Deus nos livre, Nosso Senhor, dos nossos inimigos, agora e na hora... (2)
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João Morgado Fernandes tem a responsabilidade acrescida de ser director adjunto do DN, um jornal comummente reconhecido como um "jornal de referência", mesmo dando de barato que os jornais de referência poderão estar condenados a médio prazo em favor do imediatismo e da própria essência da web.
João Morgado Fernandes tem o seu mundo, o seu mundo, aliás, onde perora sobre o mundo dos outros. De uma maneira sectária e provinciana. Já que as críticas jocosas pretensamente cheias de mensagem política sobre G.W. Bush adquiriram um sentido que, em princípio, deveria significar uma particular elevação de espírito e de cultura. Daí que, João Morgado Fernandes, aparentemente jocoso, significantemente politico e deploravelmente provinciano se vai entretendo a fazer artigos, nos quais e do alto da sua sensibilidade crítica privilegiadamente iluminada vai achando que fosse outro (provavelmente ele próprio) a dirigir os destinos do mundo e não o calino do Bush e outro galo cantaria. Não haveria terrorismo, o Irão estaria ocupado a fazer reformas da sua legislação em que frequentemente ainda se executa homossexuais e virgens de 16 anos, uns porque o são, outras apenas porque deixaram de o ser, Saddam continuaria a envenenar uns tantos curdos e xiitas (reconhecidamente, cada vez menos), as Twin Towers não tinham vindo abaixo (ou talvez só as de Sete Rios e morria muito menos gente), em vez de andar por aí a tentar fazer bombas atómicas, matar turistas e a ver se conseguem atirar com os israelitas para o Mediterrâneo.
A parte final deste editorial ilustra bem o que digo. JMF ainda concede que os EEUU responderam bem ao ataque das Towers. Mas que fique bem esclarecido desde já que se, no extremo, o Ocidente se vir obrigado a lançar uma bomba nuclear sobre Teerão, o culpado e só um: Geoge W. e mais nenhum. Basta ler aqui.
Às vezes dou comigo a pensar se as pessoas são mesmo assim... ou se este tipo de posicionamento remete para questões que pouco ou nada têm a ver com o debate político.
6 Comments:
Não vem a propósito mas, enfim, li muito o Mundo dos Outros, quando esta coisa dos blogs começou. Agora, isto é já muita areia para a minha camioneta!!!! Beijinhos, à mesma!
Estou com a Madalena! Só posso atrever-me a acrescentar que talvez seja a influência negativa de Plutão no signo dele. Uma vingança enquanto não o riscam definitivamente da lista dos planetas...
Beijinhos, bom domingo.
O ultimo parágrafo do seu post merece reflexão, que não é geralmente feita na imprensa, et pour cause. Realmente este jornalismo de causas TEM de ter por trás a defesa de outros interesses, por ser tão enviesada e sem explicção lógica, e esses interesses reflectem os diferentes mercados/clientes alvo a quem os jornais se dirigem. O exemplo disso foi a iniciativa do Expresso de pôr como colunista um pseudo-intelectual inculto e com ideias simples como o Daniel Oliveira, só para exercer o contraditório, vulgo satisfazer esse nicho de mercado.
madalena
Não é nada muita areia e tu sabes que não é. Trens é aversão ao "produto" ...
:)))
Beijinho
125_azul
É... esta despromoção de Plutão veio complicar as coisas. Sobretudo as cartas astrológicas :)))
Beijinho
jpribeiro
Pressinto que este é um tema em que o jpribeiro estará muito mais à vontade do que eu. Independentemente disso, concordo consigo nas linhas gerais que refere. Quanto ao Daniel Oiveira e a sua coluna no Expresso acho que sim, que é um bom exemplo do que diz.
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