Exercício académico
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Às vezes as surpresas vêm de onde menos se espera. Ou não fossem surpresas. Daí que me confesse surpreendido com aquilo que considero um exercício puramente académico do João Miranda sobre a execução, para usar a sua própria terminologia, de ontem dos assaltantes do BES.
Curto e grosso, uma execução consiste em matar uma pessoa, normalmente algemada, de olhos vendados, sedada e impotente, por um crime que cometeu e pelo qual foi julgada. O que aconteceu ontem não tinha nada a ver com isso. Tinha a ver com dois bandidos potenciais assassinos, mantendo dois reféns sob o cano de uma arma de fogo presumivelmente carregada e pronta a disparar. Um simples descuido, um tropeção de um dos bandidos, até, poderia fazer deflagrar uma das armas e matar um dos reféns.
Parece-me claro que isto nada tem que ver com uma execução, como diz o João Miranda. Tem a ver com a necessidade imperiosa e o dever de um estado de direito de se salvar vidas inocentes – mesmo que para isso se tenha de abater aqueles que as ameaçam. Tudo o mais, repito, na minha opinião, é um exercício puramente académico. E de absoluto desrespeito pela vida alheia de inocentes.
Assim sendo, resta congratularmo-nos com a excelente acção da PSP. Além de ter salvo os reféns, contribuíram para o que considero algum efeito dissuasor de futuros assaltos. Morreu um sequestrador? Bad luck. Podia ter sido melhor, se ele tivesse sido apenas ferido, tratado, julgado e preso. Mas em casos destes atira-se a matar. E isso não é executar.
Às vezes as surpresas vêm de onde menos se espera. Ou não fossem surpresas. Daí que me confesse surpreendido com aquilo que considero um exercício puramente académico do João Miranda sobre a execução, para usar a sua própria terminologia, de ontem dos assaltantes do BES.
Curto e grosso, uma execução consiste em matar uma pessoa, normalmente algemada, de olhos vendados, sedada e impotente, por um crime que cometeu e pelo qual foi julgada. O que aconteceu ontem não tinha nada a ver com isso. Tinha a ver com dois bandidos potenciais assassinos, mantendo dois reféns sob o cano de uma arma de fogo presumivelmente carregada e pronta a disparar. Um simples descuido, um tropeção de um dos bandidos, até, poderia fazer deflagrar uma das armas e matar um dos reféns.
Parece-me claro que isto nada tem que ver com uma execução, como diz o João Miranda. Tem a ver com a necessidade imperiosa e o dever de um estado de direito de se salvar vidas inocentes – mesmo que para isso se tenha de abater aqueles que as ameaçam. Tudo o mais, repito, na minha opinião, é um exercício puramente académico. E de absoluto desrespeito pela vida alheia de inocentes.
Assim sendo, resta congratularmo-nos com a excelente acção da PSP. Além de ter salvo os reféns, contribuíram para o que considero algum efeito dissuasor de futuros assaltos. Morreu um sequestrador? Bad luck. Podia ter sido melhor, se ele tivesse sido apenas ferido, tratado, julgado e preso. Mas em casos destes atira-se a matar. E isso não é executar.
Vídeo da libertação dos reféns aqui . (Imagens chocantes)
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Etiquetas: bloggers, pena de morte
6 Comments:
Estou de acordo. Morreu um sequestrador? Bad luck. Podia ter sido melhor, se ele tivesse sido apenas ferido, tratado, julgado e preso. Mas em casos destes atira-se a matar. E isso não é executar.
E quero lá saber que pensem que sou uma nazista.
não percebo o espanto. A blogo-esfera é uma montra de vaidades. Basta ler o que por aí vai com comentários ao assalto
este JM é um bocado atrofiado...deve ser primo do Das Neves
sinapse
Tenho adorado os teus últimos posts. Sério! Ao mesmo tempo sinto inveja e uma certa nostalgia de quando eu, por exigência profissional, saltitava "por aqui por ali", também.
beijinhos
cristina
Não sou capaz de deixar de rir de cada vez que te referes ao "das Neves :))
anónimo
por acaso não tenho visto muitas opiniões divergentes. Uma ou outra, como a que referi mas tem sido mais ou menos consensual a actuação da polícia
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