A judiciária e a pequena Madeleine
[1729]
Começa a incomodar-me este clima de pré crítica que está a esboçar-se em relação à Polícia Judiciária, perante o aparente fracasso da sua acção relativamente ao rapto da pequena Madeleine no Algarve.
Hoje há crimes quase perfeitos, senão mesmo perfeitos e para o constatarmos, basta arrolar os que ficam por resolver. Em Portugal, ou na Inglaterra. A formidável dor dos pais pela perda da sua filha não deveria constituir motivo para denegrir a acção da Polícia Judiciária que, tanto quanto parece, tem vindo a desenvolver a acção apropriada a casos semelhantes. Falar de mais ou falar de menos poderá ser discutível, mas não esqueçamos que isso tem a ver com a repercussão que os relatórios têm junto da comunicação social e pela forma como isso pode prejudicar as investigações. E, sobre isso, parece-me que a própria comunicação social tem muitas culpas no cartório. Porque é normalmente sensacionalista, frequentemente mentirosa, descuidada, mal preparada, estouvada e politizada. E perante este cenário, nada melhor que ser parco no que se lhes diz. Eu, se fosse polícia, era o que faria.
Entretanto e por respeito à dor tremenda que aqueles pais devem estar a sentir, era bom que os nossos “experts” de serviço sobre o ser boa mãe ou ser bom pai se contivessem em esgrimir os seus argumentos. Porque somos todos excelentes pais, até ao momento em que a desgraça nos bate à porta. E relativamente ao caso vertente parece que nem sequer se conhece bem alguns pormenores que rodearam o (possível) rapto. Por isso, o melhor mesmo é aguardar e desejar (ou rezar, os que rezam) que a menina seja recuperada sã e salva. E deixarmos de ser “home made” detectives, fantásticos psicólogos, eminentes criminologistas (tem ido um à RTP que ainda não percebi bem o que diz…) e, sobretudo, pais perfeitos.
Começa a incomodar-me este clima de pré crítica que está a esboçar-se em relação à Polícia Judiciária, perante o aparente fracasso da sua acção relativamente ao rapto da pequena Madeleine no Algarve.
Hoje há crimes quase perfeitos, senão mesmo perfeitos e para o constatarmos, basta arrolar os que ficam por resolver. Em Portugal, ou na Inglaterra. A formidável dor dos pais pela perda da sua filha não deveria constituir motivo para denegrir a acção da Polícia Judiciária que, tanto quanto parece, tem vindo a desenvolver a acção apropriada a casos semelhantes. Falar de mais ou falar de menos poderá ser discutível, mas não esqueçamos que isso tem a ver com a repercussão que os relatórios têm junto da comunicação social e pela forma como isso pode prejudicar as investigações. E, sobre isso, parece-me que a própria comunicação social tem muitas culpas no cartório. Porque é normalmente sensacionalista, frequentemente mentirosa, descuidada, mal preparada, estouvada e politizada. E perante este cenário, nada melhor que ser parco no que se lhes diz. Eu, se fosse polícia, era o que faria.
Entretanto e por respeito à dor tremenda que aqueles pais devem estar a sentir, era bom que os nossos “experts” de serviço sobre o ser boa mãe ou ser bom pai se contivessem em esgrimir os seus argumentos. Porque somos todos excelentes pais, até ao momento em que a desgraça nos bate à porta. E relativamente ao caso vertente parece que nem sequer se conhece bem alguns pormenores que rodearam o (possível) rapto. Por isso, o melhor mesmo é aguardar e desejar (ou rezar, os que rezam) que a menina seja recuperada sã e salva. E deixarmos de ser “home made” detectives, fantásticos psicólogos, eminentes criminologistas (tem ido um à RTP que ainda não percebi bem o que diz…) e, sobretudo, pais perfeitos.
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Etiquetas: bloggers, judiciária, peritos da vida
6 Comments:
...e o que isto estraga o lançamento da campanha ALLGARVE...
É preciso ter galo! (com o devido respeito pela dor dos pais, não consigo nem imaginar o que sentiria em circunstâncias semelhantes (caso a criança tenha mesmo sido raptada...)
Beijinhos
Subscrevo inteiramente
azulinha
Demasiado mau, não é?
suzana maldonado
pbrigado
Como concordo contigo!
coitada da meddi mas eu acho que os culpados do desapareçimento da med forao os pais.
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