O Candidato
[604]
Da apresentação formal da candidatura de Cavaco Silva e sequelas imediatas, ficou-me o seguinte.
1 - Cavaco Silva foi igual a si próprio. Rigoroso, sério e substantivo. Foi o único que até agora disse exactamente ao que ia e para o que ia. O manifesto explicará os pormenores que ali, na circunstância, não interessavam. Eu acho que Cavaco Silva seria sempre um melhor primeiro ministro que Presidente da República. Todavia, tenho de me render à eficácia e seriedade da sua apresentação, num contraste gritante com as outras apresentações em que o mote como objectivo principal era derrotar a direita, seja lá o que for que isso signifique;
2 - No ataque cerrado que se seguiu no Canal 1 e em que Judite de Sousa pareceu divertida com a alacridade de Medeiros Ferreira, pareceu-me desonesta a utilização do pseudo tabu. Afinal… que tabu existiu? Cavaco não tem que ajustar a agenda à comunicação social e, muito menos, aos seus opositores. Independentemente do facto de pessoalmente me parecer muito bem que falasse apenas depois de passadas as autárquicas. Mas o termo tabu rende e nem mesmo Helena Roseta a ele se conseguiu furtar;
3 - A alacridade (já usei este termo acima) de Medeiros Ferreira que aos costumes disse nada e se limitou àquela velha e relha estratégia da esquerda de não deixar ninguém falar. Ainda por cima, não deixando falar dizendo nada. Pior ainda (e aqui sou levado a pensar que este homem, ao contrário da opinião geral, é pouco inteligente, já que interrompia com argumentos que acabavam por servir a bondade da candidatura de Cavaco), falando sem nexo, sem fio e sem substância.
4 - A surpresa de ouvir a jovem Ana Drago com uma argumentação bem estruturada. Concorde-se ou não com ela, tenho de me render à sua eficácia e fio de debate. Foi, sobretudo, uma banhada para Medeiros Ferreira, mais velho e, presumivelmente, com mais traquejo político;
5 - Helena Roseta é uma mulher de fina argúcia e muita capacidade e cultura. Jogou no cavalo romântico e pode ser valiosíssima na lição que Mário Soares anda a pedir.
Da apresentação formal da candidatura de Cavaco Silva e sequelas imediatas, ficou-me o seguinte.
1 - Cavaco Silva foi igual a si próprio. Rigoroso, sério e substantivo. Foi o único que até agora disse exactamente ao que ia e para o que ia. O manifesto explicará os pormenores que ali, na circunstância, não interessavam. Eu acho que Cavaco Silva seria sempre um melhor primeiro ministro que Presidente da República. Todavia, tenho de me render à eficácia e seriedade da sua apresentação, num contraste gritante com as outras apresentações em que o mote como objectivo principal era derrotar a direita, seja lá o que for que isso signifique;
2 - No ataque cerrado que se seguiu no Canal 1 e em que Judite de Sousa pareceu divertida com a alacridade de Medeiros Ferreira, pareceu-me desonesta a utilização do pseudo tabu. Afinal… que tabu existiu? Cavaco não tem que ajustar a agenda à comunicação social e, muito menos, aos seus opositores. Independentemente do facto de pessoalmente me parecer muito bem que falasse apenas depois de passadas as autárquicas. Mas o termo tabu rende e nem mesmo Helena Roseta a ele se conseguiu furtar;
3 - A alacridade (já usei este termo acima) de Medeiros Ferreira que aos costumes disse nada e se limitou àquela velha e relha estratégia da esquerda de não deixar ninguém falar. Ainda por cima, não deixando falar dizendo nada. Pior ainda (e aqui sou levado a pensar que este homem, ao contrário da opinião geral, é pouco inteligente, já que interrompia com argumentos que acabavam por servir a bondade da candidatura de Cavaco), falando sem nexo, sem fio e sem substância.
4 - A surpresa de ouvir a jovem Ana Drago com uma argumentação bem estruturada. Concorde-se ou não com ela, tenho de me render à sua eficácia e fio de debate. Foi, sobretudo, uma banhada para Medeiros Ferreira, mais velho e, presumivelmente, com mais traquejo político;
5 - Helena Roseta é uma mulher de fina argúcia e muita capacidade e cultura. Jogou no cavalo romântico e pode ser valiosíssima na lição que Mário Soares anda a pedir.
5 Comments:
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Não vi o debate mas tive pena!
Um beijo
Não vi esse debate, pois de relance... vi que eram demasiados socialistas para poder ser um debate sério. Uma mancha para a RTP.
Quanto aos seus comentários sobre Ana Drago e Helena Roseta, concordo consigo...na forma. São obviamente, ambas, inteligentes e informadas, mas também... deformadas em termos ideológicos, porque deixam que sectarismos em desuso lhes possam obliterar uma visão mais lúcida e clarividente. Mas entendo as razões de "coração"...
Mas em apostas de cavalos, ou se acerta no cavalo certo...ou se perde.
Já Soares, tmbém me parece que anda a "pedi-lhas" e que "as" vai conseguir.
Pitucha
Não tenhas pena. Mas se quiseres, eu conto :)))
abf
Estamos de acordo.
Já vi que voltou às lides... veja lá agora se não deixa esfriar a comida outra vez :)
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