Namorar II
[792]
Namorar é soltar o beijo sem querer, ou por querer, mas sem nada fazer por isso, livre, expon-
tâneo, meigo e, depois, apaixonado. Mas é, também, gostar de estar com. De estar com a pessoa que se gosta. Eu sei que hoje há “temas fracturantes” (e eu juro que não acredito que disse isto…) que enevoam o espírito do amor, há coisas que as mulheres levam muito a peito e acham que devem disso fazer ponto de honra nos momentos mais desapropriados. Por exemplo, os lábios aproximam-se voluptuosamente e quando estão a milímetros, ela diz: - Eu acho que sim, que devia haver quotas para mulheres. Ou, na inversa e compensatoriamente, para não dizerem que sou machista: - Eu acho que o Fernando Alonso não é gajo para a Renault.
Quando desencontros deste tipo resultam numa saudável gargalhada, selada pelo beijo iniciado momentos antes da tal discussão das quotas ou das capacidades do Fernando Alonso, acho que sim, que a coisa está madura (honni soit, esta da coisa madura, é metafórico, mesmo) e que se pode avançar com um processo amoroso de comum acordo e sem necessidade de testemunhas abonatórias. Mas se a discussão leva mais de cinco minutos e passa das quotas para a partilha de tarefas domésticas e da Fórmula 1 para as virtudes ou defeitos do Mourinho à frente do Chelsea… então, sim, acho que é tempo de fazer um intervalo, ir ao futebol e ver um GP primeiro (eles), fazer um retiro introspectivo (elas) e, depois, começar tudo de novo. Pode ser até que com os mesmo intervenientes.
Quando, repito, se gosta mesmo assim, ou apesar de, a coisa tem toda a sintomatologia de síndrome grave e deve ser tratada com o ourelo e delicadeza que o caso suscita. Um beijo (outro) pode ser a terapia apropriada.
Namorar é soltar o beijo sem querer, ou por querer, mas sem nada fazer por isso, livre, expon-
tâneo, meigo e, depois, apaixonado. Mas é, também, gostar de estar com. De estar com a pessoa que se gosta. Eu sei que hoje há “temas fracturantes” (e eu juro que não acredito que disse isto…) que enevoam o espírito do amor, há coisas que as mulheres levam muito a peito e acham que devem disso fazer ponto de honra nos momentos mais desapropriados. Por exemplo, os lábios aproximam-se voluptuosamente e quando estão a milímetros, ela diz: - Eu acho que sim, que devia haver quotas para mulheres. Ou, na inversa e compensatoriamente, para não dizerem que sou machista: - Eu acho que o Fernando Alonso não é gajo para a Renault.
Quando desencontros deste tipo resultam numa saudável gargalhada, selada pelo beijo iniciado momentos antes da tal discussão das quotas ou das capacidades do Fernando Alonso, acho que sim, que a coisa está madura (honni soit, esta da coisa madura, é metafórico, mesmo) e que se pode avançar com um processo amoroso de comum acordo e sem necessidade de testemunhas abonatórias. Mas se a discussão leva mais de cinco minutos e passa das quotas para a partilha de tarefas domésticas e da Fórmula 1 para as virtudes ou defeitos do Mourinho à frente do Chelsea… então, sim, acho que é tempo de fazer um intervalo, ir ao futebol e ver um GP primeiro (eles), fazer um retiro introspectivo (elas) e, depois, começar tudo de novo. Pode ser até que com os mesmo intervenientes.
Quando, repito, se gosta mesmo assim, ou apesar de, a coisa tem toda a sintomatologia de síndrome grave e deve ser tratada com o ourelo e delicadeza que o caso suscita. Um beijo (outro) pode ser a terapia apropriada.
3 Comments:
Espero que tenhas tanto jeito para namorar como tens para escrever sobre o assunto. E que teu namoro também seja sempre acompanhado do bom humor que por este blog se lê.
Se assim for, a tua "valentina" é uma mulher sortuda!
Beijola
Carlota
Tens sempre uma palavra gentil :)))
Um grande beijinho para ti e que tenhas passado bem o dia, é o que te desejo
Carlota
Beijinho, nada. beijola, beijola...
:)))))
Enviar um comentário
<< Home