quarta-feira, fevereiro 02, 2005

O Colo do "O(ú)tero"



O colo do “outero” deve, definitivamente, ter retirado qualquer colo que Santana Lopes aspirasse lá mais para o dia 20.

Colos são colos e acho muito bem que se aspire a ter um, sobretudo quando acordamos convencidos que por gostarmos de colo o havemos de ter sempre que nos der na gana.

O problema está em misturar colos. Cada um deveria ter o seu e não se importar com o dos outros. Por isso mesmo, Santana deve ter oferecido de bandeja a última fatia de território que porventura ainda lhe restasse e possibilitado a maioria absoluta a outro colo que não o seu. É absolutamente extraordinário que um homem que gosta de colos não tenha tido suficiente inteligência para perceber que indo mexer com colos alheios iria perder o seu. Não é um punhado de mulheres bracarenses que acha que o colo de que Santana gosta é que lhe haveria de dar a vitória. Mulheres, aliás, com respeitáveis colos, como pude observar pela televisão. Diria mais... não propriamente colos. mas talvez massas ou moles coliformes que Santana deveria ter sabido destrinçar. Infelizmente, Santana de coliformes parece conhecer apenas os fecais que abundam nas praias da linha e de que ele deve ter havido falar num relatório qualquer, mas deve ter baralhado tudo e, quando muito, fez uns telefonemas a propósito a Nobre Guedes a dizer que “tratasse” daquilo, porque devia ser ambiente e, portanto, NG que pegasse nos coliformes e os resolvesse com o colo dele (do Nobre Guedes, claro). E depois que desse uma conferência de imprensa.

Pois é... esta coisa de colos é muito complicada. Já uma antiga empregada doméstica que tive (hoje justamente retirada nas terras altas de Entre Douro e Minho) me dizia que desde que tinha sido “apanhada de surpresa” no dia da espiga por um primo afastado emigrante “na França” e que lhe dissera “Ó Ana, espreita ali para o poço para beres as alcatruzes”, nunca mais ficou boa. O home apanhou-a bergada e aí bai disto. Passou a sofrer tanto do colo do “outero” que tebe de ser operada quinté lhe fizeram uma historiocotomia. Vocábulo que ela aprendeu e nunca mais se esqueceu e mesmo quanto tentei corrigi-la, ela disse-me: - ná, senhor inginhâiro é historiocotomia, eu sei, quinté deribado disso nunca mais me beio a história que binha sempre certinha aos dias bintóito de cada mês.

Por isso, dê-se o benefício da dúvida a Santana. Talvez ele não saiba bem o que queria dizer. Talvez ele pensasse que com aquela tirada estivesse a fazer uma “historiocotomia ao outero”, cortando-lhe cerce quaisquer veleidades de nos contar histórias e a contribuir para a excelência deste país de viris (olha, rimou...), expurgando os colos maus e cantando os colos bons. E é por estas e por outras que eu no dia 20 não sei em que raio de colo é que me irei sentar...

2 Comments:

At 7:39 da manhã, Blogger Passada disse...

Os boletins de voto deviam vir com um campo que diz "outros". Beijinho

 
At 3:49 da tarde, Blogger Nelson Reprezas disse...

mmicr
Esse é um tema "fracturante" que um dia será devidamente analisado, referendado, legislado e promulgado :)

 

Enviar um comentário

<< Home