O "desbarate"
[1874]
A crise é isso mesmo. É as coisas evoluírem no sentido do debate de ontem. As pessoas percebem que:
1 – Ninguém tem a mais pálida ideia do que se está para ali a dizer;
2 – A promiscuidade entre as instituições estatais (onde está o dinheiro) e as privadas (onde se quer o dinheiro) nem sequer é já disfarçada, veja-se aquelas afirmações patéticas de António Costa sobre o arquitecto Salgado ou a expressão seráfica de Carmona Rodrigues sobre as muitas dezenas de assessores e as várias empresas municipais que enxameiam e sugam a Câmara.
3 – A evidente impreparação dos presentes e a assustadora perspectiva de perceber que milhares de milhões de Euros são incondicionalmente entregues a esta gente é uma realidade assustadora. O desrespeito atinge formas pouco usuais, já que se nota não haver sequer preocupação em disfarçar as coisas.
De duas uma. Ou se leva isto para o humor (ler os desenvolvimentos do debate no 31 da Armada, no Insurgente e no Blasfémias) ou se emigra. E se foge aos impostos sem remorso. Ou desata tudo ao estalo. Sei lá…
A crise é isso mesmo. É as coisas evoluírem no sentido do debate de ontem. As pessoas percebem que:
1 – Ninguém tem a mais pálida ideia do que se está para ali a dizer;
2 – A promiscuidade entre as instituições estatais (onde está o dinheiro) e as privadas (onde se quer o dinheiro) nem sequer é já disfarçada, veja-se aquelas afirmações patéticas de António Costa sobre o arquitecto Salgado ou a expressão seráfica de Carmona Rodrigues sobre as muitas dezenas de assessores e as várias empresas municipais que enxameiam e sugam a Câmara.
3 – A evidente impreparação dos presentes e a assustadora perspectiva de perceber que milhares de milhões de Euros são incondicionalmente entregues a esta gente é uma realidade assustadora. O desrespeito atinge formas pouco usuais, já que se nota não haver sequer preocupação em disfarçar as coisas.
De duas uma. Ou se leva isto para o humor (ler os desenvolvimentos do debate no 31 da Armada, no Insurgente e no Blasfémias) ou se emigra. E se foge aos impostos sem remorso. Ou desata tudo ao estalo. Sei lá…
Nota: Uma palavrinha apenas sobre Fátima Campos Ferreira. Alguém consegue meter a senhora na ordem? Ou ordem na senhora, mesmo dando de barato que não deve ser fácil meter seja o que for na estridente criatura? Alguém explica à senhora que ela não faz parte dos debates? Alguém lhe explica que é apenas moderadora? Entretive-me ontem a anotar as vezes em que ela interrompia, repetia o que intervenientes diziam (Helena Roseta esteve a milimetros de a mandar calar...), acrescentava pormenores ao que os outros diziam... a senhora está insuportável e perdeu-se na ilusão de que os debates não passam sem ela. Está mal, alguém devia fazer qualquer coisa. Alguém deveria, possivelmente, negociar com ela. E pô-la, possivelmente e por exemplo, a ouvir entrevistas e moderações de debates na BBC, na CNN, sei lá, para ver se lhe cortam o ímpeto. Ou dar-lhe um calmante. Assim como está, as coisas são impossíveis e só contribuem para a algaraviada do costume.
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Etiquetas: bloggers, debate, eleições intercalares
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