Os Patetas
[457] – Por que fatalista desígnio terei de passar a vida a ouvir luminárias paroquianas a debitar enormidades sobre as causas dos terrorismo? Esta gente saberá mesmo do que fala? Esta gente lê? Esta gente alguma vez passou da Trafaria? Quando é que esta gente se convence que o terrorismo mundial não radica na pobreza mas sim na riqueza de gente ambiciosa de poder regional e auto-humilhada perante povos e civilizações que desprezam, pela simples razão que a invejam? Se o terrorismo radica na pobreza, alguém me explica racionalmente porque é que os africanos não estão envolvidos em acções terroristas? Há continente mais permissivo e democrático nas suas políticas de emigração que a Europa? Saberão do que falam aqueles que dizem que a Europa apenas tolera a emigração porque precisa dela? A Joana Amaral Dias, confortavelmente instalada em New York, terá alguma vez tentado tomar um café, sozinha, na nossa vizinha Argélia? A exuberante Ana Drago alguma vez terá ido a Riad, quiçá para fomentar uma acção de desobediência civil, com saia pelo joelho ou blusa com mangas pelos cotovelos? Ou com um crucifixo ao pescoço?
Esta gente é cúmplice na desgraça. Esta gente deveria ter um escrúpulo mínimo a tratar destas questões. Não se trata de ideologia, sequer de matéria doutrinária. Trata-se de conhecer gentes e territórios, informar-se devidamente sobre razões e motivações históricas do fenómeno e, sobretudo, ter consciência cívica, uma visão universal da história e do mundo e respeito por vítimas inocentes da barbárie. Já agora, pelos valores de uma civilização que, boa ou má, fomos nós que a criámos e que é com ela que queremos viver. No respeito integral pelos valores daqueles que não pensam como nós.
Já desliguei a televisão, antes que vomite e comece com palavrões outra vez...
E.T. Mário Soares ainda não disse nada... estará cá? Ou foi para as montanhas do Afeganistão dizer ao Bin Laden que exagerou um bocadinho em Londres e negociar com ele na base do diálogo e da tolerância?
2 Comments:
Estou bastante de acordo com o que dizes, excepto num detalhe: o Goofy! É querido, simpático, não faz mal a uma mosca. Não condiz com o post. Este "Pateta" não enquadra aqui.
Beijos
Pitucha
Tens razão. O Goofy é tudo o que dizes e injustamete chamado e pateta na versão brasileira
Já substituí a imagem, com as devidas desculpas ao Goofy...
:)
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