórter ia agora pedir uma opinião sobre o assunto. É então que aparece um pacato cidadão que nos diz que estava ali á espera da “esposa” derivado à insegurança. Calmo e sorridente o tenso e emotivo senhor (mas que chatice que não me lembro mesmo do nome…) manteve-se a olhar pateticamente para a câmara e a repórter lá salvou a “branca” dizendo que ainda faltavam vinte minutos para o avião aterrar. É aí que do estúdio dizem que voltarão em directo à Portela na altura da aterragem do avião.
É por estas e por outras que chove lama na paróquia…
14 Comments:
Ora um dia feliz para ti que não tens que fugir de Beirute nem ir à praia de Lavos hoje!
Ora cá está! ... mais um telejornal que acompanho através do teu teclar!
(ref comment no post anterior)
Por acaso, vi um pedacinho da reportagem do muro ... e quer-me cá parecer que estavas um bocadinho distraído enquanto entrevistavam as senhoras ... ou então é tudo liberdade poética, em favor da graça ...
;))
Beijinhos, informados,
Sinapse
p.s. - adorei a tua reportagem da reportagem no aeroporto ... (suspiro, de exasperação ... como é possível que o nosso telejornal seja assim? como é possível?!!?? como?? como? ...)
A costa de Lavos é bonita. Há anos, tinha um restaurante, chamado “O Farol” (julgo que já não existe) que fazia umas sardinhas assadas na telha muito boas. Para quem gosta de sardinhas, claro, que não é o meu caso! A praia nada de especial, comparada com a da Figueira. Bandeira azul? Acho que a Figueira também não tem e não dei pela construção de nenhum muro. Não percebo o alarido. O homem do aeroporto chamava-se Nelson... Habbib (como será mesmo que se escreve?). Outras minudências, como ter chovido, ontem, pedra graúda na cidade da Guarda, nem merecem referência e o tsunaminho, nem tanto tsunaminho assim, não passou de uma noticiazinha.
Pois é, chove lama na paróquia e chove lama na minha cabeça...
Coloquei uma questão lá na minha senda, que se não fores tu a resolver ninguém resolve, mesmo.
Beijinhos
Mas tive de almoçar com um boss... com a nata, e nem passador havia :))
Beijinho
Sinapse
Falhei nalguma coisa? É provável... acabo por ouvir as coisas em diagonal e posso ter errado. Mas lembro-me que a senhora se chamava Reizinha e era idosa, gorda e barulhenta. Lembro-me da praia porreira... e do muro que foi feito ao pé da casa...
mas posso ter falhado alguma coisa, sim. Porque, tens razão. Eu não minto, mas às vezes floreio um bocado as coisas. Não é grave, pois não?
Beijinhos floreados
:)
Laura Lara
Acordei uma expert sobre a Figueira :))
Havia um muro, sim, que foi a causa da manifestação. E ia jurar que disseram que perderiam a bandeira azul. Mas com a acusação da Sinapse, já estou baralhado.
Quanto ao Nelson Habib... lembro-me agora que era Nelson, sim. :)
Parece que não sou o único a ouvir notícias de manhã emquanto tomo o pequeno almoço. A saraivada XL também foi sentida pela minha filha que está para essas bandas a escavar. E a chuva de lama, que dizer? Já não é a primeira vez... Tinhas um carro azul, não é? Pois, o meu era assim para o preto e o da miúda é verde azeitona. Agora estão ambos marron.
Beijinho
tudo bué fixe!!!
Paulo
eheheheheheh, estava só a meter-me contigo ... não chames a isso 'acusações'!
;)
Beijinhos, floreados também,
Sinapse
eu já deixei de ver os 'telejornais' da 1,3 e 4 só vejo o do canal 2 que é sintético e conciso.
bjs
Eu respondo sempre a todos os comentários, vou é ao blog de quem comenta ou pergunta porque acho que é uma trabalheira para a pessoa voltar ao meu, a caixa de comentários demora a abrir, etc. ProntoSSS, esclarecido isto, o único combóio que há para Cuzco(havia naquela época) é aquele, logo, suponho que tenha sido desse (porque também há uma ponte) que Tintim e Milu pularam. Mas, se te lembras do Tintim no Congo (retirado de circulação sob a acusação de racismo e paternalismo colonial), o Hergé, como tu e eu também, era dado a liberdades poéticas...
Beijinhos
PS: não te esqueças da promessa de rezares...
Paulo Sempre
Seeeeeempre...
:)
Sinapse
Eu sei que estavas a brincar
Beijinhos brincalhões
:)
lxexpo
Os telejornais têm a vantagem de nos chatear mas, por outro lado, fornecem abundabte material para posts.
:))
125_azul
Olha, eu li TODA a obra do Hergé. Para mim, a mais fantástica banda desenhada de sempre, não tanto pelo traço mas pela extraordinária perspicácia e sensibilidade do autor. No caso concreto do Tim Tim no Congo, lembro-me que achei tudo aquilo um exagero com laivos de extrema direita. Depois, fui ao Congo, um par de vezes. Aliás, aos dois Congos, ao Braza e ao, na altura, Zaire. E concluí que apesar de algum traço caricatural tudo aquilo correspondia à verdade. Até os carris do caminho de ferro tortos correspondiam à verdade. A esquerda moderna e bem pensante encarregou-se depois de achar que o livro era acintosamente colonalista. Esqueceram-se de citar o Tim Tim na América onde, por acaso, os americanos não ficavam muito bem na fotografia. Mas isto são águas passadas. O homem morreu e a obra ficou.
Beijinho e está explicada a tua ausência de comentários.
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